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Começou às 10h18 (de Brasília) a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na tarde desta terça-feira (15), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom. Na quarta, eles têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 3,50% ao ano.

Em meio aos efeitos da segunda onda da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, a expectativa do mercado financeiro é de que a Selic aumentará mais 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano. Se confirmada, esta será a terceira elevação consecutiva da taxa básica.

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De um total de 54 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 53 esperam pela elevação da Selic em 0,75 ponto, para 4,25% ao ano. Apenas uma casa - a Sicredi Asset - aguarda aumento de 1,00 ponto porcentual, com a Selic chegando a 4,50%. Para o fim de 2021, as instituições projetam desde uma Selic em 5,00% até um aumento dos juros a 7,00% ao ano. A mediana é de 6,25%.

Desde a última reunião do comitê, em 4 e 5 de maio, existe a expectativa de que o BC elevará novamente a Selic para conter a inflação. Nas comunicações do último encontro, a autarquia afirmou que "antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude" - em outras palavras, novo aumento de 0,75 ponto porcentual.

Analistas ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) afirmam, no entanto, que o BC tende a retirar do comunicado da decisão desta semana a expressão "normalização parcial", diante do risco de disseminação da inflação para além de 2021. Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA) elevaram as preocupações, após o IPCA - o índice oficial de preços - ter fechado maio em 0,83%.

No Relatório de Mercado Focus, que compila os cálculos do mercado financeiro, a projeção mediana para a inflação em 2021 está em 5,82%. Para 2022, a expectativa está em 3,78%. A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, e também acima do teto estabelecido pela margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

Participam do encontro do Copom desta semana o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e sete diretores da instituição - e não oito, como de costume. Isso porque o cargo de diretor de Assuntos Internacionais segue vago, após a saída da economista Fernanda Nechio. A nova indicada para a função, a economista Fernanda Guardado, ainda não foi aprovada pelo Senado.

Começou às 11h01 a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na tarde desta terça-feira (8), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom. Na quarta-feira (9), eles têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 2,00% ao ano.

Em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, a expectativa unânime do mercado financeiro é de que a Selic ficará estável. Se confirmada, esta será a terceira manutenção da taxa básica após nove reduções consecutivas.

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De um total de 47 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperam manutenção da Selic em 2,00% ao ano. Para 2021, as casas esperam desde uma Selic estável em 2,0% até um aumento dos juros a 4,75% ao ano. A mediana é de 3,0%.

Desde a última reunião do comitê, em 28 de outubro, a permanência da incerteza fiscal, combinada às leituras de inflação mais pressionadas que o esperado, chegou a antecipar a aposta de algumas casas para o aumento da Selic. A mediana da pesquisa do Projeções Broadcast para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020 subiu de 3,60% para 4,24%, acima do centro da meta, depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a decisão de retomar o sistema de bandeiras tarifárias este mês. Ontem, o Relatório de Mercado Focus indicou que a projeção para o IPCA em 2020 está em 4,25% - acima do centro da meta perseguida pelo BC, de 4,0%.

Na manhã de hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,89% em novembro, após ter avançado 0,86% em outubro. Este é o resultado mais alto para novembro desde 2015, quando ficou em 1,01%. Com isso, o acumulado em 12 meses ficou em 4,31% e ultrapassou o centro da meta perseguida pelo BC. No mês, destacam-se a alta de 2,54% do grupo Alimentação e Bebidas e o aumento de 1,33% do setor de Transportes. Esses dois grupos responderam por 89% da inflação em novembro.

No mercado financeiro, a leitura é de que o BC deve confirmar no Copom a continuidade do forward guidance (prescrição futura), a regra segundo a qual se compromete a não elevar juros enquanto as expectativas e projeções de inflação de seu cenário básico se mantiverem abaixo do centro da meta no horizonte relevante, desde que o regime fiscal seja mantido e as expectativas de longo prazo permaneçam ancoradas.

Terminou às 12h14 a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O encontro havia começado às 10h06. Participaram o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição. À tarde, ocorre a reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.

Amanhã, eles têm mais uma rodada de discussões antes de decidirem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 3,75% ao ano.

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Considerando os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, a expectativa majoritária do mercado financeiro é de que a Selic passará por corte de 0,50 ponto porcentual. Se confirmada, esta será a sétima redução consecutiva no atual ciclo de baixa da taxa básica.

