O ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, tentou pedir perdão ao homem que agrediu em 2018, em São Paulo. A informação foi divulgada pelo Metrópoles, que teve acesso a um trecho de depoimento do petista — que foi preso — colhido em maio deste ano. O caso que culminou na prisão de Maninho aconteceu há quase cinco anos, em Diadema, na Grande São Paulo. Ele é réu por tentativa de homicídio.
À época, Manoel empurrou o empresário Carlos Alberto Bettoni contra um caminhão no dia em que o então juiz Sergio Moro decretou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em abril de 2018. Na ação, Bettoni bateu a cabeça no pára-choque do veículo e teve traumatismo craniano. Maninho do PT ficou preso por sete meses até obter um habeas corpus.
##RECOMENDA##No depoimento ouvido, o ex-vereador diz que se arrepende do ocorrido e que gostaria de ter pedido perdão à vítima. Carlos Alberto, porém, faleceu em 30 de dezembro de 2021, aos 60 anos, em decorrência da Covid-19, mas o homem já sofria diversas sequelas em virtude da agressão. Além de ter ficado impossibilitado de trabalhar, Carlos sofria com crises convulsivas, sequelas neurológicas e nervosas, ele foi internado por diversas vezes, primeiramente em um hospital particular.
Marinho foi informado do falecimento da vítima. “Tenho um arrependimento enorme de ter acontecido esse fato, ainda mais agora com a morte dele. Eu queria vê-lo e pedir perdão. Eu fui levado pela emoção e tenho um enorme arrependimento de ter acontecido esse fato”, declarou o réu.
Em dezembro, Bettoni teve nova crise convulsiva e precisou ser internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Enquanto aguardava a transferência para um hospital, contraiu Covid-19. Mesmo com duas doses de vacina, ele teve o quadro agravado, por causa de comorbidades, e não resistiu.
Fala de Lula gerou polêmica
No último fim de semana, uma fala do ex-presidente Lula agradecendo a Maninho pelo episódio de agressão gerou polêmica. Foi este posicionamento que trouxe o caso à luz novamente, após quase cinco anos.
"Esse companheiro Maninho, por me defender, ficou preso sete meses, porque resolveu não permitir que um cara ficasse me xingando na porta do Instituto (Lula). Então, Maninho, eu quero agradecer, porque foi o Maninho e o filho dele que estiveram nessa luta. Essa dívida que eu tenho com você jamais a gente pode pagar em dinheiro. A gente pode pagar em solidariedade e companheirismo", disse Lula.