Um supremacista branco que nega o Holocausto obteve a candidatura republicana para um assento no Congresso dos Estados Unidos em representação de algumas partes de Chicago e subúrbios vizinhos.
Art Jones, defensor da segregação racial, cujo site na internet da sua campanha incluiu uma sessão chamada "A fraude do Holocausto", conseguiu a nomeação do Partido Republicano durante a eleição primária do estado de Illinois, na terça.
Ele disputará as eleições legislativas de novembro por um assento na Câmara de Representantes em um distrito fortemente democrata deste estado do Meio Oeste americano.
O Partido Republicano do Illinois não havia recrutado um oponente de Jones no distrito, ante a improbabilidade de que um candidato republicano ganhasse a cadeira do democrata Dan Lipinski, que a ocupa desde 2005.
O partido era contrário à candidatura de Jones e pediu aos eleitores que o desautorizem, dizendo que "nazistas" como ele não têm espaço no país.
O polêmico candidato, contudo, obteve cerca de 20.000 votos na terça-feira, segundo o site Illinois Election Data, que coletou o total dos votos preliminares. Lipinski recebeu mais de 47.000 votos para a nomeação de seu partido.
Jones, um corretor de seguros aposentado de 70 anos, autodenominado ex-líder do Partido Nazista americano e contrário a homossexuais e bissexuais, se candidatou sem sucesso para cargos públicos desde a década de 1970, segundo o Chicago Sun-Times.
"Me considero um patriota e um estadista americano", disse Jones à CNN. Para ele, o Holocausto é "uma extorsão internacional dos judeus", e seu grupo político, o Comitê dos Estados Unidos Primeiro, apenas está aberto a pessoas brancas de ascendência não judaica.