FORTALEZA (CE) - Contra a atitude de manifestantes que hostilizaram os médicos estrangeiros que chegaram em Fortaleza, nesta segunda-feira (26), na Escola de Saúde Pública do Ceará e o Conselho Estadual de Saúde quer a retratação do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), responsável pelo protesto que chamava os médicos estrangeiros de “escravos” e “incompetentes”. Em nota de desagravo em defesa dos estrangeiros, o Conselho caracterizou o ato como demonstração de intolerância e xenofobia por parte do Simec.
O protesto pede a aplicação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) para os médicos estrangeiros. Para o presidente do Simec, José Maria Pontes, isso é uma palhaçada. "Como se aprende medicina, português e legislação do SUS em três semanas?", comentou se referindo ao curso de 21 dias que será dado aos médicos estrangeiros.
O Curso
Durante 21 dias, os médicos inscritos no Programa Mais Médicos serão informados sobre a situação da saúde pública brasileira, em especial sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), além do perfil epidemiológico da população e o Código de Ética. O curso contará com a participação de professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e, na conclusão do curso, os médicos irão trabalhar nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão.