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A empresa finlandesa Nokia lançou nesta terça-feira (22), em Abu Dhabi, seu primeiro tablet, com o objetivo de conquistar um lugar em um mercado em rápida expansão e antes da concretização, prevista para o início de 2014, da venda de sua divisão de celulares para a Microsoft.

O Nokia Lumia 2520, um tablet com tela de 10 polegadas e equipado com sistema Windows, foi um dos seis novos dispositivos apresentados na capital dos Emirados Árabes Unidos, incluindo dois "phablets", como são conhecidos os smartphones com tela grande.

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O novo tablet, disponível em vermelho e branco brilhante, ciano e preto mate, estará à venda no final do ano nos Estados Unidos a um preço estimado em 499 dólares. "Inicialmente, será vendido em todos os Estados Unidos, assim como no Reino Unido e na Finlândia; outros países seguirão um pouco depois", anunciou a empresa em um comunicado.

"O design premiado, a imagem inovadora e as novas experiências que proporcionamos com os smartphones Lumia, estamos oferecendo agora no tablet", disse a jornalistas Stephen Elop, vice-presidente executivo de dispositivos e serviços da Nokia.

O novo aparelho é equipado com câmera de 6,7 megapixels e lentes Zeiss. Segundo a previsão desta semana da consultoria especializada Gartner, as vendas globais de tablets atingirão os 184 milhões de unidades este ano, um aumento maciço de 53,4% com relação ao ano passado.

Dois "phablets" e três novos smartphones 

A Nokia também apresentou seus "phablets", Lumia 1520 e Lumia 1320, sendo que o último terá um custo menor, ambos com tela de seis polegadas.

O Nokia Lumia 1520 "oferece uma experiência de imagem radiante", comentou Elop. "Conta com estabilização óptica de imagem. Tem a última tecnologia para capturar mais detalhes em cada foto que você tira".

O "phablet" Lumia 1520, disponível nas cores amarela, branca, preta e vermelha brilhante, será comercializado primeiro em Estados Unidos, Europa, Hong Kong, China e Cingapura ao preço estimado de 749 dólares.

A versão Lumia 1320, que será lançada em laranja, amarelo, branco e preto, custará 339 dólares e será vendida primeiro em China e Vietnã e depois em outros mercados asiáticos e europeus.

A companhia finlandesa apresentou, ainda, três novos 'smartphones' de baixo custo: Asha 500, Asha 502 e Asha 503, voltados principalmente aos mercados de Ásia e África.

O Asha 503, com câmera de 5 megapixels e opção para dois chips, é o mais caro dos três, que têm preço médio de 99 dólares.

"Um impulso para o novo desenvolvimento da Nokia"

A Microsoft, que tenta se reorientar na direção dos "dispositivos e serviços", depois de perder o bonde na transição para a informática móvel, anunciou em setembro a compra da divisão de celulares da Nokia por 7,2 bilhões de dólares.

Além das operações de telefonia móvel da Nokia, a gigante de informática americana adquiriu uma série de patentes e licenças com as quais espera competir com as rivais Google e Apple, além da Samsung. A transação, que será concluída no primeiro trimestre de 2014, representará o desaparecimento da célebre marca finlandesa do mercado de telefonia móvel. A Nokia foi pioneira neste setor e dominou o mercado durante 14 anos, até ser superada pela sul-coreana Samsung em 2012 como a marca mais vendida.

Durante muito tempo considerada o orgulho da Finlândia, a empresa teve dificuldades em acompanhar a febre dos smartphones e não suportou a crescente concorrência do iPhone, da Apple, e do Galaxy, da Samsung.

Microsoft e Nokia são parceiras desde 2011, com a linha de smartphones Nokia Lumia, que funcionam com o sistema operacional Windows Phone, da Microsoft. Uma distribuidora da Nokia em Portugal, Agnieszka Loureiro-Pelc, afirmou à AFP que o acordo com a Microsoft "definitivamente será um impulso para o novo desenvolvimento da Nokia".

Apesar da forte concorrência, "estes últimos meses demonstraram que os mais recentes produtos Lumia são bastante fortes e capazes de fazer frente aos concorrentes", disse Loureiro-Pelc, diretora executiva do grupo Azinor.

Gilberto Gil passou pelo mundo árabe nesta semana para deixar um pouco do gingado brasileiro. Depois de se apresentar no Egito como convidado de honra do Cairo Jazz Festival, o cantor desembarcou pela primeira vez na capital dos Emirados Árabes Unidos. Com um show de quase duas horas, ele participou no sábado do Abu Dhabi Festival, ao lado do filho, Bem Gil, e do percussionista Gustavo di Dalva. A apresentação teve também um tempero árabe, com a presença da cantora egípcia Dina El Wedidi.

"A civilização árabe está se mantendo afastada da ocidentalização do mundo por muitas razões, em termos de religiosidade, de manter a autoridade relativa à sociedade, estabelecer uma economia forte baseada no petróleo", disse Gil. "Ao mesmo tempo, é naturalmente influenciada pelo modelo ocidental em termos de governo, sociedade de consumo. Eles querem manter valores árabes, mas também compartilhar valores ocidentais."

