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Uma mobilização de pais, professores e moradores do Paranoá, no Distrito Federal, protestou contra a exoneração do diretor da Escola Classe 01, Claudinei Batista, nessa quinta-feira (13). Antes de deixar o cargo, o gestor fez um pronunciamento emocionado e disse que a polêmica em torno do banheiro unissex para crianças se trata de uma fake news motivada por perseguição política.

A unidade de ensino passa por reforma e uma nova placa foi instalada no banheiro requalificado para crianças especiais de quatro a seis anos. Eles são acompanhados para usar o sanitário e a sinalização indicava que monitores e professores também tinham acesso.

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O caso foi parar em um blog local, que divulgou a polêmica do suposto banheiro unissex sem apurar a veracidade da denúncia. A informação chegou ao deputado federal da bancada evangélica, Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF), que inflamou o caso nas redes sociais.

"Vocês sabem que não existiu nada daquelas denúncias dessas pessoas que querem interromper a nossa passagem, o nosso projeto, os nossos sonhos e o cuidado com as crianças", afirmou Claudinei, que disse estar "chocado e triste" por ter a reputação posta à prova.

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Após a informação se disseminar na internet, o blogueiro visitou a escola acompanhado por profissionais da unidade e, segundo o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), tranquilizou os leitores ao constatar que “a placa apenas indicava o uso comum, mas nunca ao mesmo tempo. Era apenas uma identificação. Papais e mamães podem trazer seus filhos sem preocupação alguma”. 

Mesmo após a retratação, ainda baseado na informação falsa da publicação ou por ‘má intenção’ como sugere o Sinpro-DF, o parlamentar falou diretamente com o coordenador de Ensino do Paranoá, Ranieri Falcão, e com a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, para garantir providências contra a direção da escola.



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A pressão surtiu efeito imediato e o diretor foi comunicado que sua exoneração seria oficializada nesta sexta (14). Ele alega que sequer recebeu representantes da pasta para verificar a veracidade da denúncia.

"Não veio ninguém da Secretaria de Educação averiguar a polêmica, muito menos da Regional de Ensino", apontou.

A Secretaria de Educação não comentou sobre o contato do deputado e indicou que soube do caso pela internet, e "imediatamente, determinou a readequação da escola às diretrizes da rede pública de ensino do DF, com banheiros separados para meninos e meninas. Por ter afrontado tais diretrizes, o responsável será exonerado do cargo, bem como serão adotadas as medidas administrativas cabíveis”.

Em seu perfil no Twitter, o parlamentar defendeu que "a pasta apurou o caso e afastou qualquer possibilidade do fato ter sido apenas uma fake news".

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