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A montadora japonesa Toyota enfrenta a primeira greve na unidade de Sorocaba desde que iniciou a produção de automóveis na cidade do interior paulista, em agosto de 2012. Os 1,2 mil trabalhadores da linha de montagem estão de braços cruzados desde o final da tarde de quarta-feira, 02. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a reivindicação é de aumento no piso salarial, de R$ 1,65 mil para R$ 1,85 mil, mais 5% de adicional noturno e fornecimento do vale-compra.

Conforme o sindicato, a paralisação atinge 100% da produção e começa a ter adesão do setor administrativo. A estimativa é que 340 carros deixem de ser montados por dia. As reivindicações foram encaminhadas à empresa em março deste ano, mas as negociações não evoluíram, disse a entidade.

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A Toyota ofereceu reajuste de 8% no piso salarial e propôs elevar o adicional noturno em abril do próximo ano, mas a proposta foi rejeitada.

A paralisação foi iniciada após assembleia em frente à fábrica. Na manhã desta quinta-feira, 03, houve nova manifestação nos portões da unidade, com a adesão de trabalhadores do primeiro turno. Outra assembleia para avaliar o movimento está marcada para a manhã da sexta, 04.

Procurada, a Toyota informou, por meio da assessoria de imprensa, que não se manifestará sobre a greve dos metalúrgicos.

As vendas médias diárias de veículos somaram 13,7 mil unidades desde o dia 17 de junho, quando a onda de protestos se intensificou no País, uma queda de 12,2% sobre a média diária de emplacamentos entre os dias 3 e 14 de maio, segundo avaliação da LCA Consultores. "Provavelmente a queda é o reflexo das manifestações, que já reduziram a confiança do consumidor e tiveram os efeitos diretos, como o fechamento de lojas e repartições públicas", afirmou Rodrigo Nishida, economista da LCA.

A LCA, no entanto, mantém a previsão de um crescimento de 1% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus neste ano ante 2012. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera uma alta superior a 4% nas vendas deste ano.

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Mesmo com a queda de 0,2% nas operações de crédito livre para compra de veículos por pessoas físicas em maio ante abril e de um recuo de 0,6% no acumulado do ano sobre igual período de 2012, a consultoria manteve a projeção de que o saldo para aquisição de veículos e leasing crescerá 3% entre os períodos, para R$ 216 bilhões.

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