A sonda europeia Rosetta voou este sábado (14) muito perto do cometa Churyumov-Gerasimenko, cuja atividade cresce ao se aproximar do sol. A própria Rosetta informou sobre o ocorrido em sua conta no Twitter, gerenciada pela Agência Espacial Europeia (ESA). Informou que enviaria os dados de seu voo "o quanto antes" e que as primeiras imagens da câmera de navegação NAVCAM estariam disponíveis na segunda-feira (16).
"Agora estou me afastando do cometa. Na terça-feira estarei a 253 quilômetros dele!", disse Rosetta. A sonda ficou a seis quilômetros da superfície deste cometa, que libera cada vez mais gás e poeira a medida que esquenta.
O objetivo deste voo a pouca distância era permitir que os instrumentos de Rosetta fizessem fotos e realizassem um espectro da superfície com uma resolução jamais conseguida até o momento, segundo a ESA. Também deveria permitir coletar amostras da "cabeleira" (nuvem de poeira e gás) do cometa Churyumov-Gerasimenko para entender como é formada.
A sonda Rosetta viajou durante 10 anos até se encontrar com o cometa e soltar o robô Philae sobre sua superfície, em meados de novembro. Após este "encontro de Dia dos Namorados", Rosetta seguirá realizando uma série de voos nos arredores do cometa, a uma distância que será determinada por sua atividade.
A atividade deve aumentar durante os próximos meses enquanto o cometa se aproxima de seu periélio, o ponto em que se encontra mais próximo do sol. Churyumov-Gerasimenko deve alcançá-lo em 13 de agosto, quando estará a 186 milhões de quilômetros do astro.
Enquanto isso, Philae está "hibernando" sobre o cometa. O robô reiniciou duas vezes após sua aterrissagem e caiu numa zona com pronunciado relevo que lhe faz sombra. Não recebe, portanto, luz suficiente para recarregar suas baterias solares e voltar a funcionar. Os instrumentos de Rosetta não conseguiram localizá-lo com precisão, mas os especialistas esperam que ele acorde no mês de março.