De um total de 58 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 48 esperam por um corte de 0,50 ponto, para 3,25% ao ano. Dez casas aguardam pela redução da taxa básica em 0,75 ponto, para 3,00% ao ano.

Começou às 10h06 desta terça-feira (5) a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na tarde desta terça, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom. Na quarta-feira (6), eles têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 3,75% ao ano.

Considerando os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, a expectativa majoritária do mercado financeiro é de que a Selic passará por corte de 0,50 ponto porcentual. Se confirmada, esta será a sétima redução consecutiva no atual ciclo de baixa da taxa básica.

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De um total de 58 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 48 esperam por um corte de 0,50 ponto, para 3,25% ao ano. Dez casas aguardam pela redução da taxa básica em 0,75 ponto, para 3,00% ao ano.

A avaliação das instituições é de que o corte da Selic não deve parar em maio. É quase unânime a perspectiva de pelo menos mais um corte, na reunião de junho. Somente 6 de 52 instituições esperam fim do ciclo no Copom desta semana. Para o fim de 2020, as 53 projeções variam de 1,0% a 3,25%, sendo que 29 apontam taxa abaixo de 3,0% - a mediana é de 2,75%.

Para 2021, a maioria das casas consultadas prevê alguma normalização dos juros, embora não sejam poucas as apostas de continuidade da taxa no menor nível da história por bastante tempo. O intervalo vai de 2,0% a 5,75%, com mediana de 3,50%.

Em março, o Copom cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 4,25% para 3,75% ao ano. No comunicado sobre a decisão, o BC disse que "a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária e, neste momento, vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar". "No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos".

A avaliação de boa parte das instituições financeiras é a de que, desde maio, com a piora da economia em função da covid-19, aumentaram as chances de a Selic cair ainda mais. Mesmo porque as projeções de inflação estão em forte queda.

O Relatório de Mercado Focus, publicado na última segunda-feira, mostra que o mercado financeiro projeta atualmente inflação de apenas 1,97% em 2020 - bem abaixo da meta de 4,00% para o ano.

Começou às 10h10 a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na tarde desta terça-feira (10), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.

Na quarta-feira (11), eles têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 5,00% ao ano.

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Em meio ao atual estágio da atividade e aos índices mais recentes de inflação, a expectativa majoritária do mercado financeiro é de que a Selic passe por um novo corte de 0,50 ponto porcentual - o quarto no atual ciclo de baixa da taxa básica.

De um total de 60 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 59 esperam por um corte de 0,50 ponto, para 4,50% ao ano. Apenas uma casa - a GO Associados - espera por corte de 0,25 ponto porcentual, para 4,75% ao ano.

Em outubro, o Copom cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 5,50% para 5,00% ao ano. Foi a terceira redução consecutiva da taxa básica.

No comunicado sobre a decisão, o BC avaliou que "a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir um ajuste adicional, de igual magnitude". Esta mensagem vem sendo repetida pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, desde então.

Para o início de 2020, porém, há dúvidas no mercado financeiro sobre se haverá nova redução ou se a taxa básica ficará estável. No Relatório de Mercado Focus, divulgado na segunda-feira, a projeção mediana é de corte de 0,25 ponto porcentual da Selic em janeiro, para 4,25% ao ano.

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,4% em 2019 e 3,6% em 2020 - dentro das metas estabelecidas para os anos. Estes porcentuais, no entanto, serão atualizados na quarta-feira, após a reunião do Copom. No Relatório de Mercado Focus, as projeções para o IPCA estão em 3,84% e 3,60%, respectivamente.

Entre os dados de atividade mais recentes no Brasil, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) mostrou elevação de 0,44% em setembro. No acumulado do terceiro trimestre de 2019, o indicador apresentou alta de 0,91%.

Já o IPCA - o índice oficial de inflação - acelerou em novembro, em função principalmente dos reajustes mais recentes nos preços das carnes. O índice de novembro indicou inflação de 0,51%. Em 12 meses até novembro, a taxa acumulada é positiva, de 3,27%.

Diante da repercussão internacional das declarações do presidente Jair Bolsonaro, bem como de suas publicações nas redes sociais e de suas trapalhadas no governo, é lógico imaginar que ele tenha uma cota expressiva de responsabilidade na retração dos investimentos feitos por estrangeiros no mercado financeiro do País.

