Já se passaram quatorze rodadas, 28 tempos jogados e 39 pontos disputados. Esses são os números brutos de Sport e Náutico antes do primeiro clássico dos rivais no brasileiro da série B este ano. Se contabilizado o tempo em campo, as duas equipes juntas têm mais de 2,5 mil minutos de jogo. No entanto, com aproveitamentos distintos. Se de um lado o alvirrubro segue em franca ascensão, do outro, o rubro-negro continua tentando encontrar o caminho da regularidade na competição. Horas antes desse grande jogo, o Leia Já traça um “Raio X” dos dois clubes no campeonato, iniciando com os mandantes leoninos.
Sport – Lado B
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Leão começou o ano embalado com a possibilidade de conquistar o título inédito do Hexacampeonato. Depois de um início não muito bom, saída de Geninho, chegada de Hélio dos Anjos, o time reagiu e conseguiu chegar às finais. Logo no primeiro embate, cruzou com o timbu, vitória por 3x1 na ilha e derrota nos aflitos por 4x2. Avançou. Na finalíssima, derrota para o Santa Cruz, atualmente na Série D e com o custo de plantel bem abaixo do Leão.
Início de uma possível crise na ilha. O Sport estreou na série B com uma vitória magra por 1x0, diante do Icasa, na Praça da Bandeira. Mesmo conseguindo, nos cinco primeiros jogos, pontuar em todos, somando nove no total, a situação interna do clube já não era boa. Sai Hélio e entra Mazola Júnior. Aos poucos o Sport seguiu boa campanha em casa e decepcionando fora do Recife.
Na ilha, o Leão voltou a ser forte. Até o momento segue invicto em casa e conquistou 17 pontos em sete jogos, com cinco vitórias (Icasa e Barueri - por 1x0; ABC - 2x0; Ponte Preta – 3x1 e Salgueiro – 3x0, respectivamente) e dois empates (Duque de Caxias – 1x1 e Criciúma – 0x0), obtendo 71,42% de aproveitamento.
No entanto, nos últimos quatro jogos, foram três derrotas, todas fora de casa e duas seguidas, e apenas uma vitória, na Ilha, contra o Salgueiro, que está na zona de rebaixamento. O deficiente rendimento longe da capital pernambucana é o principal desafio do clube que deseja voltar para a primeira divisão. Foram sete partidas fora do Estado: Guarani e Asa (empates em 1x1); Vitória-BA (derrota por 2x0), São Caetano (empate em 3x3), Goiás e Boa Esporte (derrotas por 2x1 e 3x0, respectivamente) e apenas 14,28% de pontos obtidos.
Mesmo com tudo isso e em meio à “corda bamba” por estar na parte intermediária na tabela, a quatro pontos da zona de classificação e a três do rebaixamento, além do alto rendimento em casa, os rubro-negros prometem um jogo duro.
Raio-X rubro-negro
O Leão tem 20 pontos conquistados e ocupa a 13ª posição. Dos 14 jogos disputados, conseguiu cinco vitórias, cinco empates e quatro derrotas, resultando em 47,6% de aproveitamento. 19 gols marcados, 17 sofridos e um saldo positivo de dois tentos.
Principal artilheiro na competição: Bruno Mineiro, com quatro gols.
Maior dificuldade: vencer fora de casa.
Maior virtude: Força dentro da ilha.
Destaques da equipe: Magrão, Bruno Mineiro e Wellingon Saci.
Time Base: Magrão, Thiaguinho, Tobi, Gabriel e Wellington Saci; Hamilton, Daniel Paulista, Rithelly e Diego Torres; Bruno Mineiro e Marcelinho Paraíba.
Náutico - Lado A
Já o Náutico iniciou o Pernambucano com apenas um objetivo: Impedir o hexa do Sport. Não o fez, mas o rival tricolor tratou de lavar a alma do timbu. Ao longo do campeonato, teve o treinador Roberto Fernandes no comando, mas - após a eliminação para o Leão - a situação ficou insustentável.
Após menos de 24h depois da saída de Fernandes, chegou, sobre olhares desconfiados por parte dos torcedores, a confirmação de Waldemar Lemos, irmão de Oswaldo Oliveira, para começar a sua segunda passagem pelo Timbu. Na primeira vez que esteve no comando alvirrubro, em 2010, ele deixou a equipe e se transferiu para o Atlético Paranaense, causando certo desconforto junto à torcida. Trauma superado depois dos bons resultados.
Na série B, tudo indicava um ano de mais complicações. No primeiro jogo, a equipe de Rosa e Silva levou 4x0 da Portuguesa, no Canindé. Depois do início desastroso o time passou a se organizar aos poucos, mas ainda oscilando muito. Na sequencia de partidas, vitória sobre o Góias (1x0), nos Aflitos; empate em 0x0 com o Criciúma, em Santa Catarina; 2x2 com o Bragantino, no Recife; triunfo sobre o Salgueiro por 2x0, no Ademir Cunha; empate com o Paraná em casa, 1x1, respectivamente.
Na sétima Rodada, o timbu encarou o ABC-RN, time que seguiu nas cabeças do campeonato. Jogo em Natal e vitória esperada dos donos da casa. Expectativa de mudanças, boatos sobre troca de comando, mas apenas "peruas". O que aconteceu de verdade foi a verdadeira arrancada da equipe alvirrubra rumo ao grupo dos quatro primeiros. Da oitava rodada até a décima quarta, o Náutico segue invicto com quatro vitórias (2x0 Guarani-SP, Icasa-CE 1x2, 3x2 Americana-SP e 2x0 Vitória-BA) e dois empates (Duque de Caxias-RJ e Vila Nova-GO,a mbos por 0x0). Resultados que dão um “ingrediente” a mais para o jogão, além de encher de confiança o torcedor para a partida de logo mais às 21h. O Timbu não vence o Leão na Ilha do retiro, em Jogos oficiais do Brasileirão desde 1986.
Raio X Alvirrubro
O Náutico tem 26 pontos conquistados e ocupa a 3ª posição. Sete vitórias, cinco empates e duas derrotas, resultando em um aproveitamento de 61,9%. 16 gols marcados, 11 sofridos e um saldo positivo de cinco tentos.
Principal artilheiro na competição: Kieza, com oito gols.
Maior dificuldade: Peças de reposição.
Maior virtude: regularidade.
Destaques da equipe: Eduardo Ramos, Kieza, Derley e Everton.
Time Base: Gideão; Neno, Diego Bispo, Marlon e Airton; Everton, Elicarlos, Derley e Eduardo Ramos; Kieza e Rogério.
Após todas essas informações e detalhes das duas equipes, o torcedor pernambucano tem motivos de sobra para esperar um grande jogo, nesta terça à noite, na Ilha do Retiro, a partir das 21h.