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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu parecer favorável ao registro da Arexvy, vacina da empresa GlaxoSmith Kline contra a bronquiolite. Trata-se do primeiro imunizante que protege pessoas idosas do vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da doença. A previsão é que ele chegue ao mercado brasileiro por volta de junho de 2024 - primeiramente na rede privada.

A aprovação do registro da vacina é classificada como um marco importante por especialistas. O registro do imunizante foi enquadrado como prioridade, pois atua contra uma condição considerada debilitante. A vacina será aplicada de forma intramuscular e em dose única nas pessoas com mais de 60 anos de idade.

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A bronquiolite é uma inflamação aguda dos bronquíolos pulmonares terminais, ou seja, das ramificações mais finas que servem para conduzir o ar para dentro dos pulmões. O VSR é o principal responsável pelos casos de bronquiolite e de pneumonia em crianças pequenas e idosos.

Segundo Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o VSR sempre esteve muito associado aos quadros de bronquiolite na infância, mas observa-se também grande impacto na população idosa. "É mais frequente entre as crianças, mas tende a ter letalidade maior entre idosos", reforça Flávia.

Prevalência

O VSR é o terceiro vírus mais prevalente em infecções respiratórias em idosos, e o responsável por quadros de exacerbações de patologias respiratórias crônicas, com taxas de morbidade e mortalidade que podem ser maiores que as causadas pelo influenza nesta população. "Uma meta-análise recente estimou que 5,2 milhões de casos de VSR ocorreram em países de alta renda entre adultos com idade acima de 60 anos em 2019, levando a 470 mil hospitalizações e 33 mil mortes hospitalares", afirma Melissa Palmieri, consultora de vacinas da Alliança Saúde, grupo de referência em diagnóstico de saúde no País.

Segundo ela, a aprovação pela Anvisa é a primeira fase para que a vacina possa ser comercializada no Brasil. "O próximo passo será solicitar o registro de preços junto à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e, uma vez aprovado o preço, a empresa fabricante poderá começar a distribuição do produto no Brasil. Ainda não há estimativa do valor de aplicação na rede privada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (4), o registro de uma vacina indicada para a prevenção da doença do trato respiratório inferior causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Trata-se do principal vírus causador de bronquiolite. O imunizante aprovado é registrado como Arexvy, produzido pela empresa GlaxoSmith Kline.

A vacina foi aprovada pela Anvisa para uso em adultos com 60 anos de idade ou mais. Ela é aplicada de forma intramuscular, em dose única. Ainda de acordo com a agência, a tecnologia utilizada para a vacina é de proteína recombinante, quando uma substância semelhante à presente na superfície do vírus é fabricada na indústria e utilizada para estimular a geração de anticorpos, responsáveis pela imunidade.

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"O pedido de registro do medicamento foi enquadrado como prioritário, nos termos da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 204/2017, por se tratar de condição séria debilitante. Além disso, é uma doença de grande impacto público, principalmente pela faixa etária atingida, que possui grande índice de hospitalizações causadas por infecção pelo VSR", destacou a Anvisa, em nota.

Consideradas as épocas mais propícias para a proliferação do vírus sincicial respiratório (VSR), por serem as estações mais frias e secas, no outono e no inverno é mais comum observar o aumento de crianças internadas com bronquiolite e pneumonia. Desta forma, medidas preventivas e o diagnóstico precoce são ferramentas para evitar o agravamento do quadro clínico.

Pertencente ao gênero Pneumovirus, o VSR é um dos principais agentes da infecção aguda nas vias respiratórias. O vírus atinge brônquios e pulmões. Não há vacinação contra o VSR. Somente no caso das crianças prematuras nascidas com até 28 semanas de gestação ou com fator de risco como bebês com displasia broncopulmonar e cardiopatias congênitas, um programa do Ministério da Saúde oferta o palivizumabe, anticorpo específico contra o vírus sincicial, aplicado uma vez por mês durante cinco meses, antes do período de maior circulação do vírus, para evitar formas graves da doença.

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A amamentação, por exemplo, é um reforço imunológico importante. Ou seja, o desmame precoce deixa a criança mais frágil. Além disso, em caso de pessoas fumantes, é importante evitar que a criança seja exposta à fumaça.

"Viroses respiratórias têm sintomas comuns como tosse, febre, dor de garganta e coriza. No VSR, o que chama atenção é a idade do bebê - geralmente atinge com mais frequência crianças de até 2 anos de idade - e a dificuldade para respirar, sintomas associados à época do ano com predomínio da circulação do vírus. Claro que também existem testes para saber qual vírus acomete a criança naquele momento. Febre persistente e criança que não reage aos estímulos são sinais de alarme. Isso vale para todas as doenças. Crianças pequenas com quadros respiratórios precisam ser avaliadas pelos médicos", orienta Renato Kfouri, pediatra, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), durante participação ontem no Fórum Estadão Think "A bronquiolite e a pneumonia podem atacar até dentro de casa - evite que seu guerreiro tenha que lutar contra o VSR", patrocinado pela AstraZeneca.

TRANSMISSÃO

No caso da bronquiolite, as crianças podem transmitir o VSR por mais de uma semana. Mesmo após apresentar melhora, é importante ter atenção. Marco Aurélio Safadi, professor de pediatria e infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), salienta que em crianças menores o risco é maior de agravamento. "Uma criança com desconforto respiratório nesta faixa etária e que perde a capacidade de mamar tem fatores levados em consideração na avaliação do quadro clínico. Muitos casos necessitam de internação para oferecer assistência respiratória para o bebê", destaca Safadi. "A hidratação é essencial neste caso. E vale reforçar a amamentação no caso do bebê que mama e até aumentar a oferta de fórmula no caso de bebês que não mamam no peito", diz o professor de pediatria.

Segundo Rosana Richtmann, médica infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, Pro Matre Paulista e Instituto de Infectologia Emílio Ribas, os bebês prematuros estão entre os grupos de alto risco. "Os brônquios mais finos ficam inchados e o vírus causa secreção, obstruindo as vias respiratórias e a criança fica mais cansada", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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