No debate promovido pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, nessa terça-feira (16), a candidata à Presidência da República pela coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva (PSB), disse que irá promover o assentamento de 85 mil famílias que aguardam a posse de um lote para trabalhar. A presidenciável também falou sobre as propostas do partido para a segurança pública, educação, reforma política e saneamento.
A socialista criticou a política de reforma agrária do governo Dilma Rousseff. “Lamentavelmente, no atual governo, nós temos uma situação de completo descaso para com esse dilema dos assentados. Hoje a reforma agrária está abandonada a própria sorte”, salientou ela, que também informou que o governo Dilma assentou 20 mil famílias, enquanto o do presidente Lula, 70 mil, e o de Fernando Henrique Cardoso, 60 mil. “Nós vamos priorizar os agricultores familiares. Queremos que os que vivem da agricultura de subsistência possam ter acesso a crédito e assistência técnica”.
##RECOMENDA##No programa de governo, a coligação também propõe a ação conjunta dos governos federal e estaduais para garantir segurança à população. “Se não tivermos um sistema de segurança que seja capaz de combater o tráfico de drogas, o tráfico de armas e tudo aquilo que promove a violência, a nossa juventude continuará a ser ceifada. Cerca de 56 mil pessoas são assassinadas por ano, a maioria jovens. Nós vamos, junto com os governos dos Estados, ajudar a combater a violência, para que a nossa juventude seja protegida, as famílias sejam protegidas”, explicou.
Outros temas também foram destacados por Marina Silva durante o debate:
Educação
“A educação gera igualdade de oportunidades para que as pessoas possam ter uma ocupação decente e sejam adequadamente respeitadas como sujeitos de direito”.
Reforma política
“Precisamos atualizar o processo político no Brasil, para que volte a fazer uma ligação entre representantes e representados. A sociedade brasileira dá um sinal de que está à frente das suas lideranças políticas, dá um sinal de que está à frente das suas instituições políticas, que se perderam na lógica do poder pelo poder, da oposição pela oposição”.
Saneamento
“Lidar com a questão do saneamento é atender a população no nível da qualidade de vida, da geração de empregos e da melhoria na vida das cidades”.