A frase da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de que “menino veste azul e menina rosa” tem repercutido além do âmbito político. Após cumprir agendas institucionais nessa quinta-feira (3), a auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi a um shopping em Brasília e ao entrar em uma das lojas foi provocada pelo vendedor que a questionou, ao observar que a cor da roupa usada por ela era azul: “E aí, ministra, você é menino ou menina?”.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a reação de Damares Alves ao ser indagada pelo vendedor. “Ele constrange a gente”, respondeu a responsável pela pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos. Na gravação, o funcionário rebate a resposta dela e se identifica. “Você que constrangeu a gente amor, tchau... Thiego Amorim é o meu nome”, encerra o vídeo. Antes de deixar o local, ela e as assessoras fizeram fotos do vendedor e da loja.
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Por meio do Stores, no Instagram, Thiego Amorim reforça o questionamento que fez e endossa a provocação pontuando que aguarda a visita do presidente no local. “Não devemos nos calar não, a gente negro, gay, favelado seja o que for. Não podemos nos calar nunca”, cravou. “E agora vou esperar o Bolsonaro vir aqui na loja”, completou o vendedor.
A polêmica em torno da ministra iniciou após um registro feito após a sua posse na última quarta-feira (2). Ao lado de apoiadores, ela aparece puxando um grito de guerra que dizia: “menino veste azul e menina veste rosa”. Marco, segundo ela, do início de uma “nova era” no Brasil com o governo Bolsonaro. Antes disso, Damares também já havia dito que pretendia acabar com a “doutrinação ideológica”.
Após a repercussão negativa, a ministra minimizou o impacto da declaração e disse que foi mal interpretada. "Meninos e meninas podem vestir azul, rosa, colorido, enfim, da forma que se sentirem melhores", disse a auxiliar de Bolsonaro.