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As bolsas da Europa terminaram sem direção única o pregão desta quinta-feira, 3, após o anúncio de que os Estados Unidos vão impor tarifas sobre importações da União Europeia (UE), que amplia as tensões em relação ao comércio mundial, e também pressionadas por temores de desaceleração.

Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 cedeu 0,635, a 7.077,64 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, avançou 0,30%, a 5.438,77 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,06%, para 21.311,51 pontos, mas, na Bolsa de Madri, o Ibex 35 recuou 0,11%, a 8.902,20 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 apresentou queda de 0,34%, a 4.865,83 pontos.

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Devido a um feriado local, o DAX, na Bolsa de Frankfurt, não operou.

A queda no índice de atividade do setor de serviços dos EUA medido Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), divulgada já no fim do pregão europeu, levou o indicador ao menor nível em três anos e "sugere que a fraqueza no país não está mais apenas isolada no setor industrial", destacam analistas do Wells Fargo.

Os temores de desaceleração global, que já impactavam o mercado, se acentuaram, ainda após o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria e serviços da zona do euro cair ao menor nível desde junho de 2013.

Investidores também repercutem a decisão dos EUA de impor tarifas a US$ 7,5 bilhões em importações da UE, anunciada na quarta-feira, 2, após uma decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) garantir a autorização de retaliação a Washington por subsídios dados pelo bloco europeu à Airbus.

O caso é parte de uma disputa entre a fabricante de aeronaves francesa e a Boeing, que será julgado em separado pela OMC no início do próximo ano. A UE alertou que, caso as tarifas entrem em vigor em 18 de outubro como previsto, vai retaliar a medida.

"Estamos falando de um aumento de 10% no preço de alguns produtos e 25% em outros, portanto cerca de US$ 1 bilhão no total, em uma economia conjunta EUA-UE de mais de US$ 40 trilhões", calcula o estrategista sênior do Rabobank Michael Every. "Na pior das hipóteses, será o dobro quando a UE responder as tarifas", acrescenta.

A pressão sobre os mercados foi aliviada em parte pelas bolsas em Nova York que, após sofrerem perdas na esteira de indicadores decepcionantes, recuperaram o fôlego na expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tome medidas adicionais de estímulo, como um corte de juros já em outubro.

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira. Os índices acionários chegaram a subir no início do dia, mas o humor piorou após um dado negativo do setor industrial dos Estados Unidos, que reacendeu os temores sobre o fôlego na economia do país e do mundo em geral.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,28%, em 26.573,04 pontos, o Nasdaq recuou 1,13%, a 7.908,68 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 1,23%, a 2.940,25 pontos.

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As praças chegaram a abrir em alta no início do pregão, lideradas pelo setor de tecnologia e diante da avaliação de que não havia notícias negativas envolvendo as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Além disso, o quadro melhorou ainda pela manhã, após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA subir de 50,3 em agosto a 51,1 na leitura final de setembro, segundo a IHS Markit.

Mais para o fim de manhã, porém, o índice de atividade industrial dos EUA do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 49,1 em agosto a 47,8 em setembro, na mínima desde junho de 2009 e bem pior que a projeção de 50,1 dos analistas. Nessa pesquisa, leituras abaixo de 50 apontam para contração da atividade. Depois do indicador, as bolsas de Nova York perderam força e se firmaram em território negativo. O BMO Capital Markets destaca que os detalhes no dado também foram fracos, com uma queda no subíndice de emprego e também no de novas encomendas de exportação. Para o Barclays, o quadro sugere que a produção industrial nos EUA deve seguir fraca nos próximos meses.

Além disso, temores sobre o quadro global voltaram a influenciar. A Organização Mundial de Comércio (OMC) cortou sua projeção de expansão no comércio mundial em 2019 de 2,6% para 1,2%, reduzindo a de 2020 de 3% em abril para 2,7% agora. Em relatório, a Capital Economics adverte que o setor industrial global "não está fora de risco", notando que um avanço recente no setor globalmente se deve a um salto na leitura da China, mas que isso não deve se sustentar.

Ações ligadas à indústria estiveram entre as maiores baixas em Nova York, com Boeing em queda de 1,45%. O setor de energia também se saiu mal, com Chevron em queda de 2,18% e ExxonMobil, de 2,35%. Bancos tampouco tiveram bom desempenho, com Goldman Sachs (-2,19%), JPMorgan (-1,82%) e Citigroup (-1,35%) entre as pressionadas.

No setor de tecnologia, o sinal foi igualmente negativo, mas o papel da Apple foi na contramão da maioria e subiu 0,28%, com analistas ainda mostrando otimismo sobre sua trajetória. Já Microsoft perdeu 1,41% e Intel, 1,49%.

As bolsas de Nova York fecharam em território negativo nesta quinta-feira. Em dia com volumes mais baixos do que a média em negociação, o pregão foi marcado pelo recuo em papéis do setor de energia, que lideraram perdas. Além disso, notícias sobre a política dos Estados Unidos e as negociações entre americanos e chineses no comércio estiveram no radar.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,30%, em 26.891,12 pontos, o Nasdaq recuou 0,58%, a 8.030,66 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 0,24%, a 2.977,62 pontos.

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As bolsas abriram em território negativo, contrariando a expectativa dada pelos índices futuros, que subiam com a percepção de que estaria mais próximo um acordo entre Estados Unidos e China. Pela manhã, porém, a queda foi liderada pelo setor de serviços de comunicação. Além disso, havia fatores de incerteza, como o processo de impeachment contra o presidente americano, Estados Unidos. Trump comentou que, se congressistas realmente aprovarem seu impeachment, os mercados "desabariam". No setor de serviços de comunicação, Facebook caiu 1,47%, Alphabet recuou 0,29% e Netflix, 0,54%.

