De quem são as nossas informações

Rodrigo Assad, | ter, 15/11/2011 - 12:24
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Há muito tempo empresas como o Google, Facebook, Yahoo e etc tem suas ações valorizadas cada vez mais. Porém há uma questão intrigante, como elas são lucrativas,  mantendo infra-estruturas com centenas de milhares de computadores ao redor do mundo e com milhares de funcionários se o serviço em sua maioria é gratuito.

A resposta é: este faturamento vem de propagandas colocadas em suas paginas. E pelo que se sabe, realmente é isso, porém o que esta resposta não deixa claro é como essas propagandas são exibidas em nossa tela. Ai vem à grande questão!

Imagine o seguinte cenário: O Diretor de uma nova empresa Brasileira de panificação queira fazer propaganda usando o Google ou o Facebook. Ele não ficaria feliz de saber que a sua propaganda foi exibida uniformemente ao redor do mundo para os usuários Google ou Facebook. O seu negócio existe apenas no Brasil, para que mostrar uma propaganda desta nova empresa para usuários do Google ou Facebook em outros lugares que não apenas no Brasil?

Porém a questão é mais complicada do que apenas saber geograficamente onde os usuários estão, por exemplo, o Google, sabe os nossos gostos mantendo um histórico do que procuramos no site, para quem tem Gmail ele lê o conteudoi dos nossos mails para saber o que recebemos e enviamos, para quem tem Google Docs, pelos documentos salvos, ou seja, o serviço que nos é ofertado é de graça, porém o Google, sabendo do nosso perfil, pode ser mais assertivo na oferta de propagandas para seus clientes. Ou seja, o Google sabe responder a seguinte pergunta: Onde se procura mais sobre determinado assunto? Isso vale ouro. Para os que não conhecem o Google tem o serviço do Google Trends que mostra um pouco desta capacidade.

Já no modelo do Facebook, das redes sociais, a coisa é mais assertiva ainda. O Facebook sabe o que nos gostamos, não por pesquisas feitas, mas porque simplesmente dizemos,  ou nossos amigos respondem perguntas o tempo todo sobre nós.

Este problema ainda pode ser maior se imaginarmos cenários mais ousados como, por exemplo, as empresas de telefonia e provedores de acesso, monitorarem o que fazemos capturando todo nosso trafego quando navegamos na internet.  Imaginem o valor destas informações!!!

Estas questões estão chamando cada vez mais a atenção das pessoas,e já existe ate um termo para isso, privacy aware, que aos poucos começa a se difundir. Provavelmente este será um dos problemas do futuro.

Poucos jovens entendem que o que se escreve hoje fica salvo e que no futuro é bem possível que alguém ache alguma coisa feita, que não mais representa a sua personalidade, porém que ficou salva em algum repositório na internet.

O ideal é que no futuro,  nos possamos controlar quem tem acesso aos nossos dados, deveríamos ser capazes de escolher se um site/portal deve der acesso aos nossos dados e mais ainda caso queiramos seja possível apagar tudo que já fizemos. OU seja, a informação é nossa e nos controlamos ela.

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