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A presidente Dilma Rousseff assinou nesta terça-feira decreto que zera as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita bruta decorrente de venda de smartphone, tipo de celular que permite acesso à internet. O incentivo ao setor é dado dentro do Programa de Inclusão Digital. Para garantir o benefício, o valor de venda, a varejo, desses produtos não poderá exceder a R$ 1,5 mil.

Por meio do Decreto nº 7.981, o governo também zera a alíquota dessas contribuições para roteadores digitais e promove outras alterações no Decreto nº 5.602, que regulamenta o Programa de Inclusão Digital.

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A norma determina que o incentivo "alcança somente os bens produzidos no País conforme processo produtivo básico estabelecido pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e da Ciência, Tecnologia e Inovação".

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou na manhã desta sexta-feira que o governo está preparando novas medidas de desoneração. O setor de etanol e de indústria química, por exemplo, terão desonerações de PIS/Cofins, mas, de acordo com Mantega, a medida ainda não está pronta. No mesmo sentido, o ministro respondeu que a desoneração de smartphones não está definida.

Segundo Mantega, a desoneração para os outros 42 setores que já está em vigor equivale a R$ 16 bilhões. Ele afirmou ainda a necessidade de manter a solidez fiscal e as metas de superávit. Por essa razão, a medida que amplia desonerações para 14 novos setores valerá a partir de 2014. Disse que o governo prepara mudanças na tributação de lucro no exterior e que deverá chegar a novas propostas nas próximas semanas.

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Crescimento

O ministro prevê que no primeiro trimestre de 2013 haverá um crescimento "um pouco maior" do que o registrado no quarto trimestre de 2012. Entre os indicadores de crescimento citados por Mantega, estão o faturamento e a produção da indústria automobilística.

Ao responder a uma pergunta sobre a inflação, afirmou que "a inflação mês a mês está caindo". "Foi muito elevada em janeiro e no final do ano costuma ser elevada por causa do regime de chuvas. Este ano, estamos prevendo uma safra recorde, portanto, uma grande oferta", disse, comentando que a inflação em janeiro foi alta por conta da seca e da chuva, mas a expectativa é de desaceleração.

Mantega acredita que o término do período de chuvas e a safra recorde devem reduzir os preços de hortifrútis. "O IPCA de janeiro foi 0,86%, de fevereiro, 0,60%, e provavelmente (o de) março será menor ainda", disse Mantega, afirmando que a curva é "descendente".

"No acumulado de 12 meses, é que dá um número maior. O governo está atento, não permitirá que a inflação fuja de controle", afirmou. O ministro completou: "tomaremos todas as medidas necessárias, porém, estamos esperando uma safra melhor e o preço de alimentação, vilão da inflação, deve voltar a cair".

O governo federal decidiu ampliar o número de setores atendidos pela desoneração da folha de pagamento. Em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), com data de quinta-feira (04), a presidente Dilma Rousseff editou a Medida Provisória 612 para garantir o benefício a novos setores, boa parte deles rejeitada por ela em lei sancionada na quarta-feira (03).

A edição da nova medida foi antecipada pela Agência Estado, que informou que setores como os de transporte ferroviário e metroviário de passageiros estariam contemplados no benefício. Além desses, estão incluídos na MP 612 empresas em áreas como de jornalismo e radiodifusão, prestação de serviços aeroportuários, transporte aéreo de passageiros, agenciamento de navios e transporte por navegação.

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Na quarta-feira (03), a presidente Dilma Rousseff sancionou lei permitindo que 42 setores troquem a contribuição previdenciária de 20% por um recolhimento de 1% a 2% do faturamento. A lei sancionada vetou 33 setores incluídos pelo Congresso na MP 582, que deu origem à lei. Esses setores agora serão atendidos com a nova MP, mas a renúncia fiscal estimada em quase R$ 5,5 bilhões, referente a essas novas desonerações, só ocorrerá em 2014, conforme antecipou a Agência Estado.

A Medida Provisória 612 também reduz a zero a alíquota de PIS e Cofins incidente sobre indenizações do setor elétrico, ajusta o novo regime automotivo do País (Inovar-Auto) e aperfeiçoa a desoneração da folha de pagamentos para o setor de construção civil.

Mesmo após a desoneração de impostos de alguns produtos da cesta básica, anunciada pela presidenta Dilma Rousseff, a feira do mês está mais cara na Região Metropolitana do Recife (RMR) e em outras duas cidades pernambucanas, segundo pesquisa do Procon-PE.

Alguns itens de higiene pessoal e limpeza doméstica, que seriam responsáveis pela queda no valor das compras foram os culpados pelo aumento. Na RMR, os itens que mais sofreram variação foram o sabonete (132,22%) e a lã de aço (96,20%). Em Caruaru, no Agreste, os produtos que mais variaram foram o absorvente íntimo (123,40%) e o creme dental (80%). Já em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, o absorvente íntimo também variou mais (122,47%).

