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Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Biológico (IB) permitiu que pequenos produtores do estado de São Paulo reduzissem em até 90% a quantidade de defensivos agrícolas no cultivo de hortaliças. De acordo com o governo paulista, a diminuição foi possível devido à transferência de tecnologia de manejo fitossanitário aos agricultores, que passaram a introduzir princípios de Manejo Integrado de Pragas e a utilizar coberturas flutuantes de Agrotêxtil.

O pesquisador do instituto, Fernando Javier Sanhueza Salas, explica que o Agrotêxtil é um tecido derivado do polipropileno e que pode ser reciclado. “É uma tecnologia muito utilizada na produção de hortaliças na Europa, com destaque para a Espanha, e na produção de melão para exportação em Mossoró, no Rio Grande do Norte”, ressalta.

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Segundo o pesquisador, a maior vantagem desse tecido está no bloqueio da entrada de insetos que atacam o cultivo de hortaliças e hortifrutis. Com isso, é possível criar uma espécie de barreira física para produção. “Em muitos casos, os produtores precisam fazer apenas uma aplicação de defensivo, antes de utilizar a cobertura e, de acordo com a cultura, fazer mais uma, quando estiver na metade do ciclo da planta e for necessária a polinização”, complementa Salas.

Em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, os produtores de tomate conseguiram diminuir em 70% a aplicação de defensivos. A mesma pesquisa também beneficiou pequenos agricultores da Bahia. O cultivo de repolho na cidade de Irecê, por exemplo, reduziu a aplicação da substância de seis para uma.

O governo do estado informou ainda que a implantação do Agrotêxtil sai mais em conta do que sistemas convencionais, baixando para 1/3 de acordo com a condução do cultivo. “Se o produtor for cuidadoso, pode reutilizar a tela no próximo ciclo da cultura, porém com a vantagem de possuir toda a estrutura inicial”, conclui o pesquisador.

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