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A Amazon anunciou, nesta segunda-feira (25), um investimento de até US$ 4 bilhões (R$ 19,6 bilhões, na cotação atual) na empresa americana Anthropic, de Inteligência Artificial (IA), que desenvolve um programa rival do ChatGPT, o que vai acelerar a corrida mundial dessas tecnologias.

Com esta colaboração, a gigante do comércio online e da "nuvem" (armazenamento de dados acessíveis à distância) terá uma participação minoritária na Anthropic, que criou o Claude, um "chatbot" que concorre com o ChatGPT, a conhecida ferramenta de Inteligência Artificial da OpenAI.

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A Anthropic usará os chips da Amazon Web Service (AWS) – a maior empresa de "nuvem" do mundo – desenvolvidos especificamente para construir modelos de "machine learning" (aprendizado automático).

Este acordo permitirá, segundo a Amazon, acelerar os futuros modelos de "chatbot" da Anthropic, aos quais os usuários da AWS terão acesso.

A Inteligência Artificial "generativa", capaz de gerar novos conteúdos a partir de dados de aprendizado, desperta muito interesse entre os gigantes da Internet.

Há poucos dias, a Amazon anunciou que sua assistente virtual Alexa terá Inteligência Artificial.

A Microsoft informou, na última quinta-feira, que iria integrar a nova interface de Inteligência Artificial generativa da OpenAI em seu mecanismo de busca Bing.

A Anthropic, com sede em San Francisco, é considerada uma líder na área.

"Temos um enorme respeito pela equipe e pelos modelos fundadores da Anthropic e acreditamos que podemos ajudar a melhorar a experiência dos clientes, no curto e no longo prazo, por meio de uma colaboração mais profunda", disse o CEO da Amazon, Andy Jassy.

Os gigantes do Vale do Silício e os grandes fundos de investimento apostam na Inteligência Artificial enquanto procuram um aplicativo que lhes forneça uma vantagem decisiva.

O sucesso instantâneo do ChatGPT chamou a atenção para os "chatbots" e gerou imitadores e rivais, entre eles o Google com seu chatbot Bard.

Os titãs chineses Tencent e Baidu também lançaram bots que, segundo eles, podem competir com o ChatGPT.

- O mercado de chips -

Este acordo entre a Anthropic e a Amazon é, acima de tudo, um passo decisivo na corrida para desenvolver chips para impulsionar a IA.

As empresas do setor querem parar de usar chips fabricados pela líder do mercado NVIDIA, segundo o analista-chefe de pesquisa de IA da S&P Global Market, Nick Patience.

"Será difícil para qualquer um fazer alguma diferença nos próximos 12 a 18 meses", disse ele à AFP.

Mas acordos como este entre a Amazon e a Anthropic podem ajudar a mudar o cenário em cinco anos.

A Anthropic concorda em usar não apenas os chips da Amazon, mas também sua capacidade instalada na nuvem, Amazon Web Services (AWS) - centros de dados que armazenam e processam dados em grande escala.

A Amazon afirmou que assumirá uma "participação minoritária" no seu novo sócio, que já arrecadou mais de 1 bilhão de dólares (4,9 bilhões de reais na cotação atual) desde a sua criação em 2021.

O comunicado garante que o chatbot "Claude" ajudará os clientes da AWS "de todos os tamanhos a desenvolver novos aplicativos generativos impulsionados por IA para transformar suas organizações".

O acordo intensifica a concorrência entre Amazon e Google, que abriu seus serviços na nuvem para a Anthropic e investiu 300 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais) para adquirir 10% da empresa.

Os modelos de IA exigem uma potência de computação enorme, por isso as empresas de IA contam com centros de dados na nuvem fornecidos por empresas como AWS, Google Cloud e Microsoft Azure.

À medida que os gigantes da tecnologia impulsionam os seus próprios objetivos de Inteligência Artificial, eles buscam estabelecer vínculos com empresas de IA menores: a Microsoft lidera o caminho com um investimento bilionário na OpenAI.

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