Prédio também é lugar de diversão e colônia de férias no mês de julho. Fugindo das tradicionais atividades oferecidas por empresas de recreação, mães da Zona Sul da capital pernambucana planejaram as brincadeiras dos filhos, aproveitando o espaço de um edifício. A ideia surgiu para promover comodidade e econômia de até 50% para os pais.
De acordo com a turismóloga Cláudia Torres de Melo, que é mãe e uma das idealizadoras da proposta, a princípio, a ideia foi de tentar economizar e proporcionar mais comodidade e segurança para os pais e as crianças. “Muitas vezes enfrentamos trânsito e a logística dificulta, quando vamos deixar e pegar as crianças. Além disso, achamos mais seguro ficar com as crianças no prédio, afinal elas ficam mais reguardadas e, praticamente, dentro de casa”, diz Cláudia.
##RECOMENDA##Mãe de duas filhas, Cláudia acredita que a iniciativa, "indiscutivelmente", está proporcionando mais economia para os pais e responsáveis. “Normalmente, as colônias de férias cobram R$ 100 e até R$ 120 a diária, mas oferecemos diversão durante seis dias, no período da tarde, pelo mesmo valor”, compara. Para oferecer a estrutura, ele conta que contratou algumas atividades, como piscina de bola, pula-pula, contação de histórias, baile à fantasia e campeonatos.
A administradora de empresas Priscila Barreto, que também está à frente da organização, explica que as atividades são segmentadas para cada faixa etária. “Existe diversão e entretenimento para pequenos a partir de um ano e, como estamos recebendo crianças até oito anos, preparamos uma programação diversificada para cada faixa de idade”, diz Priscila. Quanto à divisão das atividades e à hance de poder estar perto do filho, ela conta que se sente mais segura. “Sinto-me mais tranquila, afinal a colônia de férias é ‘de casa para casa’, assim não tem como dar errado ou se preocupar”, fala descontraída.
Na mesma rua, outra mãe, Carolina Puppini, também aproveitou a oportunidade e lançou a primeira colônia de férias do prédio onde mora há sete anos. Segundo a arquiteta, que tem quatro filhos, a ideia era proporcionar atividades recreativas dentro do condomínio e facilitar a vida dos pais. “Podemos ficar perto das crianças sem se preocupar. Até porque há muitos pais observando”, reafirma.
“Tivemos a preocupação de dividir as crianças em grupos, de acordo com a idade. A partir daí criamos uma programação com brincadeiras de antigamente, arte, pintura, teatro, capoeira, argila, banho de mangueira, guerra de bexiga e bolha de sabão gigante”, cita Carolina. A colônia funciona três vezes na semana no período da manhã. Para o mês, os pais pagam o valor de R$ 150; 15 dias, R$ 100 e a diária R$ 35.
A mãe e moradora Dilma Santos aprovou a ideia e considera que a iniciativa deve crescer. “Tenho dois filhos, um menino de 12 anos e uma menina de quatro, mas pela primeira vez aderi a uma colônia e estou gostando bastante. Como no prédio a maioria das mães trabalha, observo que é bem mais cômodo e seguro para os pais deixarem as crianças”, conclui.
Com alegria, a pequena participante Maria Júlia, sete anos de idade, diz o que está achando. "É muito legal poder brincar todos os dias com os meus amiguinhos no prédio. Eu conheço novas pessoas e me divirto muito", fala a garotinha, que convidou a amiguinha Mariana Magalhães, que também opinou. "Estou gostando muito, porque estou conhecendo novos amiguinhos", finaliza.
Para organizar a colônia de férias, as idealizadoras falaram que precisaram fazer várias cotações com fornecedores de festas infantis e recreadores. Ao todo, elas conseguiram reunir, em média, 30 crianças, em cada turno. Já para conseguir promover as brincadeiras, as mães tiveram que gastar de R$ 3 mil a R$ 8 mil. Apenas moradores dos prédios podem participar da colônia e os pequenos só podem brincar acompanhados pelos responsáveis.