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O aumento no valor da cesta básica representa um acréscimo de 0,45% no Grande Recife e nos municípios de Caruaru (0,77%), Vitória de Santo Antão (0,07%) e Cabo de Santo Agostinho (0,06%).

O preço médio da cesta básica foi de R$282,32 na RMR, R$280,55 em Caruaru, R$274,88 em Vitória e R$288,64 no Cabo de Santo Agostinho. O PROCON-PE calculou ainda o impacto do valor da cesta básica no salário mínimo atual. Na RMR foi de 41,64%, em Caruaru 41,38%, em Vitória 40,54% e no Cabo 42,57%. A pesquisa completa já está disponível no site do Procon-PE.

Resumo da pesquisa cesta básica Procon-PE:

Variação da cesta básica:

RMR – aumento de 0,45%

CARUARU –aumento de 0,77%

VITÓRIA –aumento de 0,07%

CABO – aumento de 0,06%

Impacto do valor da cesta básica no salário mínimo:

RMR – 41,64%

CARUARU – 41,38%

VITÓRIA – 40,54%

CABO – 42,57%

Valor médio da cesta básica:

RMR – R$ 282,32

CARUARU –R$ 280,55

VITÓRIA –R$ 274,88

CABO – R$ 288,64

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou, nesta terça-feira, que chegou a um acordo com o Ministério da Fazenda para o decreto de desoneração de smartphones, o qual deve ser assinado pela presidente Dilma Rousseff nos "próximos dias" e publicado ainda este mês. Segundo ele os aparelhos serão desonerados de impostos federais até um o valor teto de R$ 1.500.

Possivelmente, de acordo com Bernardo, esse teto de R$ 1.500 será aplicado para os aparelhos de tecnologia 4G e para os com tecnologia 3G o teto será de R$ 1.000, mas essa questão será regulamentada pela sua Pasta após a publicação do decreto, segundo ele. Para os com valor acima do teto não haverá desoneração.

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Bernardo brincou com o atraso na publicação do decreto, anunciado desde o ano passado por ele.

"Queríamos no segundo semestre, mas o TCU (Tribunal de Contas da União) estabeleceu novos critérios para questões de desoneração. Eu até brinquei com o ministro (Guido) Mantega que ele agiu por essa norma. Depois tivemos o atraso do Orçamento, mas na quinta-feira (28) passada chegamos a um acordo", disse Bernardo, após participar de evento da Telefônica/Vivo, em São Paulo.

A presidente Dilma Rousseff sanciona hoje (2) Medida Provisória (MP) 582, que prevê uma série de estímulos fiscais, incluindo a desoneração da folha de pagamentos para 48 setores da economia. O Palácio do Planalto deve vetar o benefício para a maior parte dos setores, de forma a evitar uma renúncia fiscal elevada. Mas, segundo apurou o ‘Estado’, o governo deve criar uma mesa de negociação com os setores que ficaram de fora, com a promessa de que os benefícios virão no futuro.

"A lógica é a mesma da cesta básica", disse ontem (1º), sob a forma de anonimato, uma fonte do governo. A desoneração dos itens da cesta básica foi vetada pela presidente ainda em meados de 2012, depois que a medida foi inserida por parlamentares em uma medida provisória - à época, a presidente acusou pouco espaço fiscal para adotar a medida, somente lançada no mês passado.

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A ideia no governo é criar uma "moeda de troca" a ser oferecida aos setores que terão o benefício da desoneração da folha de pagamentos vetada.

Este é o caso das empresas dos setores de transporte coletivo, como ônibus, trens e metrô. Técnicos do governo apontam que podem prestigiar projeto do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que tramita em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, e que cria um regime especial de tributação para as empresas do setor. Com o regime, o governo aposta que os estímulos serão ainda maiores que por meio da folha de pagamentos apenas.

Opção

Um ponto polêmico que será decidido pela presidente é quanto a um mecanismo criado pelos parlamentares, e inserido no texto da MP, que permite às empresas dos setores contemplados com a desoneração da folha de pagamentos decidir, ano a ano, se vão recolher a contribuição previdenciária sobre o faturamento ou se preferem continuar recolhendo sobre a folha de pagamento.

O Ministério da Fazenda entende que esse instrumento seria confuso para a Receita Federal, mas técnicos do governo admitem a possibilidade de Dilma aceitar a criação do novo mecanismo, pois agradaria as empresas.

Os setores que receberem o sinal verde da presidente Dilma hoje (2) só terão o benefício dentro de 90 dias, para respeitar a legislação tributária, que exige o cumprimento de uma "noventena" para medidas do tipo. Assim, a maior parte desses estímulos entrará em vigor em agosto, o que adiará o impacto fiscal das medidas para o segundo semestre.

Originalmente, a MP previa a desoneração da folha a 15 segmentos - que serão sancionados pela presidente -, mas os parlamentares inflaram essa conta com outros 33 setores.

