Tópicos | 2 anos e 11 meses

A pouco mais de um mês da conclusão do terceiro ano de governo, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), apresentou, nesta segunda-feira (16), uma prestação de contas do mandato. Observando o contexto em que foi eleito em 2012, com o estado sendo visto como uma locomotiva de investimentos, e comparando ao momento atual de crises, Geraldo disse que teve de readequar o programa de governo apresentado na campanha para a realidade da gestão. O gestor destacou, também, as concretizações e pontuou a dificuldade em atingir as metas de investimento.  

“No primeiro ano de governo começamos a viver a maior crise econômica que o país já viu. A última vez que o Brasil cresceu negativamente dois anos seguidos foi em 1930 e 1931. Nenhum de vocês aqui viveu esta época. Agora estamos vivendo zero de crescimento no ano passado, crescimento negativo em 2016 e vamos viver o crescimento negativo em 2017. Faz 85 anos que o Brasil não vive isso. É uma duríssima crise econômica que vivemos e precisamos reagir com muita força e disciplina”, observou durante um almoço-debate com jovens empresários que integram o LIDE Futuro, um dos braços do LIDE Pernambuco, onde fez a explanação.

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Apesar das dificuldades, Geraldo disse que “não parou de trabalhar” e, dando como exemplo 2015, afirmou que seriam necessários R$ 3,5 bilhões para a gestão municipal sobreviver neste ano e cumprir as metas pré-estabelecidas. Entretanto, com os repasses federais e convênios, o disponível era de R$ 2,6 bilhões. “Poderíamos ter sentado na cadeira e chorado as mágoas, mas não fizemos isso. Conseguimos R$726.5 milhões de recursos extras, cumprindo as mais de 50 ações elencadas pelo governo para a busca desses recursos”, argumentou.

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Com a identificação “o que não tinha e agora tem”, o socialista listou algumas ações como a implantação das creches-escolas, do Passe Livre, do Recife Antigo de Coração e do Prouni municipal. Apesar de uma listagem cheia, o prefeito, no entanto, ainda não conseguiu concluir obras consideradas estruturadoras para a gestão, como, por exemplo, as cinco unidades do Compaz e o Hospital da Mulher, prometidos para 2014 e o início de 2015. Indagado se não tinha receio em concluir o mandato sem estas concretizações, Geraldo disse que não.

“Não temo não entregar [essas obras]. Temos três Compaz em obra. Vamos entregar todos os que forem possíveis entregar, o país virou de cabeça para baixo, a receita do governo federal, estadual e das prefeituras caiu. Temos prefeituras que vão conseguir pagar apenas 10 das 13 folhas. A gente resolveu não parar”, justificou. De acordo com as previsões da prefeitura, o Hospital da Mulher deve ser entregue em dezembro deste ano e ao menos dois Compaz também.

O gestor aproveitou a ocasião para criticar a gestão do Governo Federal. “Fora isso a gente vive uma crise ética duríssima e uma crise política sobre a qual olhamos e não vemos a capacidade desse governo de mudar o rumo dela. Tenho a impressão de que quem vai fazer isso é o próprio povo. O povo vai saber superar a crise econômica e política, a ética está sendo tratada pela justiça”, cravou.

Para Geraldo, o “ciclo esgotado” da gestão petista também se reflete nas alternativas adotadas pela gestão para vencer a crise econômica. “As pessoas acham que este cenário é por conta dos erros de 2015 de Joaquim Levy,mas não. É de mais tempo”, acrescentou. 

Além da participação no almoço-debate com o LIDE Futuro, Geraldo Julio também apresentou o balanço dos últimos três anos, durante a manhã, para o Grupo de Mulheres Líderes de Pernambuco e, à noite, fará a mesma explanação para os empresários que compõem a entidade. 

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