Além disso, o setor de energia piorou ao longo do dia, embora o petróleo tenha melhorado mais para o fim da sessão da commodity. Entre a ações, Chevron caiu 2,71%, ExxonMobil cedeu 0,53% e ConocoPhillips teve baixa de 3,03%.

Entre outros papéis em foco, Carnival recuou 8,6%, após reduzir sua perspectiva para este ano. Peloton, por sua vez, teve baixa de 11% em seu primeiro dia de negociação, após o papel ser precificado acima da faixa esperada. Os bancos tampouco se saíram bem, com Goldman Sachs em baixa de 0,86% e JPMorgan, de 0,82%, em dia de recuo nos retornos dos Treasuries.

Mais para o fim do pregão, as bolsas chegaram a ensaiar uma recuperação, em meio a informações de que existem sinais positivos no diálogo entre EUA e China, a partir de declarações do ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, que mostrou otimismo sobre o tema. O fôlego, porém, foi curto e os índices logo voltaram a se firmar no território negativo. / Com informações da Dow Jones Newswires

Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta terça-feira majoritariamente em queda. Os índices subiam mais cedo, apoiados por perspectivas positivas sobre a disputa comercial entre Estados Unidos e China, mas perderam força após o presidente americano, Donald Trump, fazer críticas à potência asiática na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o que piorou o humor.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia em queda de 0,52%, aos 385,90 pontos.

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Trump reiterou que não pretende aceitar um acordo comercial com a China que seja negativo para os americanos, além de acusar novamente o país de manipulação cambial. A postura do líder dos EUA piorou o humor nas bolsas dos dois lados do Atlântico. Mais cedo, chegou a haver mais otimismo, após o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, confirmar que a próxima rodada de negociações comerciais com a China ocorrerá em duas semanas e dizer que houve progresso nas reuniões entre representantes na semana passada.

Além disso, foi monitorada a decisão da Suprema Corte do Reino Unido de considerar a suspensão do Parlamento local pelo premiê Boris Johnson como ilegal. A libra se fortaleceu com a notícia, o que tende a pressionar ações de exportadoras britânicas. O índice FTSE-100 fechou em queda de 0,47% em Londres, a 7.291,43 pontos. Johnson está em Nova York, onde participa do evento da ONU, e tem dificuldades para chegar a um acordo com a União Europeia sobre a saída de seu país do bloco (Brexit). Para a consultoria Capital Economics, se houver novo adiamento da data do Brexit, certamente teremos nova eleição no Reino Unido.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em baixa de 0,29%, em 12.307,15 pontos, na mínima do dia. Entre os bancos alemães, Deutsche Bank caiu 2,00% e Commerzbank, 0,94%. Na agenda de indicadores, o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha subiu de 94,3 em agosto para 94,6 em setembro, ante previsão de 94,4 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 registrou queda de 0,04%, a 5.628,33 pontos. A petroleira Total caiu 1,89% e, entre os bancos, Crédit Agricole cedeu 1,44% e Société Générale, 1,65%. Por outro lado, Engie subiu 1,60% e Air France-KLM, 0,26%.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, teve alta de 0,01%, a 21.901,01 pontos. Os bancos italianos também se saíram mal, com Intesa Sanpaolo (-0,49%), BPM (-1,49%) e UniCredit (-0,82%). A montadora Fiat Chrysler perdeu 2,03%, mas a Enel registrou ganho de 1,45%.

Em Madri, o índice IBEX-35 avançou 0,27%, a 9.118,20 pontos. O ING, porém, advertiu em relatório que a economia da Espanha perde fôlego, em meio a um quadro de paralisia política. O país terá nova eleição em 10 de novembro e o banco acredita que o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) deve liderar o próximo governo. Em Lisboa, o PSI-20 recuou 0,35%, a 4.955,87 pontos, encerrando a jornada na mínima do dia.

As bolsas de Nova York fecharam nesta segunda-feira sem sinal único, mas bem próximas da estabilidade. Declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), notícias envolvendo empresas importantes e alguns indicadores estiveram no radar dos investidores.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,06%, em 26.949,99 pontos, o Nasdaq recuou 0,06%, a 8.112,46 pontos, e o S&P 500 teve queda de 0,01%, a 2.991,78 pontos.

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As praças americanas tiveram abertura negativa, com a ação da Boeing em foco. A notícia de que a empresa americana pode enfrentar uma investigação antitruste na Europa de até cinco meses por sua oferta pelo controle da divisão comercial da Embraer pressionou o papel da empresa. A ação da Boeing fechou em baixa de 0,62%.

Dados modestos da Europa também contribuíram para o pouco impulso. O quadro melhorou um pouco mais para o fim da manhã, quando o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA subiu de 50,7 em agosto para 51,0 na preliminar de setembro, segundo a IHS Markit. Além disso, houve relatos de comércio de soja entre EUA e China, um sinal que pode ser positivo para as relações comerciais.

O impulso trazido pelas notícias, porém, foi modesto e os índices oscilaram sem impulso. Em meio a algumas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) houve algumas máximas, mas também com pouca força. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, recomendou a adoção de um instrumento permanente de recompra para o Fed. Além disso, Bullard disse que pode haver mais desaceleração na economia americana, por isso ele defende mais relaxamento monetário.

Entre outras ações em foco, a Apple subiu 0,45%, após a notícia de que o novo MacPro será produzido no Texas, uma reviravolta após a companhia ter dito anteriormente que tinha a intenção de transferir essa produção para a China.

Em outros setores, o financeiro avançou, mas não houve sinal único entre os grandes bancos: Goldman Sachs caiu 0,13% e JPMorgan recuou 0,02%, enquanto Citigroup subiu 0,29% e Wells Fargo teve ganho de 0,68%. Já papéis de serviços de comunicação caíram, com Facebook em queda de 1,64%.

Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta quarta-feira majoritariamente em alta, ainda que contida, com os investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Esses agentes acompanharam mais uma operação de recompra de títulos pela distrital de Nova York do Fed, similar à de terça-feira, enquanto digerem as informações sobre o aperto da liquidez no mercado overnight americano.

Entre as notícias vindas do próprio Velho Continente, o Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira uma resolução, sem efeito prático, reafirmando que continua apoiando um Brexit ordenado que seja baseado no acordo de retirada já negociado.

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O Legislativo da União Europeia (UE) pontuou no documento que está aberto a uma possível extensão da data-limite para a separação se ela for solicitada pelo Reino Unido e tiver "um propósito específico, como evitar um desembarque sem acordo, realizar eleições gerais ou um referendo, revogar o Artigo 50 (que acionou o Brexit) ou aprovar o acordo de retirada".

Além disso, a Eurostat informou logo cedo que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 1% na comparação anual de agosto, permanecendo no nível de julho e em linha com a projeção de analistas consultados pelo The Wall Street Journal. A leitura final mantém a inflação na zona do euro bem distante da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%.

Nesse contexto, a bolsa de Londres fechou em queda de 0,09%, aos 7.314,05 pontos, enquanto Frankfurt subiu 0,14%, aos 12.389,62 pontos, e Paris avançou 0,09%, aos 5.620,65 pontos.

Destoando das variações contidas das outras praças, Milão teve alta de 0,67%, para os 21.947,70 pontos, e Lisboa desceu 1,28%, aos 4.991,75 pontos. Madri ganhou 0,31%, aos 9.031,70 pontos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,10%, aos 389,70 pontos.

As bolsas de Nova York fecharam com ganhos nesta quinta-feira, com investidores atentos aos estímulos econômicos do Banco Central Europeu (BCE) e também às notícias sobre a negociação comercial entre Estados Unidos e China. Os índices acionários chegaram perto de máximas de fechamento recorde, mas houve correção de altas recentes em duas ações importantes, da Apple e da Boeing.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,17%, em 27,182,45 pontos, em seu sétimo avanço consecutivo. O Nasdaq registrou ganho de 0,30%, a 8.194,47 pontos, e o S&P 500 subiu 0,29%, a 3.009,57 pontos.

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O BCE confirmou a expectativa e lançou mais estímulos monetários, com corte de juro e a retomada das compras líquidas de ativos ao ritmo de 20 bilhões de euros a partir de 1º de novembro. O presidente da instituição, Mario Draghi, afirmou durante entrevista coletiva que agora caberá aos governos atuar na parte fiscal para apoiar o crescimento, o que foi lido por alguns analistas como sinal de que o BCE pode não ter mais muito fôlego para estímulos adicionais. Nas bolsas, porém, as medidas do banco central apoiaram os índices, também com expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) atuará na mesma linha, com corte de juros na próxima semana.

Na arena comercial, os índices futuros já eram beneficiados por indícios de menor tensão entre EUA e China, após na noite de quarta o presidente americano, Donald Trump, anunciar o adiamento de uma elevação de tarifas sobre produtos chineses. Na imprensa americana, houve relatos conflitantes sobre a possibilidade de um acordo e seu formato, mas algumas das notícias sobre o tema apoiaram as bolsas.

Entre algumas ações em foco, Apple caiu 0,22%, corrigindo um pouco das altas dos dois últimos pregões, após evento com lançamento de produtos e novidades que agradaram aos investidores nesta semana. Já a Boeing recuou 1,91%, depois de ter subido mais de 3% na quarta com a declaração otimista do comando da empresa sobre o ritmo do processo para a volta à operação dos modelos 737 MAX, que estão em solo desde que aviões dessa linha se envolveram em dois acidentes fatais.

No caso de alguns setores, o de energia recuou, em jornada negativa para o petróleo: Chesapeake Energy caiu 2,19% e ConocoPhillips, 1,49%, mas Chevron avançou 0,12% e ExxonMobil subiu 0,07%. Entre os bancos, Goldman Sachs subiu 0,89% e JPMorgan, 0,61%, em dia de avanço dos juros dos Treasuries.

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, alternando-se entre ganhos e perdas durante o pregão. Os recuos dos setores tecnológico e de saúde pressionaram os índices, mas o de energia foi um contraponto positivo, que apoiou o índice Dow Jones, com investidores à espera de mais relaxamento monetário pelos bancos centrais e de notícias mais importantes ao longo da semana, enquanto monitoravam declarações otimistas do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,14%, em 26.835,51 pontos, o Nasdaq recuou 0,19%, a 8.087,44 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 0,01%, a 2.978,43 pontos.

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Houve uma sessão mais calma, com certa pausa nos índices após duas semanas consecutivas de ganhos para as ações. Analistas comentaram que havia poucos catalisadores para os mercados acionários neste dia. Diretor de operações com ações da KBW, R.J. Grant destacou que a influência dos bancos centrais continuou a ocorrer, em uma sessão que, segundo ele, teve volumes modestos em geral.

Na sexta-feira, o relatório de empregos mais fraco que o esperado consolidou expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve cortar os juros em 25 pontos-base na próxima semana. Nesta semana, há expectativa por relaxamento monetário do Banco Central Europeu (BCE). Ao falar sobre o Fed, David Cheetham, analista-chefe de mercado da corretora online de câmbio XTB, afirma que houve movimentos fortes na expectativa por medidas de estímulo. "Agora, o mercado está no modo esperar para ver."

Mnuchin traçou cenário otimista sobre a economia americana, dizendo que não vê risco de recessão nos EUA. Ele afirmou que, caso os americanos consigam um acordo positivo com a China, irão firmá-lo, além de elogiar a manutenção do diálogo bilateral.

