Nesta terça-feira (5) faz 76 anos que a dançarina Micheline Bernardini (1927) desfilou em Paris com a peça que revolucionaria a moda feminina. O engenheiro francês Louis Réard (1897-1984) foi quem deu nome aos pedaços pequenos de pano. Antes, uma espécie de maiô de duas peças já havia sido experimentada por algumas garotas, mas o de duas peças foi uma verdadeira revolução pelo seu tamanho menor.
O francês que "batizou" a peça garantiu que, ao criar o nome, pensou apenas no lado romântico do famoso atol do Oceano Pacífico. A opinião pública ainda estava surpresa com os pedaços de pano, considerados na época um tanto minúsculos (cujas partes de cima mal cobriam os mamilos e a parte de baixo parecia uma tanga). A dançarina de clube noturno, que hoje tem 94 anos, apresentou a novidade, pois nenhuma modelo se dispôs a desfilar com a ousada novidade. Durante muitos anos, o biquíni ficou longe dos olhos do público, até mesmo a revista de moda Vogue o rejeitou. Estrelas de cinema como Marilyn Monroe (1926-1962) e Brigitte Bardot, no entanto, se agarraram ao biquíni e se deixaram fotografar regularmente vestindo a peça.
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Em 1960, o triunfo do biquíni avançou, tomou formas diferentes, chegando ao mercado como um "trikini" autoadesivo As rejeições foram quebradas em 1962, durante o filme James Bond 007 contra o satânico Dr. No, em que a “Bond girl” Ursula Andress usou um biquíni de cor marfim. Nos anos 80 e 90, o ponto alto de muitos dos grandes espetáculos de moda incluia as últimas coleções de biquínis, em vez de vestidos de noiva usuais. Estrelas da passarela como Claudia Schiffer, Linda Evangelista e Naomi Campbell disputavam tais trabalhos.
Quase 80 após a sua invenção, o biquíni segue sendo item obrigatório na moda praia e é usado por mulheres de todas as idades.