DEM pode lançar nome de Rodrigo Maia em março

O desejo do partido foi confirmado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Caso se confirme, Maia será o primeiro candidato do DEM ao comando do país

por Giselly Santos | sex, 26/01/2018 - 09:56
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O DEM pode lançar em março a pré-candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), à Presidência da República. O desejo do partido foi confirmado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Caso isso se concretize, Maia será o primeiro candidato do DEM ao comando do país.

“O calendário para convenção nacional do DEM foi adiado para o início de março. Vamos aguardar essa data, que será a data onde nós teremos um grande encontro nacional, e possivelmente com o lançamento do nome do presidente Rodrigo Maia como pré-candidato a presidente da República. Dai em diante, as articulações com relação à própria candidatura de Rodrigo estarão colocadas para que tenhamos um calendário adequado”, afirmou Mendonça Filho, ao assinar a ordem de serviço para a construção do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) em Jaboatão dos Guararapes, nessa quinta-feira (25).  

Segundo Mendonça, a convenção está prevista para acontecer no dia 8 de março. O partido, que é a nova roupagem do antigo PFL desde 2007, esteve presente em duas eleições gerais, mas nelas firmou apenas aliança com o PSDB. A reedição da aliança, inclusive, estava sendo especulada nos bastidores apontando o nome de Mendonça para vice na chapa liderada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro negou a possibilidade.

Maia age como presidenciável, mas nega desejo

Em discursos oficiais e entrevistas, Maia vem negando a candidatura, diz que ainda é cedo para tratar sobre eleições e reforça a necessidade de debater outros assuntos como a Reforma da Previdência, com a data de votação na Câmara marcada para 19 de fevereiro.

"Entre a aventura e o risco tem um caminho muito longo para você ser candidato a presidente. Agora, eu analiso cenários. De fato, como eu tenho dito sempre, a eleição no Brasil é uma eleição aberta. Isso gera mais insegurança. Eu não estou preocupado", disse. "Talvez se eu estivesse preocupado com eleição eu estaria ouvindo muitos dos meus amigos dizendo que eu não deveria manter a votação da reforma da Previdência", completou, em viagem recente a Nova York.

Mesmo assim, ele próprio já admitiu ser um dos “três ou quatro nomes” democratas viáveis para o pleito e atua como articulador para legitimar a sua liderança política. Nos bastidores, comenta-se também que o presidente da Câmara teria iniciado, inclusive, conversas com o PP e o Solidariedade, para angariar apoios visando a disputa.

Histórico do DEM nas eleições

Dando uma nova roupagem ao PFL, o DEM esteve presente em duas eleições gerais. Na primeira, em 2010, ocupou a vaga de vice de José Serra, com Índio da Costa, já em 2014 esteve na base aliada do senador Aécio Neves.

Ainda como PFL, desde o início da nova república, o partido concorreu apenas uma vez ao cargo de presidente, com Aureliano Chaves em 1989. Nas eleições de 1994 e 1998, aliada dos tucanos, conquistou a vaga da vice-presidência de Fernando Henrique Cardoso, com o pernambucano Marco Maciel. Já em 2006, tendo o também pernambucano José Jorge na vice, não obteve êxito com a postulação de Geraldo Alckmin.

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