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Autoridades de Gana anunciaram que pretendem transferir uma estátua de Mahatma Gandhi, que a Índia deu de presente à universidade de Acra há alguns meses, após uma petição que denuncia racismo envolvendo o líder da independência indiana.

A estátua foi inaugurada em junho no campus universitário pelo presidente indiano, Pranab Mukherjee, como símbolo da aproximação entre os dois países. Mas em setembro um grupo de professores lançou uma petição para solicitar sua retirada devido ao caráter racista de Gandhi, exigindo que a universidade dê prioridade a personalidades africanas.

"Mais vale se erguer por nossa dignidade que se prostrar diante da vontade de uma superpotência euroasiática", afirma o texto da petição, que cita Gandhi dizendo que os indianos eram "infinitamente superiores" aos africanos.

O ministério das Relações Exteriores ganense indicou que acompanha o assunto com uma profunda preocupação e destacou sua intenção de "transferir a estátua para garantir sua integridade e evitar polêmicas".

"Gandhi era humano e pode ter tido seus defeitos, mas devemos lembrar que as pessoas mudam" e que Índia e Gana "foram campeões na luta pela libertação dos povos oprimidos em todo o mundo", acrescentou o ministério.

Há vários meses, surgiu em várias universidades africanas um movimento contra a presença de estátuas que façam alusão a um passado colonial. A universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, realizou uma forte campanha para a retirada de seu campus de uma estátua de Cecil Rhodes, um magnata das minas notoriamente racista, morto em 1902.

Os andares superiores de um shopping center na capital de Gana desabaram nesta quarta-feira, matando pelo menos uma pessoa e deixando outras dezenas soterradas nos escombros. A contagem de vítimas foi feita por autoridades e testemunhas que estavam no local. Freeman Tetteh, chefe da polícia da região metropolitana de Acra, capital do país, disse que cinco pessoas já foram resgatadas e acredita que cerca de 35 outras ainda estão presas. As autoridades disseram que o número de vítimas ainda pode aumentar.

"Nós ainda estamos trabalhando para descobrir o que aconteceu com os indivíduos, que podem estar presos", disse Billy Anaglate, relações públicas do corpo de bombeiros.

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O presidente de Gana, John Mahama, considerou o cenário como uma zona de desastre e encurtou sua campanha eleitoral no norte do país para poder visitar o local.

O shopping center possuía cinco andares e ficava em Achimota, um bairro de Acra. Inaugurado em fevereiro, o edifício faz parte da rede Melcom, que pertence ao magnata indiano Bhagwan Khubchandani.

As informações são da Associated Press.

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