Tópicos | CPI do Fundo de Pensão

O deputado federal Raul Jungmann (PPS) apresentou requerimento na CPI dos Fundos de Pensão em que pede a convocação ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil e ex-presidente do Conselho Consultivo da Previ, Henrique Pizzolato. A Justiça italiana informou que Pizzolato deve ser extraditado para o Brasil nesta quarta-feira (7).

Condenado no processo do mensalão do PT por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato fugiu para a Itália em 2013, usando documentos de um irmão morto, para escapar da prisão. Desde então, o governo e o Ministério Público do Brasil protagonizam uma batalha jurídica para tentar extraditá-lo.

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Jungmann acredita que o ex-diretor do Banco do Brasil pode contribuir com os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito, já que em depoimento à CPI dos Correios, o petista chegou a declarar que o então chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, de quem era conhecido desde os tempos de militância no movimento sindical dos bancários, realizava frequentemente reuniões com os dirigentes dos fundos de pensão patrocinados por empresas estatais, como era o caso do PREVI, com o propósito de influenciar nas decisões de investimentos desses fundos.

O deputado do PPS menciona ainda que Henrique Pizzolato também afirmara que o então presidente da Previ, Sérgio Rosa, teria lhe confidenciado que haveria "coisa de campanha" e "interesse político" nas negociações do fundo sobre a reestruturação do setor de telecomunicações. Na época, para os parlamentares da CPMI, ficou clara a ingerência de Gushiken nos milionários fundos de pensão.

“Os fatos mencionados, somados a tantos outros desdobramentos relacionados, que levaram à condenação de Pizzolato e a investigações que se replicam até hoje envolvendo fundos de pensão de empresas estatais, demonstram a importância de esta CPI dos Fundos de Pensão tomar o depoimento do Sr. Henrique Pizzolato, para o desenvolvimento dos seus trabalhos”, justificou Raul Jungmann na proposta que precisa ser aprovada pelo colegiado.

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, afirmou que não adianta o PT querer aproveitar a atual conjuntura do país para “se livrar do lamaçal no qual se meteu” e pontuou que a oposição vai continuar atenta as investigações das irregularidades envolvendo o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). 

“O povo sabe que o Brasil vive um momento de muita tensão e que a origem de tudo está nos desmandos do PT, que levaram a uma das maiores crises econômica, ética, política e, agora, institucional”, observou. “Instituições republicanas como a Policia Federal, Ministério Público, TSE, TCU estão investigando e atuando no escândalo do Petrolão, nas denúncias de crime eleitoral e nas pedaladas fiscais. Não dá para ignorar”, acrescentou.

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Analisando os desdobramentos do rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o PT, Mendonça se colocou favorável a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre o BNDES e os Fundos de Pensão. “Ao contrário do que o Governo Dilma/PT diz, essa investigação não interessa só ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Interessa aos brasileiros que querem saber os desmandos da gestão Dilma/PT, também, no BNDES e nos fundos de pensão”, garantiu. 

Mendonça disse ainda que a sociedade quer saber sobre os empréstimos a países como Venezuela e Cuba, que recebeu recursos do BNDES para a construção do Porto de Mariel. “Assim como, sobre os empréstimos camaradas a empresários amigos do PT. Essa agenda tem meu total apoio”, cravou.

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