Além dos estímulos de desoneração da folha de pagamentos, a presidente vai sancionar hoje (2) também a prorrogação da depreciação acelerada (que reduz a carga de Imposto de Renda sobre o bem) de máquinas e equipamentos para dezembro deste ano. O governo também vai criar o Regime Especial de Tributação para a Indústria de Fertilizantes.

Com os estímulos, o governo espera garantir que o ritmo da economia não perca força entre o primeiro e o segundo trimestre. Segundo as estimativas mais recentes da equipe econômica, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu cerca de 0,9% no primeiros trimestre de 2013, na comparação com o último trimestre de 2012. Essa alta, de quase 4% anualizado, não deve se sustentar no segundo trimestre, avalia o próprio governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estão quase prontos os estudos para renegociar com o Ministério da Fazenda o patamar atual da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca. A informação foi dada à Agência Estado nesta segunda-feira pelo presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos), Lourival Kiçula. Estimulada pelo anúncio do governo, na semana passada, de que a redução do tributo federal para automóveis e caminhões será mantida até 2014, a Eletros também quer o benefício.

O anúncio da prorrogação da redução do IPI para automóveis e caminhões foi feito na noite de sábado (30) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois que a colunista Sônia Racy antecipou a notícia na edição do jornal O Estado de S.Paulo de quarta-feira (27). O imposto sobre carros e caminhões iria subir gradualmente a partir desta segunda-feira até chegar à alíquota normal em 1º de julho.

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Kiçula disse que o setor sempre pretendeu solicitar ao governo a extensão do benefício para a linha branca, mas observou que a indústria eletroeletrônica tem até o fim de junho para negociar. "Os trabalhos estão semiprontos, mas o ideal é começar as conversas à véspera do término do acordo. (Ainda) É muito cedo", afirmou o presidente da Eletros. "Mas você pode estar certo de que em junho bateremos na porta do Ministério da Fazenda para negociar."

Desde 1º de fevereiro último, a alíquota do IPI sobre os produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos), móveis, laminados, painéis de madeira, luminárias e papel de parede começou a subir.

O acordo, feito no final de dezembro de 2012, previa que os aumentos seriam graduais até que o imposto chegasse a uma alíquota intermediária em junho e integral em julho. Assim, o IPI sobre fogões que em 31 de janeiro era 0% subiu para 2% em fevereiro e a partir de julho voltaria a 4%. As geladeiras cujo IPI em 31 de janeiro era de 5%, subiu a 7,5% no mês passado e retomaria a alíquota normal de 15% em julho. O tanquinho, seguindo o mesmo calendário, saltaria de 0% para 2% e chegaria em julho com o IPI em 10%. O único item da linha branca que manteria a alíquota reduzida, em 10%, seria a máquina de lavar. A alíquota normal do IPI para a máquina de lavar é de 20%.

Brasília - Escolas particulares de ensino básico pedem a desoneração da folha de pagamentos para aumentar investimentos em educação. Representantes das instituições negociam com o governo federal um marco legal que os beneficie diretamente e pedem a inclusão dessas escolas na emenda que trata da desoneração das instituições superiores de ensino privadas, que está sendo discutida em comissão mista no Congresso Federal. De acordo com a  Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), a desoneração poderia gerar uma redução do valor das mensalidades.

A discussão começa com a Medida Provisória (MP) 582/12 que permite a alguns setores da economia substituírem a tradicional contribuição previdenciária, equivalente a 20% da folha salarial, por uma contribuição baseada em alíquotas de 1% a 2% da receita bruta, de 2013 a 2017. Com a aprovação da MP pelo Congresso, uma nova medida visa a ampliar os beneficiados, a MP 601/12 estende as desonerações a setores da construção civil e varejista, e, incluída a emenda do deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), a instituições privadas de ensino superior.

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Nesta quarta-feira (20), a comissão mista da MP 601/12 se reúne e as escolas privadas pressionarão para a inclusão das instituições. "O governo é capaz de estimular o consumo com a desoneração, por que não fazer o mesmo com a educação? Os valores podem ser transformados em bolsas de estudo, em aumento de salários ou mesmo na redução da mensalidade dos alunos", diz a presidenta da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), professora Amábile Pacios. Segundo ela, as escolas têm cerca de 70% do custo operacional em folha.

Representantes das instituições de ensino superior acreditam que a inclusão das escolas de ensino básico pode "complicar substancialmente". "É preciso separar as duas etapas. As necessidades são diferentes e devem ser feitos esforços diferentes para o ensino básico e para o ensino superior", diz a diretora executiva da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior (Abraes), Elizabeth Guedes. A associação representa grandes grupos de educação de capital aberto, como Estácio, Kroton, Devry Brasil, Anhanguera e Laureate.

Em relação ao ensino superior, Elizabeth diz que de 65% a cerca de 100% (no caso das instituições filantrópicas) das receitas das empresas é direcionada para a folha de pagamentos e que a desoneração representaria um aumento nos investimentos de até R$ 1 bilhão no ano. Segundo ela, deveria haver uma determinação legal de que esse investimento fosse feito em melhorias no ensino.

