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O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) disse que participou do acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na frente do quartel do Exército em Goiânia e que "faria tudo de novo". Na terça-feira, 6, Ribeiro afirmou em discurso na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) que "deveria estar preso" por ter financiado acampamentos contrários ao resultado da eleição presidencial.

O parlamentar relatou que deu dinheiro, água e comida para os participantes das manifestações a favor de Bolsonaro. Na sexta-feira, 9, a defesa do deputado protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar um "eventual pedido de prisão preventiva" pela Polícia Federal.

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"Minha fala era retórica, falava da porta do quartel em Goiânia onde estive presente até 31 de dezembro, distorceram e levaram para o 8 de janeiro", afirmou Ribeiro ao Estadão. No dia 8 de janeiro, manifestantes invadiram as sedes dos três Poderes em Brasília e deixaram um rastro de destruição no Congresso, STF e Palácio do Planalto.

"O último dia em que estive em Brasília foi 7 de setembro de 2022. Do restante estive presente e faria tudo de novo, pois participei de um movimento pacífico e ordeiro na porta de todos quartéis do Exército brasileiro", disse o deputado estadual.

No discurso na Assembleia de Goiás, Ribeiro respondeu a uma declaração do colega Mauro Rubem (PT), que anteriormente havia defendido a punição daqueles que estimularam os atos antidemocráticos. O parlamentar bolsonarista também se referiu à prisão do coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas). O policial foi preso pela PF em abril, na décima fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi solto na quarta-feira, 7.

"A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem deste Estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso, respondendo ao senhor deputado Mauro Rubem", disse, irônico. "Eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro, eu acampei lá e também fiquei na porta. Porque sou patriota."

Neste sábado, 10, Ribeiro afirmou ao Estadão que ajudou a alimentar famílias, idosos e crianças. "Se isso for crime, realmente mereço ser preso", escreveu ele em mensagem. "Minha ajuda se estendeu enquanto eu estava no quartel em Goiânia, dali para frente não havia mais sentido!"

Para ele, os ataques golpistas de 8 de janeiro deturparam "meses de movimentos pacíficos". "Todos que estavam acampados na frente (dos) quartéis, repudiaram tal ato em 8 de janeiro", afirmou. Quando questionado pela reportagem sobre se não haveria uma contradição nessa alegação - já que as pessoas presas nos atos de vandalismo em Brasília também estavam acampadas -, o deputado disse que não tem nem "um conhecido sequer" que tenha sido preso na invasão.

O deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil) protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 9, para evitar um "eventual pedido de prisão preventiva" pela Polícia Federal (PF). O parlamentar contratou o ex-senador e advogado Demóstenes Torres para atuar em seu favor. Na terça-feira, 6, Ribeiro disse em discurso na Assembleia Legislativa goiana (Alego) que "deveria estar preso" por financiar acampamentos bolsonaristas. Ele afirmou que, além de dar dinheiro, participou dos acampamentos e levou água e comida para manifestantes.

Na petição ao STF, a defesa do deputado argumenta que a fala dele "foi completamente tirada de contexto". O parlamentar afirma no documento que considera "vândalos, bandidos e delinquentes os que participaram das depredações ocorridas em 8 de janeiro desse ano".

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"Em sessão plenária, debati com os deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) e disse que não considerava bandidos os que estavam acampados na porta do quartel em Goiânia; por questões humanitárias levei água e alimentos para os mais carentes que lá estavam", afirmou Amauri em declaração anexada à petição.

A petição foi protocolada após o jornal O Globo noticiar que a PF encaminharia ao STF um pedido de prisão do deputado. Procurados pelo Estadão, nem a PF nem o STF confirmaram o pedido de prisão. A defesa de Amauri argumenta que a Constituição estabelece que "os deputados não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável".

No discurso na Assembleia de Goiás, o deputado respondeu a uma declaração do colega Mauro Rubem (PT), que anteriormente havia defendido a punição daqueles que estimularam atos antidemocráticos. O parlamentar bolsonarista também se referia à prisão do coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas). O policial foi preso pela Polícia Federal em abril, na décima fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi solto na quarta-feira, 7.

"A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem desse Estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso, respondendo ao senhor deputado Mauro Rubem", disse, irônico. "Eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro, eu acampei lá e também fiquei na porta. Porque sou patriota."

Ribeiro acrescentou que o dinheiro para financiar os protestos contra o resultado das eleições "não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação e que defende esse País e que não concorda com o governo corrupto e bandido".

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