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A Áustria poderá conservar o "Friso de Beethoven", uma obra-prima monumental do pintor Gustav Klimt reivindicada pelos herdeiros de um colecionador judeu, por não existirem as condições necessárias para sua restituição, decidiu nesta sexta-feira uma comissão independente de especialistas.

O pedido de restituição foi feito em outubro de 2013 pelos herdeiros do colecionador Erich Lederer, que questionam as circunstâncias nas quais a obra foi comprada pela República da Áustria em 1972.

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Este afresco, de 34 metros de comprimento por dois de largura, está exposto desde 1986 no palácio-museu vienês da Secessão, onde foi apresentado pela primeira vez pelo próprio Klimt (1862-1918) em 1902.

Adquirida pela família Lederer em 1915, a obra foi apreendida pelos nazistas em 1938 e devolvida a Erich Lederer após a Segunda Guerra Mundial.

No entanto, o Estado austríaco proibiu a exportação da obra, o que levou Lederer, um cidadão suíço, a se separar dela, segundo seus herdeiros em condições desfavoráveis, após anos de esforços em vão para acabar com a restrição.

Por sua vez, o museu da Secessão considera que a restituição não está justificada, "nem jurídica, nem moralmente", já que a venda foi realizada a um preço justo e sem nenhuma coação, disse seu advogado, Christian Hauer.

O Estado austríaco pagou por ela 15 milhões de schillings (em torno de 1,1 milhão de euros) e a restaurou durante 11 anos.

Embora oficialmente esta comissão encarregada das restituições de bens espoliados tenha um papel consultivo, o Estado austríaco sempre seguiu suas recomendações.

Desde sua criação, em 1998, se pronunciou sobre a devolução de diversas obras, entre elas a coleção Rothschild em 1999.

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