"Mesmo que as instituições declarem, informalmente, que direcionarão os investimentos para melhorias na educação, em nenhum momento se debate, dentro do projeto, a destinação. Pela nossa experiência, isso não vai acontecer, [o investimento] vai ser revertido em lucros para os donos das instituições, tanto no caso das instituições de ensino básico quanto de superior", diz a  coordenadora da secretaria de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Adércia Bezerra Hostin.

Também esta semana, a Contee se reúne para calcular o que se deixaria de arrecadar com as instituições de ensino básico. Em relação às de educação superior, a confederação informa que são beneficiadas com uma série de isenções. Com a Lei 12.688/12, com o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), as instituições podem renegociar as dívidas tributárias com o governo federal, convertendo até 90% do débito em bolsas de estudo, reduzindo o pagamento em espécie a 10% do total devido. As instituições puderam trocar R$ 25 bilhões em dívida por cerca de 560 mil bolsas de estudo. As renúncias fiscais com a adesão ao Programa Universidade para Todos (ProUni) devem chegar a R$ 1 bilhão, em 2013.

Escolas particulares de ensino básico pedem a desoneração da folha de pagamentos para aumentar investimentos em educação. Representantes das instituições negociam com o governo federal um marco legal que os beneficie diretamente e pedem a inclusão dessas escolas na emenda que trata da desoneração das instituições superiores de ensino privadas, que está sendo discutida em comissão mista no Congresso Federal. De acordo com a  Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), a desoneração poderia gerar uma redução de 45% do valor das mensalidades.

A discussão começa com a Medida Provisória (MP) 582/12 que permite a alguns setores da economia substituírem a tradicional contribuição previdenciária, equivalente a 20% da folha salarial, por uma contribuição baseada em alíquotas de 1% a 2% da receita bruta, de 2013 a 2017. Com a aprovação da MP pelo Congresso, uma nova medida visa a ampliar os beneficiados, a MP 601/12 estende as desonerações a setores da construção civil e varejista, e, incluída a emenda do deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), a instituições privadas de ensino superior.

Nesta quarta-feira (20), a comissão mista da MP 601/12 se reúne e as escolas privadas pressionarão para a inclusão das instituições. "O governo é capaz de estimular o consumo com a desoneração, por que não fazer o mesmo com a educação? Os valores podem ser transformados em bolsas de estudo, em aumento de salários ou mesmo na redução da mensalidade dos alunos", diz a presidenta da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), professora Amábile Pacios. Segundo ela, as escolas têm cerca de 70% do custo operacional em folha.

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Representantes das instituições de ensino superior acreditam que a inclusão das escolas de ensino básico pode "complicar substancialmente". "É preciso separar as duas etapas. As necessidades são diferentes e devem ser feitos esforços diferentes para o ensino básico e para o ensino superior", diz a diretora executiva da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Educação Superior (Abraes), Elizabeth Guedes. A associação representa grandes grupos de educação de capital aberto, como Estácio, Kroton, Devry Brasil, Anhanguera e Laureate.

Em relação ao ensino superior, Elizabeth diz que de 65% a cerca de 100% (no caso das instituições filantrópicas) das receitas das empresas é direcionada para a folha de pagamentos e que a desoneração representaria um aumento nos investimentos de até R$ 1 bilhão no ano. Segundo ela, deveria haver uma determinação legal de que esse investimento fosse feito em melhorias no ensino.

"Mesmo que as instituições declarem, informalmente, que direcionarão os investimentos para melhorias na educação, em nenhum momento se debate, dentro do projeto, a destinação. Pela nossa experiência, isso não vai acontecer, [o investimento] vai ser revertido em lucros para os donos das instituições, tanto no caso das instituições de ensino básico quanto de superior", diz a  coordenadora da secretaria de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Adércia Bezerra Hostin.

Também esta semana, a Contee se reúne para calcular o que se deixaria de arrecadar com as instituições de ensino básico. Em relação às de educação superior, a confederação informa que são beneficiadas com uma série de isenções. Com a Lei 12.688/12, com o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), as instituições podem renegociar as dívidas tributárias com o governo federal, convertendo até 90% do débito em bolsas de estudo, reduzindo o pagamento em espécie a 10% do total devido. As instituições puderam trocar R$ 25 bilhões em dívida por cerca de 560 mil bolsas de estudo. As renúncias fiscais com a adesão ao Programa Universidade para Todos (ProUni) devem chegar a R$ 1 bilhão, em 2013.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Edmundo Klotz, afirmou nesta quinta-feira que ainda não é possível apresentar os porcentuais de redução dos preços da indústria ao varejo em função da desoneração da cesta básica. "Os cálculos de impacto sobre os preços dos produtos desonerados são complexos, pois envolvem particularidades tributárias dentro das diversas Cadeias Produtivas, bem como questões adjacentes, como por exemplo a geração e o desconto de créditos presumidos", explicou, por meio de nota. Mas garantiu que a indústria de alimentos se comprometeu com o governo e com a sociedade a repassar ao consumidor todo e qualquer benefício gerado pela medida.

