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Devido à morte de quatro pessoas por febre maculosa após visitarem uma fazenda na cidade de Campinas, interior de São Paulo, e os registros de casos de pacientes infectados nos últimos dias, o país está cada vez mais atento em entender sobre os sintomas da doença e seus riscos. A transmissão, que é iniciada pela picada do carrapato-estrela, vem sendo estudada por especialistas que apontam quais os animais em que a espécie se hospeda. 

De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) paulista, no ano passado foram registrados 62 casos, dos quais 44 resultaram em óbito, representando uma alta taxa de letalidade de 74,6%. 

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O carrapato-estrela, conhecido cientificamente como Amblyomma cajennense, aparece com mais frequência em capivaras e cavalos, mas também em outros animais. 

"É importante que o governo seja eficaz no combate à doença pois o carrapato-estrela consegue se hospedar em animais que são muito próximos a nós, mesmo esses animais não sendo os responsáveis pela transmissão para seres humanos. O carrapato pode ficar no corpo de animais domésticos, assim como também em algumas aves, cavalos, capivaras, gambás, coelhos entre outras espécies", disse ao LeiaJá o médico veterinário Abraão Tavares, alertando que gatos e cachorros também podem ser hospedeiros. 

Vale ressaltar, que os carrapatos-estrela é o transmissor, sendo assim, não tem como a doença passar diretamente de pessoa para pessoa e nem através do contato com animais infectados. Por isso é importante saber identificá-lo através das suas duas fases principais: a inicial e larval, conhecida em algumas regiões de zona rural como “micuim”, e a fase adulta, quando o carrapato já possui um formato estrelado e são mais perceptíveis, caso encostem na pele.   

"Caso você encontre o carrapato-estrela em seu animal, não tente retirar. O recomendado é que o gato ou o cachorro seja levado ao veterinário, que realizará o procedimento correto", disse o especialista.

"Não tente esmagar ou apertar na pele do animal o carrapato-estrela. Também não tente removê-lo da área com o uso do álcool, pois isso pode trazer maiores problemas para a saúde do animal hospedeiro", completou. 

Ainda segundo o veterinário, o carrapato não transmite a doença de imediato, pois ele precisa de um longo contato com a pele do hospedeiro para infectá-lo. A duração é de 6 a 10 horas. Este é o período suficiente para que a bactéria seja reativada na glândula salivar e em seguida espalhada pelo corpo.

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