Entre as ações, o setor financeiro teve jornada positiva, em dia de avanço dos juros dos Treasuries. Citigroup subiu 4,27%, Goldman Sachs avançou 2,30% e JPMorgan, 2,48%. Outro destaque foi AT&T, em alta de 1,49% após o fundo Elliott Management revelar que agora possui uma fatia de US$ 3,2 bilhões na companhia e sugerir mudanças em seu negócio.

Papéis de petroleiras também subiram, em dia de força do petróleo, como Chevron (+0,96%) e ConocoPhillips (+2,50%). Por outro lado, papéis ligados à tecnologia tiveram desempenho misto, com Microsoft em baixa de 1,14%, mas Apple com ganho de 0,43%. O setor de cuidados com a saúde se saiu mal, em queda de 1,1%. / Com informações da Dow Jones Newswires

As bolsas de Nova York fecharam na maioria em território positivo nesta sexta-feira, com investidores avaliando os números do relatório mensal de empregos (payroll) dos Estados Unidos. Além disso, declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, estiveram no radar, mas a perda de fôlego de ações do setor de tecnologia no fim do pregão pesou sobre o Nasdaq.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,26%, em 26.797,46 pontos, o Nasdaq recuou 0,17%, a 8.103,07 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 0,09%, a 2.978,71 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones subiu 1,49%, o Nasdaq registrou avanço de 1,95% e o S&P 500, de 1,79%.

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A economia americana criou 130 mil vagas em agosto, abaixo da mediana da previsão dos analistas consultados pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, de 150 mil postos. A taxa de desemprego seguiu em 3,7%, como esperado, mas o salário médio por hora avançou 3,2% na comparação anual, acima da previsão de alta de 3,0%. O Morgan Stanley viu os números como sintomáticos da tendência de desaceleração no ritmo de contratações, mas destacou o aumento na taxa de participação da força de trabalho, que foi de 63% em julho a 63,2% em agosto.

Após o dado, as bolsas de Nova York abriram próximas da estabilidade. No início da tarde, os índices acionários se firmaram em alta modesta, que foi mantida até perto do fim do pregão, quando o índice Nasdaq passou ao território negativo.

Além disso, a fala de Powell em evento em Zurique esteve no radar. O presidente do BC americano disse que a economia americana está "em bom lugar", com emprego forte e inflação voltando à meta, mas também citou riscos à perspectiva, entre eles a tensão comercial entre americanos e chineses. Powell reafirmou o compromisso do Fed em usar seus instrumentos para apoiar a economia dos EUA, o que tende a ajudar também os mercados acionários.

Entre os setores, a maioria teve sinal positivo, com papéis de energia entre os destaques, como os das petroleiras Chevron (+0,53%) e ExxonMobil (+0,94%). Ações de tecnologia e de serviços de comunicação, porém, foram na contramão da maioria e recuaram, entre elas Apple (-0,01%), Amazon (-0,39%), Facebook (-1,79%) e Alphabet (-0,48%).

As bolsas de Nova York abriram em alta, apoiadas pela percepção de melhora nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, depois perderam força e passaram boa parte da tarde desta sexta-feira com sinal negativo. Nos minutos finais do pregão, porém, o apetite por risco melhorou e a maioria dos índices terminou em território positivo, com ganhos também na semana.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,16%, em 26.403,28 pontos, com ganho de 3,02% na semana; o Nasdaq recuou 0,13%, a 7.962,88 pontos, com alta semanal de 2,31%; e o S&P 500 fechou com ganho de 0,06%, em 2.926,46 pontos, e avanço de 2,79% na comparação semanal.

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Após uma abertura positiva, o sinal se inverteu nos índices, com o setor de energia mais pressionado pela queda do petróleo. Ao longo do dia, contudo, algumas petroleiras melhoraram e o setor terminou em leve alta. A ação da Chevron subiu 0,17% e a da ExxonMobil avançou 0,07%, mas Chesapeake Energy caiu 6,49% e ConocoPhillips recuou 0,21%.

No setor de tecnologia tampouco houve sinal único, com Apple em baixa de 0,13%, reduzindo perdas mais para o fim do dia, Microsoft em baixa de 0,19%, mas Intel em alta de 1,15%.

A menor tensão comercial entre Estados Unidos e China ajudou os índices acionários nesta semana. O dia foi de mais volatilidade, de pouco impulso, com investidores preparando-se também para o feriado prolongado nos EUA, com mercados fechados na segunda-feira.

A ação da General Motors subiu 0,49%, após o presidente americano, Donald Trump, sugerir no Twitter que a empresa deveria retornar aos EUA, após ter transferido várias fábricas para a China. Ainda entre as montadoras, Ford Motor subiu 0,55% e Fiat Chrysler, 0,61%.

Os bancos também tiveram jornada positiva, com Goldman Sachs (+0,23%), JPMorgan (+0,59%) e Citigroup (+0,70%). Já no setor industrial, Boeing teve alta de 0,37%, ajudando o S&P 500.

As bolsas de Nova York encerraram a quarta-feira em alta, impulsionadas pelo setor de energia, em dia de fortalecimento dos contratos futuros de petróleo, e deixando em segundo plano as incertezas que pairam sobre os mercados internacionais.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,00%, aos 26.036,10 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,65%, para 2.887,94 pontos, e o Nasdaq, 0,38%, para 7.856,88 pontos.

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Os índices acionários nova-iorquinos receberam impulso do setor de energia ao longo desta quarta-feira, marcada por avanços nas cotações de petróleo em meio à redução dos estoques da commodity em solo americano. O subíndice de energia do S&P 500 subiu 1,40%, com altas de 5,76% nos papéis da Chesapeake Energy e de 0,86% nos da Chevron.

O fortalecimento nas ações de energia inverteram a tendência de baixa nos mercados acionários de NY, verificada minutos após a abertura, refletindo as incertezas dos investidores.