"As medidas adotadas pelo Governo Federal para reduzir a zero o PIS/Cofins e o IPI de produtos de amplo consumo no País são percebidas pela indústria de alimentos como acertadas e fundamentais para combater a alta da inflação e ampliar o poder aquisitivo do consumidor brasileiro", destacou. Segundo ele, as reuniões com o ministério da Fazenda têm sido diárias, desde segunda-feira (11), para dirimir dúvidas sobre a operacionalidade das medidas que desoneraram a cesta básica e, assim, compreender a redução real dos preços da indústria.

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A desoneração de oito itens da cesta básica anunciada pelo governo na sexta-feira (08) deve dar uma folga de cerca de R$ 10 no bolso do consumidor. Isso é o que mostra uma simulação feita por Clóvis Panzarini, ex-coordenador de Política Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e hoje consultor especializado em tributação.

A pedido do jornal O Estado de S. Paulo, ele fez uma simulação do impacto das desonerações na cesta básica calculada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede o custo de vida na cidade São Paulo.

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No mês passado, o último dado disponível, o paulistano que mora em bairros da zona oeste desembolsava R$ 351,11 pela compra de 51 produtos da cesta básica de consumo. Com as desonerações anunciadas para oito produtos (carnes, café, óleo de soja, manteiga, creme dental, papel higiênico açúcar e sabonete), o desembolso deve ser reduzido para R$ 341. Uma diferença de R$ 10,11 ou uma redução de 2,88% no gasto mensal.

Já o paulistano que mora em bairros do extremo da zona leste, que inclui Itaquera e Itaim Paulista, por exemplo, deve economizar um pouco menos com o corte de impostos: R$ 9,47 por mês, ou 2,85%.

A simulação foi feita com base na hipótese de que a totalidade do corte de imposto seja repassada ao consumidor. A cesta da Fipe considera a lista de compras de uma família de quatro pessoas, com renda mensal familiar entre um e dez salários mínimos, isto é, de até R$ 6.780.

"O maior ganho da desoneração é político", afirma Panzarini. Ele observa que o impacto macroeconômico da desoneração na liberação de sobra de recursos no bolso do consumidor para a compra de outros bens e serviços é praticamente irrisório. "Com essa sobra não dá para comprar um quilo de carne", observa o consultor.

Já do ponto de vista da inflação, ele acredita que o reflexo será favorável. De toda forma, Panzarini ressalta que não acredita que a desoneração será integralmente repassada para o consumidor. "Essa hipótese é pouco provável."

A simulação considerou a cesta básica adquirida pelas famílias em dois polos opostos da cidade. Nos bairros da zona oeste mora uma população predominantemente mais abastada. Já nos bairros dos extremos da zona leste predominam as famílias de menor renda.

Distorção

Para Panzarini, uma distorção apontada pelos resultados da simulação é que toda vez que há desonerações de impostos indiretos os consumidores mais abastados são privilegiados, pois compram maiores quantidades de produtos.

A simulação mostra, por exemplo, que a economia das famílias que residem na zona oeste da cidade de São Paulo seria de R$ 10,11 por mês. O resultado é R$ 0,64 maior do que o obtido na zona leste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A desoneração dos preços de alimentos determinado pela presidente Dilma Rousseff já reflete no Mercado São Sebastião, em Fortaleza (CE), maior polo gastronômico popular da capital cearense. O prato mais vendido no São Sebastião, a buchada de bode - feita com os miúdos do animal - pode ser encontrada com um preço 20% menor do que o verificado na semana passada antes do anúncio da presidente Dilma. O prato teve uma redução de R$ 5,00 para R$ 4,00.

O vereador Acrísio Sena (PT), frequentador assíduo no Mercado, e autor do projeto de lei que cria oficialmente o polo gastronômico do São Sebastião, comemorou a medida da presidente Dilma Rousseff. "Agora podemos comer nossa buchada a um preço bem popular. A nossa buchada rica em nutrientes é um prato que serve de almoço e até de jantar para grande parte da nossa população e agora com um preço mais em conta ficou melhor ainda", festeja Sena que não dispensa uma buchada pelo menos uma vez por semana.

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Ele lembra que o preço menor serve também para atrair os turistas que virão para assistir em Fortaleza aos jogos da Copa das Confederações em junho próximo e da Copa do Mundo de 2014. "É um atrativo a mais sim, pois não podemos explorar o turista, mas sim o turismo com preços bons para que ele conheça a nossa culinária popular", destaca.

Os comerciantes de pontos de alimentação do São Sebastião revelam que com o preço menor do prato de buchada as vendas cresceram em pelo menos 30%. "Com o preço dos miúdos de bode menor a gente pode repassar para o consumidor e isso aumentou o número de pessoas e com maior frequência comendo buchadas", afirma a dona de uma lanchonete no São Sebastião, Maria José de Oliveira, que média vendia 30 pratos de buchada e agora está fazendo até 40 refeições.

