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Centenas de pessoas se manifestaram nesta sexta-feira (11), em frente à sede do governo da província de Suleimaniya, contra as autoridades do Curdistão iraquiano, a quem acusam de corrupção e de ter provocado uma grave crise orçamentária. O protesto na cidade de Suleimaniya, capital da província, foi reprimido pela polícia.

Na semana passada, também houve manifestações nessa província contra o governo regional e os principais partidos desta região autônoma no norte do Iraque, por atrasos nos salários e meses não pagos na função pública.

"Vim me manifestar pelo meu salário e pela vida dos meus filhos. Estamos fartos deste sofrimento", declarou à AFP Fatima Hassan, uma funcionária pública de 25 anos.

Ao seu redor, multidões de manifestantes tentavam bloquear a grande avenida no entorno da sede do governo, antes da chegada do Batalhão de Choque, que não demorou para usar gás lacrimogêneo para dispersá-los, segundo um correspondente da AFP.

Piman Ezzedine, membro do Movimento para a Mudança (oposição) e ex-deputado do Parlamento curdo, indicou que as forças de segurança prenderam cerca de dez organizadores no início da manifestação.

Mais tarde, uma pessoa de seu entorno declarou à AFP que o ex-deputado também havia sido preso.

Desde a queda de Saddam Hussein em 2003, o Curdistão autônomo tentou atrair investimentos de multinacionais da energia enquanto aumentava a folha de pagamento de seu setor público, criando uma grande crise de dívida.

Essas manifestações espontâneas lembram as de outubro de 2019, principalmente em Bagdá e nas regiões de maioria xiita do Iraque.

No Curdistão, os protestos dos últimos dias foram repletos de violência, especialmente nas cidades e aldeias da província de Suleimaniya.

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