Estão no radar o risco de uma recessão global, apontado pela inversão da curva de juros entre Treasuries de 2 e 10 anos; e as tensões no Reino Unido, já que o primeiro-ministro Boris Johnson conseguiu autorização para suspender as atividades do Parlamento, aumentando as chances de um Brexit sem acordo - para o Wells Fargo, a possibilidade de tal cenário subiu a 40%.

Colabora para o clima de incertezas a falta de novidade em relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China, apesar de o presidente americano, Donald Trump, ter dito que as negociações com o país asiático estarem "indo bem", sem, contudo, dar detalhes.

O setor financeiro também ajudou apoiar a alta das bolsas de NY ao longo do dia. Apesar da queda nos juros dos Treasuries, o que tende a pressionar ações de bancos, as instituições financeiras americanas encontraram espaço para avançar. O Morgan Stanley se fortaleceu em 1,48% e o Bank of America, em 1,44%.

No setor de tecnologia, não houve direção única: a Apple subiu 0,67% enquanto a Microsoft caiu 0,13%.

As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta terça-feira em queda, com a aversão a risco renovada em meio a investidores considerando a possibilidade de uma recessão. A interpretação se dá diante do aprofundamento da inversão da curva de juros dos Treasuries de 2 e 10 anos.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,47%, aos 25.777,90 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,32%, para 2.869,19 pontos, e o Nasdaq, 0,34%, aos 7.826,95 pontos.

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Os mercados internacionais reagiram de maneira pessimista ao aprofundamento da inversão da curva de juros entre os títulos públicos americanos de 2 e 10 anos, fator considerado como um indicador de eventual recessão mais adiante nos EUA. Com isso, investidores fugiram de ativos de risco, como as ações.

Os principais índices acionários americanos até iniciaram o pregão em alta, diante da percepção de que as relações sino-americanas caminham no sentido de um acordo, mas isso foi revertido ao longo do pregão. As bolsas nova-iorquinas chegaram a ensaiar um retorno ao campo positivo ao fim do dia, sem força suficiente, contudo, para fechar com ganhos.

Ao mesmo tempo, o Conference Board divulgou índice de confiança do consumidor americano acima do esperado. "Os consumidores permanecem otimistas, com perspectivas confiantes, alimentadas por um dos mercados de trabalho mais fortes da história", diz Chris Rupkey, diretor-geral do MUFG.

O fato reforça as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode não se dispor a seguir com cortes na taxa básica de juros dos Estados Unidos, o que é desejado por investidores do mercado acionário.

Com a aversão ao risco renovada nesta terça-feira, investidores migraram para ativos seguros, como os Treasuries, pressionando os retornos. Diante disso, os bancos lideraram as perdas, com o subíndice financeiro do S&P 500 recuando 0,70%. O Citigroup cedeu 1,69%, enquanto o Bank of America caiu 1,16% e o JPMorgan, 1,06%.

Entre empresas do setor de tecnologia, não houve movimento uniforme: a Apple recuou 1,13%, enquanto a Microsoft avançou 0,21% e a Intel, 0,50%.

As bolsas de Nova York fecharam em território positivo nesta segunda-feira. O apetite dos investidores foi apoiado pela declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que devem ser retomadas as negociações bilaterais com a China "em breve" e "de forma muito séria", após contatos recentes por telefone.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,05%, em 25.898,83 pontos, o Nasdaq avançou 1,32%, a 7.853,74 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 1,10%, a 2.878,38 pontos.

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Após a troca de anúncios de tarifas no fim da semana passada, o ambiente bilateral entre EUA e China voltou a melhorar após o presidente americano mostrar um tom conciliatório. A China quer "muito" um acordo, disse Trump em Biarritz, onde esteve para a cúpula do G7. Ele ainda voltou a elogiar o presidente chinês, Xi Jinping, dias após ter sugerido que ele seria um "inimigo" dos americanos. Embora sem confirmação do lado chinês de avanços pelo diálogo bilateral, as sinalizações de Trump apoiaram o mercado acionário.

"Temos dito a clientes há algum tempo que eles devem esperar que as disputas comerciais sejam parte do ambiente de investimentos durante algum tempo", afirmou Kathy Fisher, diretora de estratégia de investimentos de riquezas do banco de investimentos AB. "Tuítes e declarações podem às vezes sugerir que algo grande esteja prestes a acontecer, mas não esperamos qualquer solução duradoura no curto prazo."

O Berenberg, por sua vez, afirmou que não espera uma solução parcial antes do verão de 2020 no hemisfério norte. Em nota, porém, o banco alemão pondera que, se os dois lados mostrarem disposição para dialogar, pode haver uma surpresa positiva, como uma solução parcial ou ao menos a resolução de algumas divergências tarifárias.

Vários dos setores avançaram mais de 1% em Nova York, entre eles o financeiro, o de tecnologia e o de serviços de comunicação. Entre algumas ações em foco, Lyft subiu 4,3%, após analistas da Guggenheim recomendarem a compra do papel. Bristol-Myers Squibb avançou 3,3%, depois que a gigante farmacêutica americana avançou mais um passo para obter a aprovação regulatória de sua proposta de aquisição da Celgene. A ação da própria Celgene subiu 3,2%.

Entre papéis de mais peso para os índices, Apple subiu 1,90%, Boeing ganhou 0,84% e Alphabet (Google), 1,53%. No setor de energia, Chevron subiu 0,49% e ExxonMobil, 0,53%, enquanto no setor bancário Goldman Sachs fechou em alta de 1,76%, Citigroup de 1,24% e JPMorgan, de 0,80%. / Com informações da Dow Jones Newswires

As bolsas de Nova York registraram quedas acentuadas nesta sexta-feira, com o apetite por risco prejudicado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Os sinais negativos para o comércio global se sobrepuseram, assim, a afirmações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, de que a instituição continuará a agir para apoiar o crescimento econômico no país.