Decorridos quase nove meses de governo, os dados sobre o saldo dos aportes externos na Bolsa de Valores, hoje impulsionada pelos investidores locais, que buscam alternativas aos juros baixos da renda fixa, são preocupantes. Até 18 de setembro, o resultado acumulado no ano estava negativo em R$ 22,4 bilhões, excluídas as ofertas de ações realizadas no período, de cerca de R$ 25 bilhões. Trata-se do pior saldo desde 2008, no auge da crise global, o que alimenta incertezas sobre a real disposição dos estrangeiros de investir no mercado de capitais brasileiro, em meio às turbulências causadas pela retórica agressiva de Bolsonaro.

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Mas, embora as falas e o vaivém do presidente tenham o seu peso na equação, não é isso o que mais está influenciando os saques dos investidores externos agora, de acordo com os cientistas políticos e executivos de grandes bancos ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, para avaliar a percepção dos estrangeiros em relação ao Brasil.

Front externo

"Tuíte de presidente virou normal. Os estrangeiros aprenderam a lidar com o (primeiro-ministro) Boris Johnson, na Inglaterra, e com o (Donald) Trump, nos Estados Unidos", diz Christian Egan, diretor executivo de Tesouraria e Mercados Globais do Itaú Unibanco. "Então, o que a gente vê no Brasil talvez não seja tão impactante para os investidores externos quanto se imagine que seja."

A avaliação de Egan reflete, de certa forma, uma visão que parece predominar no mercado. "Esse pessoal é pragmático e racional. Não liga muito para o mérito do que o Bolsonaro disse ou deixou de dizer", afirma o cientista político Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice, uma empresa de consultoria sediada em Brasília."Essa retórica belicosa não é o principal motivo de os gringos não estarem vindo para o Brasil", diz o cientista político Christopher Garman, responsável pela área de Américas da Eurasia, consultoria internacional de avaliação de risco.

A julgar pelo que eles dizem, parece também haver certo consenso em relação aos principais motivos que levaram os investidores externos a se afastar do Brasil nos últimos meses.

No front externo, o mais evidente é a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que afeta a taxa de crescimento mundial e turbina a aversão ao risco. Há também uma tensão crescente em razão do desaquecimento da economia em vários países, como Alemanha, China e até os Estados Unidos, que está levando a uma saída das bolsas em mercados emergentes. "O mundo vem desacelerando. Talvez isso não estivesse na conta um ano atrás", afirma Egan. "Não que estivesse fora do radar, mas não estava precificado na magnitude em que vem acontecendo em 2019."

Agenda prioritária

No front interno, o que está "pegando" para os chamados investidores de portfólio é a lenta retomada da economia - em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer apenas 0,9%, pouco abaixo do índice de 1,1% do ano passado, segundo o boletim Focus, do Banco Central (BC).

Embora os investidores externos reconheçam o avanço com a aprovação da reforma da Previdência e a importância de outras reformas que estão em pauta, como a tributária e a administrativa, a percepção é de que seus efeitos terão impacto mais na questão da produtividade, no médio e longo prazos, do que no desempenho da economia no curto prazo.

"Os investidores veem que está havendo controle de gastos, que a reforma da Previdência vai ajudar o gasto obrigatório a cair no longo prazo, mas sabem que isso não ajuda muito agora", diz Tony Volpon, economista-chefe do banco suíço UBS no Brasil e ex-diretor de Assuntos Internacionais do BC.

De acordo com Lucas de Aragão, a falta de clareza sobre a agenda prioritária do País e a indefinição sobre quem irá fazê-la avançar - o presidente, o Congresso ou o ministro da Economia, Paulo Guedes - também influenciam negativamente a percepção dos investidores externos. "Talvez isso deixe o investidor estrangeiro mais confuso do que os incidentes diplomáticos decorrentes do comportamento do Bolsonaro."

Meio ambiente

Se as falas de Bolsonaro têm impacto reduzido para os investidores externos, o mesmo não acontece em relação ao desmatamento e às queimadas na Amazônia. Segundo Volpon, vários fundos que têm o respeito ao meio ambiente em seus estatutos, especialmente na Europa, estão sofrendo pressão dos cotistas para olhar o Brasil com mais cuidado. "Se houver uma percepção de que o Brasil está tendo uma regressão na questão ambiental, haverá um impacto sobre o volume de investimento desse tipo de fundo", afirma.