Além do preço do prato de buchada com a desoneração anunciada pela presidente Dilma caíram os preços dos pratos de panelada (miúdos de boi), sarrabulho (miúdos de carneiro) e o gostosinho (carne bovina moída com cuscuz). Os novos preços cobrados por estes pratos estão até 25% mais baratos do que os verificados antes do anúncio de Dilma na sexta-feira passada. Um prato de panelada que saia a R$ 6,00 agora custa R$ 5,00. Um prato de sarrabulho caiu de R$ 4,00 para R$ 3,00. Já uma porção de gostosinho que era vendida a R$ 3,50 agora custa R$ 3,00.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informa que o processo de desoneração vai continuar este ano, em 2014 e "assim sucessivamente" até que a carga fiscal seja compatível com a competitividade do País. "A rigor, os tributos estão diminuindo há alguns anos, embora a carga continue um pouco elevada", admitiu o ministro.

Em seguida, salientou que a carga continua elevada porque há uma formalização maior da economia. "Mais gente está pagando tributos, então isso (desoneração) não aparece", afirmou Mantega a jornalistas nesta segunda-feira, depois de reunião com empresários para cobrar o repasse da desoneração de tributos federais para produtos da cesta básica, anunciada pela presidente Dilma Rousseff na última sexta-feira (08).

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Mantega foi questionado sobre a diferença da desoneração para o consumidor final apresentada pela presidente Dilma Rousseff (de 9,25% a 12%) e o que os empresários falaram à imprensa na saída do encontro com o ministro (de 3% a 6%). "Quando termina um tributo, não tem como aproveitar (integralmente) na ponta (ao consumidor)", afirmou. Ele disse que são questões setoriais que precisam ser resolvidas para que o efeito seja o mais próximo dos valores mencionados pela presidente. "A tendência é que a maioria chegue próximo de 9%."

De acordo com Mantega, o impacto da desoneração dos produtos da cesta básica deve chegar a R$ 5,5 bilhões neste ano. Ele ressaltou que a medida será permanente e que, em 2014, o impacto será de R$ 7,4 bilhões.

Folha de pagamento

O governo analisa a inclusão de mais setores para o benefício da desoneração da folha de pagamento. "Estamos generalizando, já são 40 setores que não pagam mais contribuição patronal do INSS, e estamos examinando novos, que também demandaram", declarou o ministro.

Mantega acrescentou que existem desonerações prontas, mas que não puderam sair porque o Orçamento ainda não foi aprovado. "Sem isso, não podemos reduzir PIS/Cofins de outros produtos que já estão na pauta."

Segundo ele, as desonerações feitas pelo governo em 2012 totalizaram R$ 45 bilhões e, neste ano, serão R$ 53 bilhões. "Isso é bom porque torna o produto brasileiro mais competitivo para a indústria e mais barato para o consumidor."

Seguindo o anúncio de desoneração dos impostos federais sobre produtos da cesta básica, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) informou que começará a vender os itens com preços reduzidos a partir desta segunda-feira (11). O porcentual de redução de preços que chegará ao consumidor não foi divulgado.

"O GPA garante a aplicação da desoneração de impostos a todos os produtos compreendidos na MP 609. Além dessa medida, negociações comerciais e políticas promocionais interferem na precificação das mercadorias e podem incidir em descontos adicionais, o que inviabiliza a fixação de um porcentual único e generalizado como padrão de redução dos preços", disse o grupo por meio de sua assessoria de imprensa. A redução será aplicada nas lojas Pão de Açúcar e Extra e nas vendas online.

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A presidente, Dilma Rousseff, anunciou a isenção de PIS/Confins na última sexta-feira, em pronunciamento em cadeia nacional. A presidente disse, durante o anúncio, que espera contar" com os empresários para que isso signifique uma redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha, e de 12,5% na pasta de dentes, nos sabonetes, entre outros.

A presidente Dilma Rousseff anunciou na noite desta sexta-feira um novo pacote para baixar preços de produtos da cesta básica, da mesma forma que fez recentemente com as contas de luz. São duas medidas que atacam frontalmente a alta dos preços.

Em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Dilma anunciou a isenção de impostos federais em todos os produtos da cesta básica. A renúncia fiscal é de R$ 7,386 bilhões por ano, com a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e PIS/Cofins sobre os itens da cesta. Neste ano, o governo está abrindo mão de uma receita de R$ 5,540 bilhões.

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Com os tributos zerados, Dilma afirmou que espera "contar" com os empresários para que isso signifique uma redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha, e de 12,5% na pasta de dentes, nos sabonetes, entre outros. O pacote desta noite reduz o PIS/Cofins de 9,25% para zero das carnes, café, óleo, manteiga, açúcar e papel higiênico. A pasta de dente e o sabonete, que eram tributados em 12,5%, também teve alíquota de PIS/Cofins zerada. Além disso, no caso do açúcar e sabonete, o IPI cai de 5% para zero. Os demais produtos da cesta básica (leite, feijão, arroz, farinha de trigo ou massa, batata, legumes, pão e frutas) tinham PIS/Cofins e IPI zero.