O índice Dow Jones fechou em queda de 2,37%, a 25.628,90 pontos, o Nasdaq caiu 3,00%, a 7.751,77 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 2,59%, a 2.847,11 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones recuou 0,99%, o Nasdaq cedeu 1,40% e o S&P 500, 1,44%.

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Os índices futuros das bolsas de Nova York subiam mais cedo, porém inverteram o sinal após a China anunciar que irá impor tarifas retaliatórias contra US$ 75 bilhões em produtos americanos. As tarifas entre 5% e 10% devem ser adotadas em duas fases, uma em 1º de setembro e outra em 15 de dezembro.

Durante o discurso de Powell, os índices acionários chegaram a reduzir perdas, após o presidente do Fed deixar as portas abertas para mais relaxamento monetário mais adiante nos EUA. Após o discurso dele em Jackson Hole, as bolsas oscilaram entre os terrenos positivo e negativo.

Mas as quedas voltaram a predominar após o presidente americano, Donald Trump, afirmar no Twitter que pretende anunciar medidas contra a China em retaliação. Além disso, as curvas de juros entre os Treasuries de 2 e 10 anos chegaram a inverter, um sinal que pode prenunciar recessão à frente nos EUA. Em meio ao movimento do mercado de Treasuries, os índices acionários aprofundaram perdas.

Em comentário enviado a clientes, o MUFG destaca que investidores de ações preferiram reduzir sua exposição, em meio à "guerra econômica" entre EUA e China e à retórica de Trump sobre tarifas. "Os investidores já tiveram o suficiente e querem aplicar sua própria versão de gerenciamento de risco e estão vendendo tudo em seus portfólios", afirma o banco.

Entre os setores, energia, em dia ruim para o petróleo, e tecnologia foram os mais penalizados. Entre as petroleiras, Chevron caiu 2,17% e ExxonMobil, 2,99%, com ConocoPhillips em baixa de 3,52%. No setor de tecnologia, Apple caiu 4,62% e Intel, 3,89%.

Em dia de recuo nos juros dos Treasuries, os bancos também ficaram sob pressão: Goldman Sachs caiu 3,07%, JPMorgan perdeu 2,48% e Citigroup, 3,07%.

As principais bolsas de Nova York fecharam a sessão desta quarta no positivo, com altas expressivas registradas, principalmente, no setor de consumo discricionário. O pregão operou no azul desde a abertura, à espera da ata da reunião de política monetária de julho do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e sustentou os ganhos após a publicação do documento.

O índice Dow Jones avançou 0,93% para 26.202,73 pontos, rompendo novamente a barreira psicológica dos 26 mil pontos que havia perdido no pregão de terça. Já o S&P 500 subiu 0,82% para 2.924,43 pontos, enquanto o Nasdaq ganhou 0,90%, aos 8.020,21 pontos.

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Os onze subíndices do S&P 500 fecharam em alta, com ganhos encabeçados pelo consumo discricionário após Target (+20,43%) e Lowe's (+10,35%) surpreenderem nos balanços trimestrais. O mesmo setor registrou altas como Amazon (+1,23%), Nike (+2,74%) e Whirlpool (+2,18%).

Na tarde desta quarta, o presidente americano Donald Trump comentou brevemente que "provavelmente" fará um acordo comercial com a China, caso seja "bom para os EUA", mas não suscitou fortes reações do mercado.

A ata do Fed veio em linha com o comunicado e a coletiva de imprensa do presidente da entidade, Jerome Powell, em julho. Em geral, os dirigentes avaliaram que os riscos negativos à perspectiva econômica dos EUA diminuíram um pouco desde julho, e concordaram que o corte de 25 pontos-base no mês passado foi amplamente visto pelos integrantes como um "ajuste de meio de ciclo".

Houve, porém, fatos posteriores à reunião do Fed que podem ter alterado a avaliação, como a mais recente tarifa dos EUA contra produtos da China e alguns indicadores modestos pelo mundo. Com isso, os olhares dos investidores devem se voltar agora para o simpósio anual do Fed em Jackson Hole, onde Powell discursará na sexta-feira, em busca de sinais sobre os próximos passos do banco central.

O estrategista sênior para EUA do Rabobank, Philip Marey, avalia que a postura de "gerenciamento de risco" adotada pelo Fed amplifica os efeitos da política comercial sobre a política monetária. "Trump só precisa elevar tarifas ou adotar outra medida protecionista para forçar o Fed a cortar juros novamente", afirma.

Para Marey, a caracterização do corte mais recente dos juros como um ajuste é um "delírio" de Powell, ressaltando que houve escalada nas tensões entre EUA e China desde a reunião e que o mercado já precifica dois a três cortes adicionais ainda este ano. Além disso, "o Fed continua a minimizar as implicações da inversão da curva de juros, embora já tenhamos demonstrado que o argumento deles é falho e que os sinais de recessão devem ser levados a sério", escreve o analista.

Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta quarta-feira em alta, com investidores aguardando de maneira otimista a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O clima de apetite por risco venceu as incertezas do continente, representadas pela crise política na Itália e pelas especulações no tocante à saída do Reino Unido da União Europeia. Diante disso, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,21%, aos 375,10 pontos.

A expectativa por sinalizações "dovish" na ata do Fed, que será divulgada às 15h (de Brasília), deu tom positivo para as bolsas europeias, apesar das poucas respostas para as crises pelas quais passam alguns países do continente.

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Na terça, o até então primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, apresentou sua renúncia ao presidente do país, Serio Mattarella. Nem as tensões envolvendo o poder central italiano foram capazes de pressionar os papéis da bolsa de Milão, onde o índice FTSE MIB encerrou o dia em alta de 1,77%, aos 20.847,07 pontos. A saída de Conte não causa tanta cautela na Itália porque, de acordo com o BBVA, há, agora, "esperanças por um governo mais estável".