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A receptividade na plateia do luxuoso auditório do Emirates Palace ainda era pequena durante o início do show, mesmo com músicas famosas como "Eu Vim da Bahia" e "O Rouxinol". Como sempre faz em suas apresentações, Gil incentivava a participação do público. Funcionou somente entre os brasileiros - muitos vindo de Dubai, a 150 quilômetros da capital dos Emirados. Num lugar repleto de estrangeiros de todos os cantos do mundo, seria perigoso cantar somente em português. Por isso, Gil sabiamente cantou também em inglês, francês e espanhol.

Para parte da plateia, o show esquentou com a chegada da cantora egípcia Dina El Wedidi, que recentemente se tornou discípula de Gil. No ano passado, ela foi escolhida por ele para participar do programa Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative, projeto internacional que reúne jovens talentos com artistas renomados que se tornam seus mentores, para troca de experiências e colaborações musicais.

Gil mostrou mais sucessos e ganhou o público. Muito aplaudido, recebeu elogios da fundadora e diretora artística do evento, Hoda I. Al Khamis-Kanoo. "Seu espírito sintetiza a nossa crença na arte como uma herança coletiva." O cantor faz nesta terça show na Tunísia e depois volta para o Brasil, onde participa dos shows de Jorge Mautner, que começam no dia 2, no Sesc Pompeia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, uma federação de reinos ricos em petróleo, inaugurou oficialmente neste domingo a maior usina de Energia Solar Concentrada (CSP) do mundo, cujo custo de construção foi de US$ 600 milhões, e que fornecerá energia para 20 mil residências.

A usina Shams 1, de 100 Megawatts, é "a maior do mundo em operação com energia solar concentrada", disse Sultan al-Jaber, diretor da Masdar-Abu Dhabi, uma das parceiras do projeto e que supervisiona o plano do emirado de gerar 7% de sua demanda energética a partir de fontes renováveis até 2020.

"Shams 1 incorpora a tecnologia solar cilindro-parabólica mais inovadora e conta com 258.000 espelhos montados em 768 coletores cilindro-parabólicos", explicaram fontes da empresa.

"Mediante a concentração de calor procedente dos raios solares em tubos onde circula um óleo sintético, Shams 1 produz vapor que movimenta uma turbina, gerando eletricidade", explicaram. "Adicionalmente, o projeto solar usa um sistema para aumentar a temperatura do vapor ao entrar na turbina, o que aumenta a eficiência do ciclo", acrescentaram.

O projeto inclui um "sistema de refrigeração seca que reduz significativamente o consumo d'água, uma vantagem crítica no árido deserto", afirmaram os técnicos da empresa.

A usina fica no deserto de Madinat Zayed, na região ocidental, 120 km a sudoeste de Abu Dhabi, capital dos Emiratos Árabes Unidos, no coração de uma das regiões mais ensolaradas e quentes do mundo.

"É a maior usina de energia solar por concentração em funcionamento no mundo", afirmou Sultan Sultan al Jaber, conselheiro delegado da Masdar, organismo de Abu Dhabi encarregado do projeto.

Várias usinas solares ao redor do mundo usam tecnologia fotovoltaica para aproveitar a energia solar, mas as de concentração não alcançam o tamanho de Shams-1.

Com a usina, a Masdar produzirá 10% da energia solar concentrada do mundo, afirmou Seage, durante a inauguração da usina. A companhia produz ainda o equivalente a 68% da energia renovável dos países do Golfo.

O parque solar é composto por longas linhas de espelhos parabólicos espalhados em uma superfície equivalente a 300 campos de futebol. As 192 fileiras de coletores de Shams-1, protegidos da areia por um dispositivo especial, geram uma energia que evita a emissão de 175.000 toneladas de CO2 ao ano.

Isto equivale a retirar de circulação 15.000 automóveis, destacou a empresa.

A Masdar detém 60% do projeto, enquanto a francesa Total e a espanhola Abengoa Solar possuem 20% cada.

"Os Emirados hoje são o primeiro país do Oriente Médio membro da OPEP a investir nas energias renováveis, apesar de suas riquezas em hidrocarbonetos", afirmou o diretor da Masdar.

Abu Dhabi é o mais mais rico dos sete reinos que compõem a federação dos Emirados Árabes Unidos, dispõe de reservas de petróleo de 98,2 bilhões de barris, ou seja, 95% das reservas da federação.

O francês Philippe Boisseau, diretor de energias renováveis da Total, disse que o projeto é o resultado de uma associação com Abu Dhabi.

"Compartilhamos a mesma visão no que diz respeito à diversificação das fontes de energia", destacou.

Abu Dhabi quer ser a capital regional de energias renováveis, razão pela qual decidiu abrigar a sede da Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena).

"É um momento extraordinário para nós", declarou o diretor da Irena, Adnan Amin, que qualificou a Shams-1 de "primeira etapa" da caminhada de um país rico em petróleo para as energias renováveis.

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