A presidente demonstrou forte desejo que a medida ajude a derrubar os preços na economia. Dilma falou da inflação de forma indireta, ao mandar um "recado" para os produtores e comerciantes: "Vocês logo vão perceber que essa medida trará uma forte redução nos seus custos, e isso vai dar margem para a expansão dos seus negócios".

Dilma afirmou que governa o País com a "mesma responsabilidade" que uma mulher e o marido governam a sua casa. "É por isso que não descuido um só momento do controle da inflação, pois a estabilidade da economia é fundamental para todos nós."

No discurso, a presidente frisou que os juros alcançaram, sob a sua administração, os níveis "mais baixos" da história do País e também destacou a redução na conta de luz, anunciada no pronunciamento anterior, no dia 23 de janeiro.

"Com mais esta redução de despesas, você vai poder equilibrar um pouquinho melhor o seu orçamento doméstico. Para que a medida seja ainda mais benéfica, definimos um novo formato da cesta básica de alimentos. Esse formato respeita seus hábitos de alimentação e de higiene, além de priorizar os alimentos de mais qualidade nutritiva, o que vai trazer mais saúde para você e para a sua família", afirmou a presidente.

Defesa do consumidor

A presidente anunciou ainda que, na próxima sexta-feira (15), o governo vai divulgar um pacote de medidas "que transformarão a defesa do consumidor em uma política de Estado no Brasil". Dilma prometeu a criação de novos instrumentos legais "para premiar as boas práticas e punir as más". Além disso, garantiu que vai reforçar estruturas de defesa dos consumidores já existentes, como os Procons.

"O Brasil vai fiscalizar com mais rigor, aplicar multas mais adequadas, vai conscientizar empresas, consumidores e toda a sociedade sobre as vantagens, para todos, da melhoria das relações de consumo", declarou.

O PSDB questionou a desoneração dos impostos federais sobre a cesta básica, anunciada na noite desta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff em rede nacional, alegando que a ideia foi apresentada pelos tucanos em setembro de 2012. Em nota distribuída à imprensa, o presidente da legenda, deputado federal Sérgio Guerra, disse que seu partido esperava "humildade" da presidente para que ela pedisse "desculpas" à população por ter vetado a proposta tucana no ano passado.

"Esperávamos que a presidente Dilma Rousseff tivesse a humildade de se desculpar com a população brasileira por ter vetado, em setembro passado, a iniciativa do PSDB, aprovada pelo Congresso, que isentava de impostos a cesta básica. Se não tivesse vetado a emenda aprovada, o benefício de produtos mais baratos já teria chegado à mesa dos brasileiros meses atrás", escreveu Guerra.

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O PSDB voltou a chamar Dilma de "candidata" pelo anúncio. "Mais uma vez, falou a candidata e não a presidente da República, que perdeu a oportunidade de explicar ao País as razões do recrudescimento da inflação que temos vivido", prosseguiu. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta manhã, mostrou que a inflação aumentou 0,60% em fevereiro.

Para Guerra, nessa velocidade o governo deve estourar o teto da meta de inflação - de 6,5% - já neste mês. "A maior conquista da sociedade brasileira nas últimas décadas, que foi exatamente a estabilidade monetária, está claramente colocada em risco pela má condução da política econômica do governo."

A desoneração de impostos federais de todos os produtos da cesta básica, anunciada na noite desta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff, deve aliviar as pressões sobre a taxa oficial de inflação, dizem consultores. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ameaçava romper o teto da meta do governo, que fixa em 4,5% a inflação anual com tolerância de dois pontos porcentuais.

"Com o IPCA de fevereiro em 0,60%, algumas projeções diziam que a meta (de inflação) iria estourar já em março. Era uma tendência de rompimento no curto prazo. Acho que (a desoneração) é o suficiente para não estourar em março", disse Rafael Cortês, economista da consultora Tendências.

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O economista explica que a redução de 9,25% do PIS/Cofins sobre os alimentos representa entre 0,3 e 0,4 ponto porcentual no IPCA, o que justifica a redução na pressão inflacionária. "Isso ajuda a inflação a correr mais próximo do centro da meta", comentou.

A desoneração dos produtos da cesta básica trará um alívio de 0,40 ponto porcentual para o IPCA, conforme o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges.

O governo alterou a lista de produtos do conjunto de itens básicos, utilizando como base a cesta do Dieese que tem 13 itens, acrescentou mais seis produtos, inclusive de higiene e limpeza. Com isso, o impacto passa a ser de a partir 0,40 ponto porcentual. "Nós já desconfiávamos que a presidente fosse alterar a composição da cesta introduzindo produtos de higiene e limpeza na lista", afirmou o economista.

