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Quando o público começou a ocupar as cadeiras do Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, na tarde desta terça-feira, os bailarinos da CiM (Companhia Integrada Multidisciplinar) já estavam posicionados no palco para apresentar o espetáculo O Nada – nada mais entre o chão e o céu, a terceira parte da Trilogia Tempo, pelo 17º Festival Internacional de Dança do Recife. Na plateia, olhares curiosos e atentos para assistir à apresentação da companhia portuguesa, que trabalha com bailarinos e artistas portadores de deficiências.

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Em cena, seis atores/bailarinos provocam no público, formado por adultos, jovens e crianças, os mais variados sentimentos. “O nada é um não lugar”, grita Rosinda Costa, uma das intérpretes no palco, dando o pontapé inicial para uma aventura descontraída, intimista e encantadora ao universo da dança, trazida de Portugal para os palcos recifenses.

Limitações, movimento, arte e tempo viram questionamentos para quem assiste ao grupo. Afinal, o que é o nada? O espetáculo não ousa responder, mas aquece reflexões e filosofias usando de uma narrativa poética e não contínua, além de um cenário com pouca luz, onde as sombras permitem um novo olhar. Em O Nada, os corpos gritam o que as palavras não saberiam dizer e o movimento é o argumento que dispensa explicações. A CiM disse ao público ali presente o que não seria compreendido de outra forma. Ao final da apresentação, o palco se abriu para a área externa do Teatro, encantando ainda mais o público que, não contido, aplaudiu e reverenciou a obra ali apresentada.

Depois do espetáculo, equipe artística e bailarinos participaram de uma conversa proposta à plateia, que expressou suas curiosidades e se derreteu em elogios à performance da companhia portuguesa. Entre os seis intérpretes em cena, três são portadores de alguma limitação motora, mas uma delas, Joana Reais Pinto, adverte: “Todos estes corpos aqui são diferentes. Não somos três diferentes entre os 100, somos 100 diferentes corpos”.

“O ser humano não gosta de coisas difíceis, mas a dificuldade engrandece, é preciso coragem. E nós aprendemos isso aqui, é preciso coragem. Sentimos alegria quando conquistamos algo, quando passamos por alguma dificuldade”, reflete Rosinda. Ainda sobre os desafios que surgem nesta produção, uma das diretoras artísticas e dramaturgas e coreógrafa da CiM, Ana Rita Barata, falou ao LeiaJá sobre as peculiaridades em apresentar O Nada no Recife. “Adaptamos a linguagem, o sotaque da narradora, as palavras. Em Portugal, por exemplo, não se diz ‘celular’ e sim ‘telemóvel’, mas se falamos isso aqui, ninguém entenderia”, explica Ana, que destaca ainda a facilidade proposta pela proximidade entre as línguas, “o nosso português é primo do brasileiro, isso traz alguma facilidade também, naturalmente”.

A coreógrafa destacou ainda a delicadeza que o tema requer. “Este tema não é tão fácil, nos obriga a pensar ‘Que mensagem queremos passar?’", explica. Sobre o público do Recife, Ana se mostrou satisfeita com o retorno. “Eu senti que eles estavam conosco, conectados à apresentação”, elogia.

A CiM esteve no País outras duas vezes, emocionando brasileiros com espetáculos de rua e é sempre bem recebida por um “público caloroso”. Na plateia estavam alunos da Escola Municipal do Jordão, que aplaudiram e elogiaram a apresentação. Tímido, Pedro Magno, de 11 anos, disse com poucas palavras o que achou da apresentação. “Achei engraçado, bom, eu gostei”. Já para Maria Vitória, de 10 anos, O Nada provocou outros sentimentos. “Senti muita emoção, eu gostei muito das luzes”, conclui.

A partir desta terça-feira, a população do Recife contará com um Núcleo de Conciliação de Executivos Fiscais Municipais da Capital. O Núcleo, que é uma iniciativa da Procuradoria da Fazenda Municipal, em parceria com Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), funcionará no 1º andar do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha do Leite. No local, o contribuinte poderá quitar dívidas oriundas dos tributos municipais (Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS), Cartão de Inscrição Municipal (CIM) e Taxas Imobiliárias e Mercantis).

No Núcleo também poderão ser realizados julgamentos entre o ente fazendário municipal e os contribuintes devedores convocados através de carta-convite. As audiências ocorrerão sempre às terças e quintas, das 12h às 17h, cabendo ao município analisar e indicar os processos passíveis de conciliação. 

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Os contribuintes que ainda não receberam a carta e têm interesse em liquidar seus débitos, podem se dirigir a sede da Procuradoria do Município, de segunda à sexta-feira, das 7h às 13h, na rua do Imperador, nº 511, térreo. Na Procuradoria, o colaborador conta com os benefícios concedidos por lei: 70% de desconto na multa e nos juros para os pagamentos feitos à vista, redução de honorários de 20 para 15% e parcelamento em até 96 vezes.

As medidas adotadas pela Procuradoria da Fazenda não irão se resumir às conciliações. Ainda para o ano de 2012, estão previstas a realização de leilões de imóveis, a criação de força-tarefa para efetivação de penhora de bens dos devedores, bem como outras medidas que visam à satisfação dos créditos tributários.

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