Janguiê Diniz

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O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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Bomba-relógio climática

Janguiê Diniz - Fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional - Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

Janguiê Diniz, | ter, 28/03/2023 - 08:09
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Ainda há quem insista em negar a realidade do aquecimento global. Mesmo com as mudanças climáticas que presenciamos e todos os efeitos decorridos da influência da atividade humana sobre o meio ambiente. Em um futuro não muito distante, se nada for feito, passaremos a sofrer graves reflexos da omissão do presente. Os alertas estão por toda a parte, mas ainda há muito interesse em ignorá-los ou reduzi-los a “histeria”.

A mais recente luz jogada sobre o assunto veio do último relatório produzido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A projeção apresentada é que a temperatura média da Terra subirá 1,5 °C na comparação com a era pré-industrial em algum momento entre 2030 e 2035, como reflexo da atividade humana. Pode parecer, à primeira vista, uma alteração pequena, mas especialistas garantem ter um impacto grande no clima, no nível dos oceanos e na vida em geral. O relatório, porém, deixa claro: é possível frear os efeitos nocivos das mudanças climáticas, se tomadas as devidas ações. Aí reside o problema.

Para combater o aquecimento global e suas decorrências e garantir um futuro habitável na Terra, é necessária uma série de ações coordenadas, em diversas frentes. Uma delas é a emissão de carbono, por exemplo. Apenas um esforço geral para reduções profundas, rápidas e prolongadas de gases levaria à desaceleração notável do aquecimento global. Neste ponto, o ideal esbarra em interesses corporativos e em indústrias como a dos combustíveis fósseis. Apesar de os custos para uso de energias limpas, como a solar e a eólica, terem diminuído bastante nos últimos anos, a força da indústria do petróleo, por exemplo, ainda é grande. Falta, na verdade, interesse político na questão. Enquanto os países não lidarem com esse entrave de frente e com firmeza, não teremos avanços – ou melhor, continuaremos a avançar rumo à destruição.

O relatório do IPCC também aponta que as mudanças no clima têm impactado a segurança alimentar e a da água, além de que eventos de calor extremo terem aumentado as taxas de mortalidade e de doenças. Como não ficar alerta frente a esses dados? Será que a destruição é mesmo inevitável? A quem interessa continuar explorando os recursos naturais e poluindo o meio ambiente de forma desenfreada por puro lucro? A consciência ambiental e a sustentabilidade precisam ser premissas de qualquer empresa que se propõe a atuar com dignidade e visando criar benefícios para a sociedade.

Estamos em uma corrida contra o tempo. O planeta está não só agonizando, mas dando sinais de que pode “revidar” a qualquer momento – e o tem feito em algumas ocasiões. De nada adianta continuar a explorar os recursos que a natureza nos dispõe indiscriminadamente, se essa prática levar a dias sombrios no futuro. E vai levar. É preciso tomar consciência e começar a agir hoje, bem como exigir de governantes ações mais enérgicas para combater os efeitos nocivos do aquecimento global.

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