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O advogado Antônio Campos (PSB), irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e candidato no último pleito eleitoral de Olinda, marcou uma coletiva de imprensa, no final da tarde desta terça (1), para criticar o prefeito eleito Lupércio (SD) e o PSB estadual, na maior parte do encontro. A coletiva aconteceu no Hotel Samburá, localizado em Olinda.

O socialista, assim como o candidato derrotado no Recife João Paulo (PT), disse que teve uma vitória política. “Em época de resistência aprendi com meus pais que vence quem é capaz de resistir. Saímos vitoriosos da campanha, politicamente, com uma ida ao segundo turno praticamente sozinho apresentando um projeto inovador. Foi uma verdadeira vitória política. Agradeço a militância aguerrida, partidos e o apoio sincero dos jovens e mulheres desta cidade encantadora”.

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Ele, como previsto, fez críticas ao prefeito eleito da cidade Lupércio. “Desde o início eu sabia das dificuldades. Para mim, o mais importante foi vencer o PCdoB. Lupércio foi, sim, apoiado pelo PCdoB. O tempo vai mostrar isso”, enfatizou. “Olinda é uma cidade desafiadora diante da situação grave que se encontra e espero que Lupércio cumpra o que prometeu”, complementou. 

Em seguida, o alvo de Antônio Campos foi o PSB estadual afirmando que o Partido tentou desestabilizar, desde a pré-convenção, a sua candidatura. “Chegou a ser cansativo, mas, mantive a serenidade e a cabeça erguida até o dia da eleição e estou aqui”. 

O candidato derrotado disse que o PSB, caso não corrija o rumo que deve ser trabalhar por Pernambuco, irá se fragmentar em projetos pessoais. Também declarou que está elaborando uma “carta-relatório” e uma “carta-política” ao PSB nacional e diretórios pontuando o que chamou de “reclamações formais”. “É preciso trabalhar um novo PSB em Pernambuco, pois, aliados históricos foram renegados em prol de adversários históricos. Eu represento a voz de muitos descontentes. Não me intimido e lutarei sempre”, avisou.

Um dos poucos poupados em seu discurso foi o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. “Ele protegeu a minha candidatura. Devo ao nacional e à figura histórica de Siqueira a sua fidelidade. Sou honrado por ele”. Antônio disse, ainda, que sua intenção será apoiá-lo para a recondução da presidência do Partido, em 2017.

Confira os trechos principais da coletiva:

Mágoas

“Não guardo mágoas de ninguém, mas, acho que Renata Campos não foi grata comigo. Ela se reúne, semanalmente, com o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio. Quem sempre mandou foi Eduardo. Era ele quem decidia e Renata nunca gostou do meu pai e a recíproca era verdadeira, mas eu tenho respeito a ela”

Candidatura em 2018

“Estou decidido a continuar a fazer política em 2018. Não sairei do PSB. Vou lutar dentro e serei um dos líderes de uma oposição responsável na cidade de Olinda. Quanto a candidatura a deputado João [filho de Eduardo Campos e chefe de gabinete do governador Paulo Câmara] vai ser bastante votado. Eduardo merece ter um filho deputado e João tem um grande talento. Torço por ele, mas, isso não impede de ter outra candidatura”.

João Lyra

“Ele foi um vice-governador leal a Eduardo Campos. Seu pai era amigo do meu avô. Dei o meu testemunho sobre a família Lyra sobre a amizade histórica que une a família, em especial, a João Lyra, grande amigo. Uma pessoa que foi correta. Recebi três reclamações e daria o testemunho três vezes novamente. Sempre fui leal a essas forças e trabalho com a verdade mesmo contrariando interesses”.

Ana Arraes

“Vejo na minha mãe uma grande paixão e acredito na volta política dela para Pernambuco. Ela perdeu a mãe cedo, perdeu o filho prematuramente. Eduardo era um filho maravilhoso, era carinhoso. Ela também enfrentou uma Ditadura. Acho que ela é uma mulher guerreira por ter enfrentado tudo isso”. 

Reeleição de Paulo Câmara

“Nossa ideia é discutir um novo PSB, fazer um debate político porque há forças nossas que estão sendo esmagadas no interior. Sobre apoiar a candidatura dele, eu não sei se ele será candidato em 2018. Ainda faltam dois anos”.

Candidatura de Lupércio 

“Trabalho com pesquisas e havia possibilidades reais de Lupércio, por ser candidato eleitoralmente competitivo, ir ao segundo turno. Não foi surpresa para mim. Não enfrentei Lupércio, eu enfrentei a máquina, a qual ajudou ele nos bastidores de sua campanha”.

Eleição curta

 

“Foi uma eleição curta. Não deu tempo de desconstruir o debate do Filho de Olinda versus o forasteiro, do rico versus o pobre e outros boatos. Recorri à Justiça para frear ataques e baixarias. Lupércio faltou com transparência em sua campanha e de Caixa 2. Iremos colocar tal matéria na Justiça”. 

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