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A Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) revelou sua esperada lista com os  50 melhores álbuns da música popular brasileira no ano de 2021. O júri da associação, formado por jornalistas especializados no segmento, elegeu as produções musicais que mais se destacaram neste período e, entre eles, figuram quatro lançamentos pernambucanos, entre eles, as cantoras Duda Beat e Alessandra Leão. 

Anualmente, a APCA premia artistas e produções de destaque no cenário musical brasileiro. Em 2021, o prêmio vai contemplar 10 categorias, entre elas, ‘Melhor Artista’, ‘Artista Revelação’ e ‘Melhor Live’, que serão revelados no final de 2022. Antes, a associação revelou os escolhidos para integrarem a lista dos 50 melhores discos do ano. A seleção foi feita pelo júri de Música da associação, formado pelos jornalistas Adriana de Barros (editora do site da TV Cultura e colunista do Portal Terra), Alexandre Matias (Trabalho Sujo), José Norberto Flesch (youtube.com/JoseNorbertoFlesch), Marcelo Costa (Scream & Yell), Pedro Antunes (Tem um Gato na Minha Vitrola) e Roberta Martinelli (Rádio Eldorado e TV Cultura).

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A lista conta com nomes como Caetano Veloso (‘Meu Coco’), Pabllo Vittar (‘Batidão’), Marisa Monte (‘Portas’), Manu Gavassi (‘Gracinha’), e Fresno (‘Vou Ter Que Me Virar’), entre outros grandes artistas do cenário nacional. Pernambuco marcou presença na relação dos melhores do ano com quatro lançamentos: ‘ACESA’, de Alessandra Leão; ‘Sankofa’, do pianista Amaro Freitas; ‘Te Amo Lá Fora’, Duda Beat; e ‘Maya’, do cantor e compositor Tagore. Confira um pouquinho sobre cada título. 

ACESA - Alessandra Leão (Garganta Records / Ori Records / Yb Musi)

Lançado em novembro deste ano, ‘ACESA’ traz 10 faixas inéditas e três vinhetas, com arranjos que misturam percussão e sintetizadores resultando na entrega de sonoridades e timbres diferenciados e criativos. O álbum conta com participações de mestres e mestras da ciranda, coco e maracatu, como a coquista Ana Rodrigues e as cirandeiras Lia de Itamaracá e Filhas de Baracho. ‘ACESA’ esbanja modernidade, porém, sem perder o íntimo vínculo de Alessandra com a cultura tradicional. 

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Sankofa - Amaro Freitas (Far Out Recordings / Natura Musical)

Apontado como um dos mais relevantes artistas na cena atual do jazz nacional e internacional, Amaro Freitas faz um mergulho em sua ancestralidade no terceiro álbum da carreira, ‘Sankofa’. O título da obra remete a um ideograma do adinkra, conjunto de símbolos ideográficos dos povos acã, da África Ocidental, que convida a  voltar ao passado para ressignificar o presente e assim construir o futuro. Produzido pelo próprio artista, o disco dá ao jazz um sotaque genuinamente nordestino ao mistura-lo com baião, frevo e coco. 

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Te Amo Lá Fora - Duda Beat (Independente)

O segundo álbum da festejada cantora Duda Beat ainda traz alguma sofrência, pela qual a artista arrebatou o público em seu trabalho de estreia, em 2018, porém com tom mais maduro e, talvez, menos ‘sofrido’. Reforçando seu estilo de experimentar diferentes sonoridades, Duda passeia por vários ritmos, indo do forró ao piseiro, passando pelo tradicional coco pernambucano, tudo com uma consistente pegada pop. 

Maya - Tagore (Estelita)

Produzido por ninguém menos que Pupillo, o quarto álbum da carreira de Tagore traz sonoridades mais melódicas porém, sem deixar de lado os tons psicodélicos e technicolor muito marcantes em sua obra. Já a temática das 10 faixas presentes no trabalho, aposta em um assunto muito em alta desde o início da pandemia: a saudade. 

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