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O Credit Agricole anunciou há pouco que mesmo com a frágil recuperação econômica na Europa e com as exigências estabelecidas pelas regras impostas aos bancos, o seu lucro líquido cresceu 1142,9% no segundo trimestre deste ano. Os ganhos chegaram a 696 milhões de euros (US$ 922,7 milhões), frente a lucro líquido de 56 milhões no mesmo período do ano passado.

O resultado também foi superior às estimativas dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam lucro de 568 milhões de euros.

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Apesar dos sinais de melhora da economia francesa, Jean-Paul Chifflet, presidente-executivo da instituição, disse que continua "cauteloso" sobre as perspectivas de crescimento de médio e longo prazo.

De acordo com Chifflet, aumento do lucro em mais de 1000% é atribuído à uma base de comparação muito fraco no segundo trimestre de 2012, quando o Credit Agricole foi gravemente atingido pela crise financeira na Grécia e pelas baixas contábeis de ativos italianos.

Já a receita total da instituição recuou 1% entre abril e junho deste ano, para 4,39 bilhões de euros. Fonte: Dow Jones Newswires.

O economista-chefe do banco Credit Suisse, Nilson Teixeira, que participa nesta terça-feira, 30, de palestra na Amcham Brasil, na capitral paulista, afirmou que o Brasil deve crescer 2% em 2013 e 3% no ano que vem. "Não se trata de uma situação ruim um crescimento de 2%", afirmou. Ele ressaltou que o potencial de expansão do PIB do País, "com devidos investimentos", está mais próximo de 4% do que de 2%.

De acordo com Teixeira, a taxa de desemprego está em leve expansão e deve atingir 5,7% neste ano, com uma velocidade menor do avanço da renda real dos trabalhadores. O economista ponderou que a inflação deve subir 5,8% neste ano e em 2014 e destacou que o IPCA não está fora do controle. Nesse contexto, ele pondera que o Banco Central deverá elevar a Selic para 9,25% em 2013.

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DELFIM NETTO - O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, também presente na palestra da Amcham, afirmou nesta manhã ter a impressão de que o Banco Central "declarou sua independência". Segundo ele, o presidente do BC, Alexandre Tombini, sinaliza que "se as finanças públicas não ajudarem, vai cumprir o seu papel", que é elevar os juros básicos para conter a demanda agregada e diminuir as pressões do desequilíbrio fiscal sobre a inflação. "Seguramente as últimas decisões do BC tem sido tomadas nessa direção", afirmou, referindo-se ao movimento de alta da Selic iniciado em abril pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Delfim destacou que "a inflação de 6,5% é desconfortável", pois no mundo apenas quatro ou cinco países tem um nível de preços superior a 5% ao ano. "Mas no Brasil ela não está fora do controle. Não há nenhuma catástrofe", ressaltou.

Já sobre o lado fiscal, Delfim Netto afirma que o Brasil passa por "uma situação um pouco desconfortável", que inclusive leva o déficit nominal para um patamar ao redor de 2,5% do PIB. Para ele, "60% do PIB de dívida bruta é (uma fatia) elevada, mas não é nada trágico", ponderou.

O ex-ministro destacou, contudo, que "as manobras" contábeis feitas pelo governo nos últimos anos fez com que o indicador que mede a dívida líquida se torna-se praticamente inoperante.

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