O Porto de Suape, no litoral Sul de Pernambuco, recebeu o primeiro navio de 330 metros na quinta-feira (24). A embarcação, da maior classe disponível na América do Sul, desatracou na manhã desta sexta-feira (24).
Segundo o porto, os navios usados pelas companhias de navegação evoluíram em capacidade e tecnologia, podendo transportar mais produtos com redução de custos. O navio porta-contêiner da classe Sammax, a maior disponível na América do Sul, pode chegar a medir 336 metros de comprimento, 48 metros de largura e 15,2 de calado máximo, que é a distância entre a lâmina d'água e o fundo da embarcação.
##RECOMENDA##A embarcação MSC NITYA B, pertencente à companhia MSC- Mediterranean Shipping Company, atracou no cais 2 para o desembarque de 233 contêineres e embarque de 55, um total de 288 movimentados. O navio veio do Porto de Valência, na Espanha, e deixou Suape com destino ao Porto de Salvador-BA.
Antes, o maior porta-contêiner que havia atracado no porto pernambucano tinha 305 metros de comprimento e 48,2 metros de largura. Em 2019, a Portaria Suape 136/2019 estabeleceu parâmetros operacionais e de manobra de navios permitindo que o porto pudesse receber embarcações com até 336,99 metros de comprimento e 48,99 metros de largura. A viabilidade para receber a classe Sammax foi comprovada por meio de estudo da Universidade de São Paulo (USP), contratado no início do último ano.
Para realizar manobras de entrada e atracação ou saída e desatracação desses navios é necessário o emprego de requisitos, como atuação de pelo menos dois práticos a bordo e as manobras devem ocorrer somente com luz natural. Também devem ser utilizados ao menos três rebocadores. Uma vez atracado, o navio pode operar em qualquer horário, já que o porto funciona durante 24 horas.
Suape fechou o primeiro semestre deste ano com 230.504 TEUs, unidade equivalente a um contêiner de 20 pés, e 2,4% de crescimento em relação ao mesmo período em 2019. No ano passado, bateu recorde histórico na carga conteinerizada com o total de 476.304 mil TEUs e 4,7% de aumento em relação a 2018.