A seleção brasileira lutou bastante, mas acabou derrotada pela França, nas quartas de final no Pré-Olímpico de Basquete 3x3, e está aqui da Olimpíada do Japão. O jogo foi equilibrado até o fim, quando os franceses apelaram ao VAR, conseguiram anular cesta do Brasil e fizeram o ponto decisivo.

O jogo estava 20 a 19 quando o Brasil empatou a disputa com cesta no estouro do cronômetro. A França apelou ao VAR e o lance acabou impugnado por causa do arremesso após o encerramento do tempo. Os franceses deram mais um ataque certeiro e definiram o 21 a 19 em Graz, na Áustria.

Apesar de boa participação no Pré-Olímpico, o Brasil se despede sem a tão sonhada vaga nos Jogos de Tóquio. Foram três vitórias, contra Turquia, República Checa e Mongólia, e duas derrotas, diante dos franceses e contra a Polônia.

Jefferson Socas, André Ferros, Jonatas Mello e Fabrício Veríssimo, Will e Leandro Lima foram os representantes do Brasil na Áustria, sob o comando de Douglas Lorite. O basquete 3x3 estreia em Olimpíada em Tóquio 2020, mas o Brasil só buscará a vaga para 2024.

Ainda ocorrerá uma repescagem universal, mas o Brasil não disputará por causa dos critérios da Fiba. Ele reunirá apenas países que não estiveram nos dois últimos jogos olímpicos 5x5. Como o Brasil disputou Londres e Rio 2016, não pode participar da repescagem.

A Federação Pernambucana de Basquete está com um novo presidente. Ênio Rogério Leite Guimarães, ou somente Ênio Guimarães, foi efetivado no cargo no último dia 31 de janeiro. A solenidade de posse foi na sede da federação, no Palácio dos Esportes, no bairro da Boa Vista. O comandante será o mais novo representante da modalidade em Pernambuco. Ênio conversou com o portal LeiaJá e deu detalhes sobre o futuro do esporte no Estado.

O novo presidente é professor de educação física, formado pela Universidade Federal de Pernambuco, com pós-graduação em ciências do esporte e metodologia do ensino superior.  A paixão do gestor pelo basquete começou desde cedo. Aos 16 anos começou a treinar no colegiao. A primeira equipe que Ênio treinou foi o Colégio Santa Gertrudes, em 1970.

NoNessa mesma época, era aluno, estudava no colégio São Bento e acabou sendo convidado para ser além de atleta, treinador da equipe.  

LeiaJá - Quais são os projetos do novo presidente?

Ênio Guimarães - A princípio iremos começar com uma grande novidade que é a competição três contra três (Street Ball). O evento regional que vai ser disputado com três jogadores na linha e um no banco será realizado entre 17 e 19 de maio. Depois iremos ter a quinta Super Liga Nordestina de Basquete, masculino e feminino, realizada em março e abril. Após essas competições iremos obedecer ao calendário da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), e realizar as nossas competições de base, os estaduais sub 13, sub-14, sub-15, sub-17.  Este último, por exemplo, será disputado em maio. Então temos que escolher o nosso treinador em seguida ser escolhidos os atletas, que vão tirar a nossa equipe da incômoda terceira divisão. Vamos voltar logo para a primeira divisão, que é lá, é o nosso lugar.

LeiaJá - Você ficará por quatro anos à frente da Federação. Como você prevê essa gestão? 

EG - Exatamente, serão quatro anos à frente da Federação Pernambucana, iremos precisar do apoio de todo mundo, não se pode fazer o basquete sem o apoio dos atletas e dos clubes. Eu conto muito com eles e me coloco a disposição. Os erros que ainda temos, eu, juntamente meus diretores, vamos corrigir e seguir em frente. Vamos fazer um bom trabalho.

LeiaJá - A eleição para presidente da FPB terminou com a votação empatada. Foram apenas quatro votos, (só podem votar os filiados: Fase, Náutico, Sport e Unicap) nos critérios de desempate, você acabou vencendo por ser mais velho que seu opositor. Como você analisa essa situação?

EG - A eleição foi muito difícil. Eu não gostaria de ter vencido apenas por ser o candidato menos jovem, eu queria ter vencido por aclamação, claro, mas eu não posso mudar o estatuto. Quem fez ele não fui eu, ele existe e tem várias falhas. A partir de agora, vamos pensar em uma reforma para esse estatudo. A princípio estamos procurando aumentar de forma considerável o número de filiados. Uma federação com tantos praticantes não pode ter apenas quatro filiados.

LeiaJá - O basquete feminino do Sport está nas semifinais da Liga de Basquete Feminino (LBF). No sábado (16) você esteve no Ginásio Jorge Maia, e acompanhou a vitória das leoninas pro 65x58. O que esperar das meninas rubro-negras?

EG - Bem, o Sport montou uma equipe muito forte, dirigida pelo ótimo treinador, experiente, Roberto Dornelas. Acredito perfeitamente que o Sport tem grande chance de se tornar o campeão da Liga de Basquete Feminino (LBF), a preparação da equipe, o investimento mais o apoio da torcida nos jogos dentro de casa farão a diferença.

LeiaJá - Sport jogará sua fase final no Ginásio Jorge Maia. A capacidade não ultrapassa as duas mil pessoas. Seria a hora de levar o jogo de basquete para um local maior como o Geraldão?

EG - Eu vejo exatamente assim. Já sinto que o único problema que o Sport irá enfrentar será a acomodação do público. Talvez essa seja a hora de realizar o sonho do professor Roberto Dornelas. Fazer um jogo desses montando uma quadra ao ar livre, no estádio da Ilha do Retiro. Sobre o jogo ser transferido para o Geraldão, após a partida eu entrei em contato com Paulo Cabral (administrador do Geraldão) que é nosso amigo. Ele me disse que era inteiramente impossível liberar o ginásio, porque o mesmo está em reforma e não estará a disposição nessa fase final. Eu já comuniquei a diretoria do Sport. Sinceramente, eu não sei como eles vão fazer para colocar todos os torcedores no ginásio, já que a torcida vai comparecer em peso.  Mas isso é de certo ponto, algo positivo.