Depois de vários dias de impasse, foi definida neste sábado, 31, a sucessão do Ministério da Saúde. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, assume o posto, hoje ocupado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), que deixa o cargo para concorrer à Câmara dos Deputados. A transmissão ocorre na segunda, às 10h30.
A negociação foi feita entre o presidente Michel Temer e o presidente do PP, Ciro Nogueira. O atual vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antônio de Souza, assume o posto ocupado por Occhi, afirmou Nogueira.
Occhi, ligado ao PP, vinha sendo cotado para o cargo havia dias. A transferência do cargo estava marcada para semana passada, mas na última hora a indicação foi suspensa, diante do receio de que, com a transferência, o PP perdesse o comando da Caixa. As negociações continuaram e neste sábado, o nome de Occhi foi confirmado para Saúde e o de Souza, para a Caixa.
A indefinição sobre a chefia do Ministério da Saúde e da Caixa tem como pano de fundo a própria sucessão presidencial. Há duas semanas, Temer havia sinalizado o desejo de receber um apoio mais explícito do PP para sua candidatura à presidência. O jogo mudou, no entanto, nessa quinta, depois da operação Skala, que apura supostos benefícios no setor portuário. O advogado José Yunes e o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, ambos muito próximos do presidente, foram presos.
Diante desse quadro, Temer teria outro objetivo mais urgente que a reeleição. Garantir reforço para seu atual mandato.
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