O desempenho do FTSE MIB foi o melhor entre os principais mercados acionários europeus, sem recuos de nenhuma empresa. A Fiat ganhou 3,33%, em meio a especulação de que a companhia poderá retomar negociações sobre uma fusão com a Renault.

Com isso, os papéis da montadora francesa saltaram 3,73%, na bolsa de Paris. Por lá, o índice CAC 40 subiu 1,70%, aos 5.435,48 pontos.

Outra montadora importante, a Daimler, também registrou ganhos nesta quarta-feira, de 1,50%. A companhia é negociada na bolsa de Frankfurt, onde o índice DAX 30 fechou em alta de 1,30%, aos 11.802,85 pontos.

Apesar dos encontros previstos entre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e outros líderes europeus para negociar a saída do Reino Unido da União Europeia, seguem os temores envolvendo a possibilidade de um Brexit sem acordo. Contudo, pelo menos nesta quarta, eles não deixaram a bolsa de Londres no vermelho. Por lá, o índice FTSE 100 encerrou o dia em alta de 1,11%, aos 7.203,97 pontos.

O índice Ibex 35, da bolsa de Madri, subiu 0,97%, aos 8.701,50 pontos, enquanto o PSI 20, da bolsa de Lisboa, ganhou 0,67%, aos 4.853,19 pontos.

As principais bolsas de Nova York fecharam no vermelho, revertendo parcialmente as altas registradas nas duas últimas sessões. Em meio à falta de perspectiva clara para o cenário comercial, investidores operam com maior cautela enquanto aguardam pelo simpósio de Jackson Hole, que ocorre entre quinta-feira e sábado.

O índice Dow Jones registrou sua primeira queda após quatro sessões, caindo 0,66% para 25.962,44 pontos. Por sua vez, o S&P 500 recuou 0,79% para 2.900,51 pontos e o Nasdaq teve baixa de 0,68%, para 7.948,56 pontos. Dow Jones e Nasdaq voltaram a se firmar abaixo das barreiras psicológicas de 26 mil e 8 mil pontos, respectivamente, enquanto o S&P 500 opera abaixo dos 3 mil pontos desde o final de julho.

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Todos os subíndices do S&P 500 fecharam no negativo. O maior baque foi sentido pelos serviços financeiros, com baixas do Citi (-1,38%), JPMorgan (-1,27%) e Bank of America (-2,02%) em meio à queda dos rendimentos dos Treasuries. O clima de cautela também pesou sobre os bens de primeira necessidade, pressionando Walmart (-1,55%), Procter & Gamble (-1,11%) e Coca-Cola (-1,48%).

O noticiário econômico desta terça-feira não contou com grandes eventos ou indicadores econômicos. Na tarde de hoje, o presidente americano, Donald Trump, voltou a dizer que "não está pronto" para fazer um acordo com a China. A falta de sinais claros ou datas marcadas para novas negociações intensifica as incertezas globais e o clima de cautela no pregão.

"A sessão de hoje patinou enquanto os mercados parecem estar em suspenso enquanto aguardam a fala de Jerome Powell em Jackson Hole", sugerem analistas do NatWest. Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), deve discursar na sexta-feira no simpósio anual de política econômica realizado em Jackson Hole, Wyoming.

Apesar das expectativas, o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, acredita que Powell tem "pouco a dizer" no simpósio. Em entrevista ao Broadcast, Silveira afirmou que a fala de Powell em julho, quando chamou o corte da taxa de juros de "ajuste de meio de ciclo", já sinalizou o que era necessário aos mercados.

As atenções se voltaram também para eventos na Europa, onde a crise política na Itália ganhou outro episódio com a notícia da renúncia do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte. O analista sênior do Eurasia Federico Santi prevê que os cenários mais prováveis são uma nova coalizão governamental ou eleições antecipadas, e argumenta que "qualquer acordo para evitar novas eleições seria positivo para o mercado no curto prazo".

As principais bolsas de Nova York encerraram no positivo, com ganhos sólidos em setores como energia e tecnologia após o governo dos Estados Unidos renovar por 90 dias a permissão de exportações para a chinesa Huawei. A possibilidade de uma conversa entre EUA e China nos próximos dias também aqueceu os pregões, bem como a sinalização de estímulos dos governos chinês e alemão.

O índice Dow Jones subiu 0,96% para 26.135,79 pontos e o Nasdaq avançou 1,35% para 8.002,81 pontos, ambos ultrapassando as importantes marcas psicológicas de 26 mil e 8 mil pontos. Já o S&P 500 ganhou 1,21%, aos 2.923,65 pontos, com todos os subíndices fechando a segunda-feira no azul.

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Os ganhos foram liderados pelo setor energético, onde ações como Chevron (+1,30%), ExxonMobil (+4,80%) e ConocoPhillips (+4,80%) subiram junto com os preços do petróleo. Outros setores cíclicos, como tecnologia, serviços de comunicação e consumo discricionário registraram altas, como Whirlpool (+2,69%), Apple (+1,86%), Microsoft (+1,67%), Netflix (+2,17%), Amazon (+1,31%) e Alphabet (controladora da Google, +1,80%).

"Um otimismo cauteloso prevaleceu nos mercados financeiros, guiado por notícias positivas no lado comercial e expectativas de estímulo monetário e fiscal, superando as preocupações com uma desaceleração global", avalia o analista Vitor Sun Zou, do BBVA.

Nesta manhã, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, confirmou à Fox Business a extensão da licença de venda à Huawei, afirmando que "ninguém gosta de perder um bom cliente". O anúncio veio na esteira da declaração dada pelo diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, de que negociadores americanos e chineses podem conversar por teleconferência dentro dos próximos dez dias.

