Ao subir de oito para 15 pontos percentuais na pesquisa Datafolha, o pré-candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, deixou o Planalto com os nervos à flor da pele. Foi um salto e tanto!
O levantamento foi a campo na semana seguinte ao acordo com a ex-senadora Marina Silva e não mediu a repercussão do programa eleitoral do PSB, quinta-feira passada, que apresentou em rede nacional de TV e rádio o maior casamento eleitoral e político do ano.
O avanço de Eduardo foi impulsionado, não há a menor dúvida, pelo arrastão Marina, quebrando, assim, um velho tabu de que voto e prestígio não se transferem.
A associação do eleitor ao nome de Eduardo com Marina tende a ser muito mais forte e permanente a partir de agora, porque os dois sempre estarão juntos seja cruzando o País em campanha, seja principalmente na televisão.
O fato de ter aparecido, mais uma vez, com mais gordura nas pesquisas, Marina prova que tem um eleitorado cativo, um expressivo e invejável capital eleitoral. Ao comentar a subida de Eduardo, Marina comemorou o fato de ele ter dobrado as intenções de voto em apenas uma semana.
Por isso mesmo, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula devem ter tomado um susto. Motivos para apreensão existem e são perceptíveis. Eduardo é o fato novo e vem se apresentando como tal numa estratégia que começa a dar certo e pode levá-lo ao segundo turno.
Aécio Neves, que tem muito mais estrada do que Eduardo, continua em segundo, mas está cada vez mais desidratado eleitoralmente por fadiga de material e ter seu nome associado ao passado do neoliberalismo da era Fernando Henrique Cardoso, o que só atrapalha o senador tucano. O jogo está só começando e tende a ser empolgante.
AGRONEGÓCIO– Em nota que distribuiu com a Imprensa neste fim de semana, a ex-senadora Marina Silva deixou claro que não tem nenhum tipo de restrição ao agronegócio. Quanto ao deputado Ronaldo Caiado afirmou que o parlamentar, além de ter uma postura radical, trata o agronegócio sem nenhum tipo de comprometimento com as questões da sustentabilidade.
Frustração no Sertão– O Sertão do Pajeú está desapontado com o secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, que abandonou o projeto de recapeamento da estrada que liga o distrito de Albuquerquené ao município de Afogados da Ingazeira. O Governo prometeu o recapeamento do trecho, que virou uma tábua de pirulito.
Ficha suja– Embora tenha sido afastado do cargo por envolvimento num escândalo enraizado em contratos de superfaturamento de shows e pagamento de cachês de artistas, o ex-secretário de Cultura de Jaboatão, Ivan Lima, fez a cabeça do prefeito Elias Gomes (PSDB) para disputar um mandato de deputado federal.
Calote em Igarassu- O prefeito de Igarassu, Mário Ricardo, começou uma campanha para reduzir a inadimplência da população com o IPTU. Segundo levantamento da Secretaria de Finanças, mais de 90% dos proprietários de imóveis do município estão sem pagar o imposto, a maior taxa, segundo ele, da Região Metropolitana do Recife.
Volta ao trabalho – A família do presidente estadual do PSDB, Sérgio Guerra, comemora o sucesso da cirurgia que ele se submeteu na cabeça, sexta-feira passada, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Guerra deve receber alta no início desta semana e já começa a trabalhar nos próximos 10 dias.
CURTAS
CANAL – Presidente do PSDB em Petrolina, o ex-prefeito Guilherme Coelho quer que o candidato do partido a presidente, Aécio Neves, assuma o compromisso de tirar do papel o Canal do Sertão, investimento de 1 bilhão de dólares, que beneficiará 17 municípios, 640 mil habitantes, podendo gerar 500 mil empregos diretos.
APOIO DE LULA– Aliado de Armando Monteiro Neto, o empresário Paulo Manu, de Tabira, acredita que o apoio de Dilma e Lula à candidatura do senador trabalhista a governador viabiliza a sua eleição. “O maior cabo eleitoral de Pernambuco é Lula e Armando é o candidato mais preparado para o pós-Eduardo”, diz Manu.
Perguntar não ofende: Oscar Barreto, secretário-adjunto de Agricultura, segue o exemplo do petista Bruno Ribeiro e entrega o cargo também?