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Os jogos de videogame violentos que enaltecem personagens antissociais podem aumentar o risco de delinquência entre os adolescentes, além de outros comportamentos de risco, como o tabagismo e o consumo de álcool, alertou nesta segunda-feira (4) um estudo americano.

De forma geral, estes jogos projetados para adultos parecem alterar a ideia que os jovens têm de si mesmos, o que pode influenciar seu ego no mundo, explicaram cientistas do Darmouth College, uma universidade situada em New Hampshire (nordeste).

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A pesquisa foi publicada na revista Personality and Psychology, da Associação Americana de Psicologia. Um estudo da mesma universidade, publicado em 2012, já mostrava que jogos desse tipo poderiam incitar os adolescentes a cometer imprudências na direção.

O estudo atual "é importante porque sugere que os games violentos podem, não só incitar os adolescentes a ter comportamentos violentos, como também levá-los a consumir álcool e tabaco, ter comportamentos de risco sexuais e na direção", explicou James Sargent, professor de pediatria no Dartmouth College, e coautor desta pesquisa.

Os jovens tendem a se identificar com os protagonistas dos jogos de videogame, destacou Jay Hull, do Departamento de Psicologia e Estudos Cerebrais da mesma instituição, principal autor do trabalho.

"Somos o que pretendemos ser e, por esta razão, devemos ter cuidado com o que pretendemos ser", advertiu. Neste estudo, os cientistas estudaram mais de 5.000 adolescentes americanos escolhidos ao acaso, que responderam a uma série de perguntas por telefone ao longo de quatro anos.

Eles examinaram uma variedade de fatores, como o fato de jogar games violentos nos quais o risco é exaltado, como é o caso de "Grand Theft Auto". Os cientistas constataram que jogos como esses estavam vinculados a uma ampla gama de comportamentos de risco entre os jovens. Segundo eles, isso explicaria, em parte, algumas mudanças de personalidade, atitudes e valores vinculados a esses jogos, que tornam os adolescentes mais rebeldes e sedentos de risco.

Os efeitos foram similares em meninos e meninas e mais pronunciados entre os que passaram mais tempo jogando este tipo de game, particularmente aqueles protagonizados por personagens antissociais.

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O programa Opinião Brasil desta segunda-feira (21) continua a série sobre saúde e, desta vez, debate os males do alcoolismo. Para falar sobre o assunto, o jornalista Alvaro Duarte entrevista o médico especialista em dependência química, Leonardo Duarte, e a também psicóloga Magda Figueroa, da Secretaria de Saúde do Recife. 

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Uma pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) com a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o álcool está em quinto lugar em número de mortes no Brasil. “O álcool, por ser uma droga lícita, é consumida em grande escala, principalmente no Nordeste. As pessoas bebem para se auto-afirmar, fazer parte de um grupo. No entanto, esquecem que a bebida ingerida diariamente pode vir a destruir lares e tornar aquele que bebe em alcoólatra. É uma doença que pode levar a morte”, explica a psicóloga.

Já dados da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) também apontam um representativo percentual de mulheres que bebem. De acordo com o levantamento, 34% das entrevistadas admitem beber frequentemente. Já entre os jovens, 62% afirmam ter bebido pelo menos uma vez. Entre os maiores de 17 anos, o índice chega a 84%. Segundo a pesquisa, a maioria começou a beber entre 12 e 15 anos. “No centro de tratamento para dependente em que trabalho é comum chegar pessoas de todos os sexos e idades. Muitas delas chegam debilitadas de uma tal maneira, que precisam ir primeiro a um hospital, para depois se internar. É preciso apoio da família e força de vontade para parar de beber”, afirma Leonardo. 

O Opinião Brasil é exibido toda segunda-feira no Portal LeiaJá.

Na novela Em família, desde a adolescência, Felipe (Thiago Mendonça) não consegue ficar longe das bebidas. Depois de tomar mais um porre, ele acaba dormindo no chão do banheiro de casa. Virgílio (Humberto Martins) o encontra em um estado lastimável e tenta ajudá-lo colocando o cunhado debaixo do chuveiro de roupa e tudo.

O médico recusa a ajuda, mas Virgílio insiste. “Mais um pouco, Felipe, tem que acordar direito. Se a sua irmã te pega assim outra vez, ela te interna. Você sabe disso. Você quer ser internado? Quer acabar com o seu futuro, que já anda mal das pernas, quer?”, pergunta. Mesmo assim, Felipe se revolta e diz que Virgílio não tem nada a ver com a sua vida.

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Insistente, Virgílio carrega Felipe para o quarto e dá de cara com Helena (Julia Lemmertz). Ele tenta acalmar a mulher, mas ela fica possessa com o irmão. “Todos os dias agora! Sem-vergonha, infeliz, está se matando e se desgraçando!”, grita a leiloeira ao pegar um cinto e partir para cima dele. Helena dá uma surra no irmão, enquanto Virgílio tenta impedir o ataque.

“Sabe o que eu vou fazer? Quer saber? Vou denunciar você no Conselho de Medicina. Vou pedir seu afastamento. Pedir para eles proibirem você de exercer a profissão. Para eles cassarem o seu registro, anularem o seu diploma!  Antes que você mate alguém!”, dispara Helena. A cena está prevista para ir ao ar nesta quinta (27).

