A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou por 19 votos a favor e 8 contrários a indicação do economista Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central. O nome segue hoje para análise do Plenário e será confirmado se obtiver o voto da maioria simples dos senadores. Antes disso, o indicado terá um encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Ilan Goldfajn informou CAE que pretende manter o atual sistema de metas no controle da inflação e fez questão de ressaltar que uma das primeiras tarefas da instituição é manter o índice inflacionário baixo e a estabilidade da moeda.
##RECOMENDA##"Nosso objetivo será cumprir plenamente a meta, mirando seu ponto central. Nossa história mostra que níveis altos de inflação não favorecem ao crescimento econômico. Pelo contrário, desorganiza a economia e impacta a vida principalmente das classes menos favorecidas", afirmou.
Liberdade técnica
Sobre a atuação do BC, Goldfajn disse ser a favor da autonomia do banco e não da independência total. Para ele, o governo deve traçar seus objetivos e a autarquia precisa ter liberdade técnica e operacional para alcançá-los.
Depois de ouvir a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmar que ele não poderia assumir o BC por ter sido acionista e dirigente do Itaú, Goldfajn afirmou que não tem mais nenhuma ligação com o banco e já se desfez de sua participação acionária na instituição.
O indicado ainda prometeu atuar de “forma isenta, apartidária e ética”, como fez em todos os lugares onde atuou profissionalmente.
"Minhas ações não derivavam do fato de ser dono da instituição ou banqueiro. Parte da remuneração dos funcionários de bancos hoje é por ações. Um economista-chefe que faz pesquisas e projeções tem essas ações e é sócio neste sentido. Não vejo conflito a partir daí", justificou.
*Da Agência Senado