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Embora os computadores quânticos ainda estejam em desenvolvimento, pesquisadores do ramo da computação já estão trabalhando para proteger dados confidenciais das novas táticas de ataques cibernéticos. Na quarta-feira (15), o Google anunciou o lançamento do código de uma chave de segurança que usa criptografia projetada para suportar tentativas de descriptografia de computadores tradicionais e processadores quânticos também. 

A empresa diz que sua implementação permitirá a criação de chaves de segurança com resiliência quântica no FIDO2, a segunda versão de um padrão global para autenticação sem senha. As chaves de segurança são pequenos dispositivos físicos que normalmente se conectam a um computador ou se comunicam sem fio quando colocados perto de um dispositivo. A proposta do Google foi co-desenvolvida com o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zürich), na Suíça. 

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O código envolve um novo esquema de assinatura híbrida que combina o algoritmo ECC tradicional e o algoritmo Dilithium mais recente para combater ataques quânticos. As assinaturas ECC estão em uso há cerca de duas décadas. O dilithium, por sua vez, é um algoritmo “seguro quântico” que o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos selecionou como parte de seus padrões potenciais para futuros sistemas criptográficos. 

Os pesquisadores disseram que decidiram criar uma assinatura híbrida, pois a segurança do Dilithium “ainda não resistiu ao teste do tempo”. Testes feitos recentemente em algoritmos "seguros quânticos" provaram que eles estão expostos a certos tipos de ataques cibernéticos tradicionais. 

Por exemplo, uma implementação específica do Crystals-Kyber é vulnerável a ataques de canal lateral, que usam informações vazadas por um sistema de computador para obter acesso não autorizado ou extrair dados confidenciais, descobriram os pesquisadores. De acordo com o Google, é especialmente importante usar um esquema de assinatura híbrida para chaves de segurança, pois a maioria delas não pode ser atualizada. 

Não há um levantamento oficial de quantas mulheres lidam diretamente com a computação quântica. Mas um recorte realizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Informação Quântica (INCT-IQ) ajuda a dimensionar a participação feminina nessa área da pesquisa quântica como um todo.

Dos 120 participantes beneficiados financeiramente pelo instituto, apenas 9% são mulheres. "A baixa participação de mulheres é um problema que tem de ser atacado no nível da escola primária, secundária", afirma Belita Koiller, coordenadora do INCT-IQ.

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Numa tentativa de aumentar a participação feminina na física, professoras das Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) criaram o projeto chamado de Tem Menina no Circuito em 2013, com o objetivo de atrair estudantes mulheres para a área das Ciências Exatas.

"Como todo problema, nunca é uma razão só para o baixo número de mulheres. Claramente, está ligado como o ensino médio apresenta as questões de física. É uma coisa muito formal, só vê o lado matemático da física e abandona a criatividade", afirma Thereza Paiva, professora da UFRJ e uma das fundadoras do projeto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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