Apesar de tudo isso, o desempenho do índice EMBI+, que reflete o grau de confiança do investidor externo no País, mostra que o Brasil está longe de se tornar o "patinho feio" do mercado global. O indicador, calculado pelo banco JP Morgan, aponta que o risco Brasil está em 225 pontos, 18% abaixo do patamar de dezembro. "O Brasil está fazendo a lição de casa numa hora muito importante", diz Egan, do Itaú.

Há sinais positivos também na arena da produção. De acordo com o Banco Central, o investimento estrangeiro direto chegou a US$ 45 bilhões de janeiro a julho, valor que supera os saques na Bolsa, contra US$ 38,4 bilhões no mesmo período de 2018. "Do ponto de vista do custo, olhando só o câmbio, está barato comprar ativos no Brasil", afirma Tony Volpon.

Mesmo no caso dos investimentos em Bolsa, as perspectivas para 2020 parecem promissoras. O megainvestidor americano Ray Dalio, fundador da Bridgewater, gestora de um dos maiores fundos de hedge do mundo, aposta que a Bolsa brasileira será um dos destaques globais. "Considerando que os preços já incorporaram um desconto pelos equívocos do governo e pela fraqueza da economia, há um espaço considerável para os ativos brasileiros surpreenderem", diz um relatório produzido pela empresa para a clientela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começou às 9h45 desta terça-feira (11) a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom). Na tarde desta terça, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e os diretores da instituição ainda participam do encontro de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.

Na quarta, eles têm mais uma rodada de discussões antes de decidirem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 6,50% ao ano.

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Esta é a segunda reunião do Copom depois da eleição presidencial e a última de 2018. Após a vitória de Jair Bolsonaro, iniciou-se o processo de transição no Banco Central. O atual presidente, Ilan Goldfajn, não permanecerá à frente da instituição no governo Bolsonaro. Goldfajn tende a ficar no cargo apenas até fevereiro do próximo ano, quando deve ocorrer a aprovação, pelo Senado, do nome de Roberto Campos Neto para o comando da autarquia.

Já o diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho, permanecerá no cargo, o que foi interpretado pelo mercado financeiro como um sinal de continuidade nas ações do BC para além deste ano.

Para a reunião desta semana do Copom, de um total de 35 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperam pela manutenção da Selic em 6,50% ao ano - o menor patamar desde que a taxa foi criada, em 1996. Se confirmada, esta será a sexta manutenção consecutiva da Selic.

Para 2019, já sob o governo Bolsonaro, os economistas demonstram menos certeza quanto ao rumo da política monetária. As estimativas para a Selic coletadas nas 35 casas variam entre 6,50% e 9,00% ao ano. Uma das dúvidas é se Bolsonaro conseguirá avançar na agenda de reformas, especialmente em relação à Previdência.

No encontro anterior, em 30 de outubro, o Copom manteve a Selic no patamar de 6,50% ao ano. Na decisão, o colegiado indicou que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da atividade, das projeções de inflação e do balanço de risco.

Ao abordar seu cenário básico, o BC citou três riscos para a inflação brasileira. De um lado, a ociosidade da economia, que pode provocar baixa de preços. De outro, a possibilidade de as reformas não caminharem e o cenário externo mais desfavorável aos países emergentes, o que pode impulsionar a inflação.

Em documentos anteriores, o BC vinha alertando que os riscos ligados às reformas e ao exterior eram maiores que aquele ligado à atividade econômica. Ou seja, o risco de os preços subirem era superior ao de eles caírem ou continuarem baixos. A instituição afirmou, porém, que essa "assimetria" diminuiu.

Desde o encontro de outubro do Copom, os índices de atividade seguiram indicando um cenário de recuperação gradual para a economia. O mais recente deles - o Produto Interno Bruto (PIB), divulgado em 30 de novembro pelo IBGE - mostrou crescimento de 0,8% da economia no terceiro trimestre de 2018, ante o segundo trimestre do ano. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, houve alta de 1,3%.

Já a inflação seguiu acomodada. Na semana passada, o IBGE informou que o IPCA - o índice oficial de preços - registrou deflação de 0,21% em novembro. No ano, a taxa acumulada indica inflação de apenas 3,59% e, em 12 meses, de 4,05%.

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