Do outro lado do Atlântico, o ministro de Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, sugeriu ontem que Berlim poderá elevar os gastos públicos em 50 bilhões de euros para conter uma possível recessão do país. Mais ao Leste, o Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) divulgou no fim de semana um plano de reforma da taxa de juros, visando à redução do custo de financiamento para empresas impactadas pela desaceleração econômica no cenário da guerra comercial.

O noticiário econômico de hoje contou ainda com o forte recuo dos American Depositary Receipts (ADRs) de companhias Argentinas em Nova York, após a renúncia do ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne. O evento pressionou papéis como da petrolífera YPF (-7,39%) e dos bancos Supervielle (-15,78%) e Macro (-15,26%).

Os principais índices de Nova York encerraram a sessão desta sexta-feira em alta e se aproximaram dos níveis de abertura na segunda-feira, mas o diagnóstico da semana ainda foi de perdas. As bolsas nova-iorquinas operaram no azul durante o dia e ganharam força com notícias de que a Alemanha pode lançar mão de estímulos fiscais em caso de recessão.

O índice Dow Jones avançou 1,20% para 25.886,01 pontos, com queda de 1,52% na comparação semanal, enquanto o Nasdaq ganhou 1,67%, aos 7.895,99 pontos, e perdeu 0,79% na semana. Por sua vez, o S&P 500 subiu 1,44% para 2.888,68 pontos e recuou 1,03% desde a sexta-feira passada, encerrando sua terceira semana de fechamentos abaixo da marca psicológica dos 3 mil pontos.

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Todos os setores do S&P 500 fecharam no positivo. O subíndice industrial encabeçou os ganhos, com destaque para a recuperação parcial da General Electric (+9,74%), que havia despencado mais de 11% na sessão de quinta sob acusações de fraude financeira, além de 3M (+2,97%) e Caterpillar (+1,02%).

Também houve altas expressivas nas tecnológicas, como Apple (+2,36%) e Microsoft (+1,83%), e no segmento financeiro, com Citi (+3,52%), Bank of America (+2,97%) e Wells Fargo (+2,33%).

O pregão operou com volatilidade relativamente baixa e sem muitos drivers específicos. O destaque do noticiário econômico foi a publicação pela revista alemã Der Spiegel de que o governo da Alemanha estaria pronto para elevar gastos públicos em caso de recessão, renovando o fôlego de índices que já subiam ao longo do dia.

Na quinta e sexta-feira, o mercado buscou apagar parte das perdas registradas nos últimos pregões, diante de renovadas incertezas com a desaceleração industrial e econômica mundial. Um marco na semana foram as pontuais inversões da curva de juros dos Treasuries de dois e dez anos, considerado um alerta que precedeu as últimas sete recessões globais.

"Os mercados parecem temer que a desaceleração acentuada em outros países se alastrará para os EUA em breve, embora dados apontem o contrário", avaliam analistas do Wells Fargo. Para os especialistas, há certa base nos receios, principalmente com relação a setores cíclicos como energia e indústria, mas o quadro geral nos EUA ainda é otimista.

"Em resumo, não estamos particularmente preocupados com a inversão da curva e mantemos que os fundamentos da economia permanecem razoavelmente sólidos", escrevem os analistas do banco em relatório.

Quase dois meses depois de ter conquistado a até então inédita marca dos 100 mil pontos, o Índice Bovespa voltou a curvar-se ante a forte aversão ao risco no mercado internacional e perdeu esse suporte nesta quinta-feira. Em um ambiente de intensa volatilidade, o indicador chegou a subir até 0,75% pela manhã, mas perdeu sustentação e mergulhou até 2,05% à tarde. Ao final dos negócios, marcou 99.056,91 pontos, em queda de 1,20%.

Desde 19 de junho, quando o Ibovespa vinha se sustentando acima dos 100 mil pontos, chegando a mais de 105 mil em 10 de julho. Desde esse pico, a turbulência do mercado internacional vem refreando o avanço do índice para além desse patamar, mesmo com o cenário doméstico mais favorável. De lá para cá, a queda do índice é de 6,39%.

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As bolsas de Nova York foram a principal referência para o mercado brasileiro e tiveram desempenho igualmente volátil, em meio às diversas incertezas quanto à guerra comercial entre Estados Unidos e China e risco de desaceleração da economia global. A crise aberta nos mercados argentinos desde o resultado das prévias das eleições também esteve no radar por aqui.

Em evento do Santander em São Paulo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou as adversidades. Ele afirmou não ter nenhum receio de ser engolido pelo mercado internacional e que não teme o "balanceio" da economia argentina, nem a queda de um gigante lá fora. De acordo com o ministro, a guerra comercial não vai afetar o PIB brasileiro e poderia, no máximo, causar alterações cambiais.

Para Guilherme Macedo, sócio da Vokin Investimentos, Guedes "está no papel dele como ministro da Economia", mas os riscos do mercado internacional são preocupantes. "Entendo que o Brasil vem promovendo avanços muito importantes e estou otimista com o país. Mas não somos uma ilha. A história mostra que nas crises internacionais o investidor estrangeiro não faz muita distinção entre os mercados emergentes na hora de reduzir a exposição ao risco", disse.

Na avaliação de Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, a crise na Argentina é uma preocupação a mais para o mercado brasileiro, não tanto pelo impacto econômico potencial de uma crise econômica, mas justamente pelo risco de o investidor estrangeiro promover uma saída em bloco da América do Sul. "É um risco que tira o brilho do Brasil", afirma.

Entre as quedas mais expressivas do dia ficaram os papéis de empresas ligadas a commodities, como Petrobras ON e PN (-2,21% e -2,77%), que acompanharam as perdas do petróleo nos futuros de Londres e Nova York. Vale ON (-2,21%) e siderúrgicas também deram o tom do temor de continuidade da guerra comercial e da desaceleração econômica global.

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