Dilma foge da TV para evitar panelaços

Edmar Lyra, | ter, 28/04/2015 - 09:39
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Estava sendo cogitada a não realização do pronunciamento oficial da presidente Dilma Rousseff na próxima sexta-feira. Ontem a comunicação do Palácio do Planalto confirmou que a presidente abdicará dessa prerrogativa sempre utilizada pelos ex-presidentes e pela própria nos últimos quatro anos. O Planalto avaliou o risco de panelaços durante o pronunciamento e o ônus poderia ser maior que o bônus.

Com a inflação batendo quase 9% no acumulado dos doze meses, incluindo o aumento considerável do combustível e sobretudo da energia elétrica, Dilma não teria muito o que falar, principalmente após a onda de desemprego que tem tomado conta dos quatro cantos do Brasil. O maior prejudicado pela recessão econômica e pelos tarifaços realizados pelo governo é o próprio trabalhador. 

Então para evitar chover no molhado, sem apresentar nada de efetivo ao trabalhador brasileiro, o Planalto preferiu que Dilma se comunique com a sociedade através das redes sociais, abdicando naturalmente da cadeia de televisão e rádio.

Mesmo com o ambiente fértil das redes sociais, o seu impacto na sociedade ainda é menor que um pronunciamento em cadeia nacional. Num cenário de crise política que ainda passa o governo Dilma Rousseff, falar na televisão e no rádio depois aguardar o bombardeio nas redes sociais era temerário. O primeiro de maio poderá passar despercebido e com isso as críticas ao governo podem ser minimizadas. Apesar de parecer covarde, foi a decisão mais acertada a ser tomada pela comunicação da presidente Dilma Rousseff.

Jaboatão - Figurão do PSDB afirmou que se o prefeito Elias Gomes não apoiar a candidatura de Heraldo Selva pelo PSB, não haveria mais nenhum impedimento para a candidatura do deputado federal João Fernando Coutinho a prefeito no ano que vem. Na ótica do tucano, João é quem reúne as melhores condições para disputar a prefeitura pelo PSB caso Elias opte por Conceição Nascimento. 

Em paz - Os deputados Lula e Everaldo Cabral, que são irmãos, parece que deram uma trégua na briga política que ambos travaram até o ano passado. Eles estiveram juntos num almoço com a sua genitora e posaram para foto juntos, com isso a família Cabral pode ir unida para a disputa pela prefeitura do Cabo de Santo Agostinho no ano que vem.

Fogo amigo - O governador Paulo Câmara precisará ter muito jogo de cintura para apaziguar os ânimos na Frente Popular. Corre nos bastidores políticos que há uma ciumeira dentro do governo em relação a alguns secretários. Se não houver um freio de arrumação por parte do governador isso pode se acentuar e ficar difícil de administrar. 

Mudança - Como se não bastasse a crise econômica, a Caixa Econômica Federal modificou a sua política de financiamento. Agora será preciso dar uma entrada de 50% na aquisição de um imóvel usado. Antes você precisava de 20% de entrada. À medida passa a valer a partir de 4 de maio. Com esta novidade será mais difícil comprar ou vender imóveis usados e consequentemente os preços deverão baixar abruptamente. 

RÁPIDAS 

Despedida - O Senado Federal decidiu publicar um livro com o discurso de despedida do ex-senador Pedro Simon (PMDB). Simon foi senador por quatro mandatos, configurando assim quase quarenta anos na Câmara Alta. O título do livro se chama “Confesso que lutei”.

Terceirização - O governo federal tem aberto uma cruzada contra o PL 4330 que trata das terceirizações, mas num levantamento feito pela CGU foi identificado que entre 2009 e 2013 o governo federal, incluindo Lula e Dilma, aumentou as despesas com limpeza, conservação predial e vigilância de R$ 3,19 bilhões para R$ 6,29 bilhões.

Inocente quer saber - Será que os protestos que estão sendo marcados para o dia 17 de maio irão vingar?a

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