Tópicos | Assédio no Metrô

“Todas as minhas amigas já sofreram assédio no metrô ou nos ônibus”. Esta é a afirmação de Ayana Luisa, de 16 anos. Ela representou a opinião de várias mulheres presentes na Estação Recife, na manhã desta segunda-feira (16), quando o vagão rosa foi apresentado para a imprensa. O veículo começa a operar em fase de testes a partir das 16h30, na Linha Centro. 

O assunto gera polêmica. De um lado, mulheres apontam como sendo uma ótima opção para evitar a violência; de outro, afirmam ser uma medida preconceituosa e sem melhoria prática para pôr um fim nos assédios. Apesar dessa dualidade, as mulheres na Estação se mostraram otimistas com a implantação. 

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“Estou sabendo do vagão. Estou achando ótimo que tenha esse espaço. Com certeza vai ser melhor para as mulheres e, lógico, eu vou usar”, apontou a artista plástica Damares Tavares. 

Maria dos Prazeres de Lima, de 72 anos, e Severina Ezequiel, 69, apoiam a iniciativa, mas fazem ressalva como a forma que o veículo irá operar. “Acho positivo, com certeza! Mas o vagão tem que ser dividido, senão o vandalismo toma conta e nada adianta. Ele tem que ser inteiro para as mulheres”, especulou Prazeres. Na visita do Portal LeiaJá ao vagão rosa, foi possível constatar que ele é um espaço separado de todo o restante do trem.

Independentemente das idades, todas as entrevistadas apontaram terem ouvido ou visto várias histórias de assédio dentro dos trens. A jovem de 16 anos ainda apontou usar este tipo de transporte apenas nos finais de semana e, mesmo com a baixa frequência, já foi vítima de um homem que passou a mão em sua saia. “Para me sentir segura, eu me afastei dele, mas sempre escuto histórias como a minha, inclusive com as minhas amigas, por isso, vou usar e não me sinto discriminada”.  

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