Uma pesquisa do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) mostra que o número de alunos que ingressaram em cursos de licenciatura presenciais caiu 10% entre 2010 e 2016. No mesmo período, o número de concluintes desses cursos caiu 7,6%. Os dados fazem parte do Panorama de Empregabilidade dos Concluintes no Ensino Superior e foram apresentados hoje (8) na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Segundo o estudo, 39,5% dos formandos em licenciatura estão trabalhando na sua área de atuação.
“É um problema muito grave, porque hoje os alunos que optam pelas licenciaturas e escolhem seus cursos por preço e não por vocação. A grande maioria busca pedagogia e as diversas áreas da formação como para professores de matemática, ciências, física, química, os ingressantes caem ainda mais a cada ano”, alerta o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.
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No âmbito geral, a pesquisa mostra que 47% dos alunos que concluíram a graduação estão trabalhando em sua área de formação. Outros 18,7% trabalham em uma área diferente da que se formaram e 34,3% não estão trabalhando.
O estudo registrou um aumento no número de concluintes com renda inferior a três salários mínimos. No caso de estudantes na faixa de até 1,5 salário mínimo, o aumento foi 4,7 pontos percentuais e para alunos com renda entre 1,5 e 3 salários, houve crescimento de 3,4 pontos.
Mapa
O Semesp também apresentou hoje o Mapa do Ensino Superior no Brasil, que mostrou um aumento de 9,3% no número total de concluintes em cursos presenciais no Brasil. Em 2014, foram 841 mil alunos e em 2015 passou para 919 mil. O número de concluintes nos cursos a distância cresceu 23% de 2014 a 2015, passando de 190 mil para 234 mil.
Segundo o estudo, os postos de trabalho para quem tem curso superior aumentaram 1,5%, chegando a 9,7 milhões de empregos em 2015. A remuneração média total de quem tem ensino superior completo ficou em torno de 5,7 mil reais.
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