O cálculo do economista da LCA está condicionado ao repasse integral do desoneração do PIS/Cofins para os preços. Borges dá como quase certo que no segmento de carnes o repasse será integral. No começo do ano passado, o governo alterou a estrutura tributária do setor de forma que os açougues ganharam mercado dos setores de hiper e supermercados. "Agora, para recuperar market-share perdido pelos açougues, os hiper e supermercados deverão repassar a desoneração integralmente", estimou.

Taxa de Juros

Borges acredita que com essa desoneração da cesta básica, o Banco Central poderia até prorrogar uma eventual elevação da taxa básica de juros para controlar a inflação e desistir de um aperto monetário já em abril, como esperam alguns agentes do mercado. Borges avalia, no entanto, que o BC vai atuar mesmo assim para recuperar parte da credibilidade. Portanto, a redução do preço da cesta não será suficiente para evitar aumentos de juros neste ano.

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações afirmou que a desoneração dos smartphones deve ocorrer durante este mês. Segundo o Bernardo, o atraso aconteceu por causa do Tribunal de Contas da União (TCU).

Ainda de acordo com Bernardo, a presidente Dilma Rousseff tem cobrado, enfaticamente, que as obras de infraestrutura para as telecomunicações recebam o mesmo tratamento dado a outras áreas, como o transporte.

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Em relação a rede 4G o ministro afirmou que independentemente das dificuldades para instalar a infraestrutura, a rede deverá começar a funcionar em 30 de abril nas seis cidades que sediarão a Copa das Confederações. Bernardo acrescentou que as companhias se comprometeram em contrato.

 

O governo encaminhou ao Congresso Nacional um adendo à proposta de Orçamento deste ano, incluindo mais R$ 10,5 bilhões de previsão de abatimento da meta fiscal com desonerações. Em dezembro do ano passado, a União já havia encaminhado uma previsão de R$ 10,1 bilhões de desonerações. Com o adicional incluído nesta terça-feira, o valor previsto pelo governo de perda de receitas com desonerações será de R$ 20,6 bilhões.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia anunciado no mês passado que o governo encaminharia ao Congresso uma solicitação para que fosse permitido um abatimento da meta de superávit fiscal no valor de R$ 20 bilhões referentes a novas desonerações que poderão ser realizadas neste ano como, por exemplo, a mudança nas regras para a cobrança de PIS e Cofins, redução de tributos para a cesta básica e inclusão de novos setores na desoneração da folha de salários. Com isso, o abatimento do governo da meta fiscal pode chegar a mais de R$ 65 bilhões, já que há uma previsão de investimentos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) de R$ 45 bilhões.

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Durante um evento da Ericsson em São Paulo nesta quarta-feira (21), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que brasileiros irão poder comprar smartphones baratos já no próximo mês. As reduções de preços estão relacionadas a Lei do Bem, que segundo o ministro será aprovada em breve. 

A lei deveria ter sido regulamentada em outubro, porém mesmo com o atrás, o ministro afirmou que há garantias de que a mesma será despachada antes do final do ano.

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Segundo Bernardo, a Positivo teria anunciado o lançamento dos primeiros smartphones a R$ 220. Valor 10% superior ao preço sugerido pelo governo. 

"Existe demora. Nesta questão dos smartphones temos que fazer um trabalho de convencimento na parte fiscal, algo que não é fácil. Mas, com certeza, vai sair. Estamos a ponto de resolver isso", afirmou o ministro. 

Paulo Bernardo também reforçou o fato de que o governo deixará de arrecadar R$ 500 milhões por ano pela Lei do Bem, e R$ 6 bilhões na desoneração da construção de redes, no período em que a redução fiscal estiver em vigor. 

Desoneração 

Segundo o ministro das Comunicações, a Lei do Bem cortará cerca de 9,25% de tributos das empresas que já estão instaladas no Brasil. Já as novas empresas poderão se beneficiar com a redução de cerca de 15% do IPI. O objetivo do governo é baratear custos de produção e de venda. 

"Na verdade, este será um benefício para o consumidor. Na hora de vender que eles deixarão de colocar os impostos. Acho que vai melhorar bastante os preços por aqui", finalizou. 

130 milhões de smartphones 

Paulo Bernardo também se mostrou otimista em relação ao futuro do mercado móvel no país. Segundo o ministro, o Brasil terá 130 milhões de smartphones em 2014, graças a novos investimentos em rede no território nacional. 

Atualmente, cerca de 16% dos brasileiros possuem um telefone inteligente

O presidente da Ericsson para a América Latina, Sérgio Quiroga, declarou que a previsão da companhia é que o tráfego em aparelhos móveis irá dobrar anualmente até 2018. Segundo Quiroga, a previsão é de que o país tenha mais de 6,6 bilhões de assinaturas móveis no mundo. 

"A infraestrutura no Brasil está em condições complicadas, mas estamos com sinal verda para desonerar impostas na construção das redes. Precisamos de de criatividade para conseguirmos realizar tudo o que queremos, já que o país é grande e tem diversidade geográfica. Quase 60% dos território nacional, por exemplo, fica em regiões de difícil acesso", comentou o ministro.

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