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A Anima Educação captou até R$ 468,21 milhões com a sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Os papéis foram precificadas em R$ 18,50, mais perto do piso da faixa inicialmente proposta, de R$ 16,50 a R$ 22. O início das negociações das ações na BM&FBovespa, sob o código “ANIM3”, está previsto para 28 de outubro. Inicialmente, o grupo esperava levantar entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões com a oferta.

Segundo o prospecto, o Anima pretende usar o dinheiro para fazer aquisições. O grupo avalia instituições em 42 cidades, distribuídas em 20 Estados do Brasil. Além disso, a companhia espera entrar no segmento de Ensino a Distância (EAD), cujo programa, afirma, está em fase final de aprovação e credenciamento no Ministério de Educação.

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O grupo é dono das universidades Una e Unibh, de Belo Horizonte, além da Unimonte, de Santos. Além das universidades, o portfólio do grupo inclui também 50% de participação na HSM, instituição de educação corporativa que tem como outro proprietário o Grupo RBS. A compra foi realizada em março deste ano, por R$ 55,3 milhões.

A trajetória do Grupo Anima rumo à Bolsa começou em abril do ano passado, quando a BR Investimentos, do economista Paulo Guedes, comprou um terço das ações por R$ 100 milhões e acabou com uma disputa entre minoritários que já durava quase uma década. Depois de entrar no capital da empresa, Guedes conseguiu comprar a fatia de quatro acionistas que brigavam na Justiça com os outros sócios por discordar dos rumos que a empresa vinha tomando.

No processo de consolidação do setor de educação nos últimos anos, o Anima sempre foi um alvo interessante para os grandes investidores, mas as negociações sempre esbarraram na briga entre os acionistas. O IFC, do Banco Mundial, chegou a negociar um investimento de R$ 80 milhões na empresa em 2011, mas desistiu depois de se deparar com o imbróglio.

Fontes que conhecem o projeto do grupo Anima afirmam que a ideia dos novos sócios é criar uma instituição diferente das que já estão listadas na Bolsa. Em vez de focar no ensino superior para a classe C, com um programa abrangente de cursos de graduação e pós graduação, o objetivo do grupo mineiro é se tornar uma rede “temática”.

O prospecto do Anima foi divulgado no início de setembro, depois que a Ser Educacional, com foco no Nordeste e Norte do País, publicou os termos de um IPO que pode movimentar quase R$ 1 bilhão. Na semana passada, a Comissão de Valores Mobiliários suspendeu a oferta, mas revogou a decisão na última segunda-feira, 21. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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