O álcool provoca, em média 80 mil mortes anuais nas Américas, um problema que coloca o Brasil na quinta posição dos países com maior número de casos por 100 mil mortes, informou nesta terça-feira (14) a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). O estudo "Mortalidade nas Américas por doenças, condições e lesões em que o álcool é causa necessária, 2007-2009", das brasileiras Maristela Monteiro e Vilma Gawryszewski, observou que o álcool é uma causa "determinante" de morte em uma média de 79.456 casos ao ano, segundo comunicado da OPS, representação regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), com sede em Washington.

Na maioria dos países, as mortes foram consequências de uma hepatopatia alcoólica ou doença do fígado, seguida de distúrbios mentais provocados pela ingestão de bebidas alcoólicas. As cientistas Vilma Gawryszewski, assessora da OPAS em informação e análise sobre saúde, e Maristela Monteiro, especialista em abuso de substâncias, estudaram padrões de mortes entre as quais o álcool era mencionado especificamente - como hepatopatia alcoólica - em 16 países da região entre 2007 e 2009.

As autoras asseguraram que estas mortes representam apenas "a ponta do iceberg de um problema mais amplo" porque o álcool está relacionado a outras doenças como insuficiências cardíacas ou inclusive câncer, além de casos de acidentes de trânsito e armas de fogo. "É provável que o número de mortes que fazem do consumo do álcool um fator significativo seja muito maior", escreveram Gawryszewski e Monteiro, segundo o comunicado.

Na região, alguns países se destacam com os maiores índices relativos de mortes por álcool. O mais alto é El Salvador, com 27,4 casos por 100.000 mortes, seguido da Guatemala, com 22,3, Nicarágua, 21,3, México, 17,8 e Brasil, com 12,2. O problema é menos agudo em Colômbia (1,8), Argentina (4,0) e Venezuela (5,5). Em todos os países, no entanto, o problema é predominantemente masculino, pois 84% dos mortos por consumir álcool eram homens, segundo a OPAS.

O consumo abusivo de álcool cresceu 31,1% na população brasileira nos últimos seis anos, especialmente entre as mulheres jovens. Os dados constam do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) divulgado nesta quarta-feira por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Foram entrevistadas 4.607 pessoas com 14 anos ou mais em 149 municípios brasileiros. Houve um aumento expressivo do "beber em binge", um indicador de consumo nocivo de álcool, onde a pessoa ingere de 4 a 5 doses em um período de menos de duas horas.

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Apesar de a pesquisa demonstrar que metade da população brasileira não consome álcool, houve um aumento geral de 20% na frequência do uso de bebidas alcoólicas. "Metade da população não bebe, isso desmistifica aquela ideia de que todo mundo bebe. O que preocupa nesses resultados é que aumentou em 20% o consumo na outra metade", diz o psiquiatra e professor Ronaldo Laranjeira, um dos autores da pesquisa.

Um dos dados positivos da pesquisa é que, depois que a Lei Seca entrou em vigor, caiu 21% o número de pessoas que relataram ter bebido e dirigido no último ano - o que demonstra uma tendência de diminuição desse hábito.

Com o objetivo de propiciar um aprendizado interdisciplinar na atenção a usuários de álcool, será realizado, nos dias 11 e 12 deste mês, o I Encontro Interdisciplinar em Alcoolismo: “Um Olhar Ampliado na Assistência a Usuários de Álcool”. O evento, que é direcionado para estudantes de graduação e pós-graduação, bem como docentes e profissionais, será no Centro Acadêmico de Vitória (CAV), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

De acordo com a assessoria de comunicação da UFPE, as inscrições para o encontro podem ser feitas até o próximo dia 11, através do e-mail alcoolismo.cavufpe@gmail.com. No ato, os participantes devem informar nome completo, RG, telefone, instituição vinculada e profissão. Para que as inscrições sejam efetivas, no dia do evento os participantes deverão entregar um quilo de alimento não perecível. No total, existem cem vagas disponíveis.

O CAV fica na Rua Alto do Reservatório, no bairro Bela Vista, na cidade de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata de Pernambuco. Mais informações sobre o evento podem ser conseguidas pelo e-mail alcoolismo.cavufpe@gmail.com.

Veja abaixo a programação:

Dia 11
13h-14h – Inscrição
14h-14h30 – Palestra de Abertura: A Problemática do Alcoolismo. Palestrante: professora Cybelle Rolim.
14h30-15h30 – Palestra: Política Nacional de Atenção a Usuários de Álcool e Outras Drogas. Palestrante: professora Roberta Uchôa.
15h30-16h – Debate com o público
16h-16h30 – Coffee break
16h30-17h30 – Palestra: Atenção Interdisciplinar na Assistência a Alcoolistas: uma Experiência de Extensão e Educação. Palestrante: professora Luciana Orange.
17h30-18h – Debate com o público

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Dia 12
14h-15h – Palestra: O Fenômeno do Alcoolismo no Contexto da Promoção da Saúde. Palestrante: Graça Borges.
15h-15h30 – Debate com o público
15h30-16h – Coffee break
16h-17h30 – Mesa-redonda: O Cuidado com o Alcoolista: Explorando os Diferentes Papéis de uma Equipe Multidisciplinar. Moderadora: professora Roberta Bento.
Palestrantes: professora Keila Dourado (nutricionista), Rita de Cássia Vasconcelos (psicóloga), Analúcia Silva Maciel (assistente social), Simone Sybelle de Lima Pedroso (fonoaudióloga, especialista em Psicologia da Família), Rosa Cândida Queiroz (terapeuta ocupacional) e Maria Iarajane Borges de Lima (enfermeira).
17h30-18h – Debate com o público/encerramento – professora Roberta Bento

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