Tópicos | Dia Mundial do Alzheimer

O Dia Mundial do Alzheimer é celebrado na próxima terça-feira (22) para recordar a ampla repercussão que tem este tipo de demência no mundo, sem um tratamento à vista.

A pessoa que sofre de Alzheimer perde lenta e irremediavelmente sua memória e capacidade de julgamento, um declínio que geralmente dura vários anos.

Ao menos 30 milhões de pessoas são afetadas por essa doença em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um número impreciso, porque a distinção entre Alzheimer e outros tipos de demência, às vezes por acidentes vasculares, não está clara.

Como as outras demências, a doença de Alzheimer representa um dos principais problemas da saúde pública, porque as pessoas afetadas perdem sua independência e se tornam um peso familiar e financeiro.

É um problema grave para os países desenvolvidos, que têm uma população envelhecida, já que a doença surge principalmente a partir dos 65 anos. As mulheres são mais afetadas do que os homens.

A doença - nomeada pelo médico alemão Alois Alzheimer, que a diagnosticou no início do século XX - se distingue das outras demências por dois aspectos.

O primeiro fenômeno é a formação de placas de proteínas, denominadas amiloides, que comprimem os neurônios do paciente e os destroem a médio prazo.

A outra característica vem das proteínas conhecidas como 'tau'. Também presentes nos neurônios, começam a se agrupar e também acabam provocando a morte das células afetadas.

Não se sabe ainda qual a relação entre ambos os processos, nem por que aparecem. Apesar de décadas de pesquisa, não existe nenhum tratamento que permita curar a doença, ou evitar sua aparição.

Um tratamento do laboratório americano Biogen, voltado para as proteínas amiloides, foi aprovado a título experimental este ano para alguns casos, nos Estados Unidos. No entanto, seus efeitos terapêuticos são alvo de polêmica.

Outro debate gira em torno da prevenção da doença, que muito raramente apresenta um componente hereditário.

Os especialistas detectaram uma dúzia de fatores de risco, entre eles a surdez, o nível de escolaridade, o tabagismo, a depressão e o isolamento.

Os autores de um estudo de 2020 calcularam que 40% das demências poderiam ser evitadas e atrasadas se fosse realizado um trabalho de prevenção desses sintomas. Este número, no entanto, é criticado por outros pesquisadores, que o consideram muito simplista.

Como forma de conscientização à doença neurodegenerativa que provoca diminuição das funções cognitivas, o Alzheimer, esta segunda-feira (21) marca o dia mundial da doença que acomete, normalmente, pessoas com mais de 60 anos, fato que dificulta o diagnóstico precoce. 

A doença que atinge 1,2 milhão de pessoas no Brasil, chega ao número de 35,6 milhões no mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) ainda não teve sua causa identificada, no entanto possui sintomas marcantes como é o caso dos esquecimentos, principalmente, de fatos recentes, indício do início da doença e motivo pelo qual pode ser confundido com processo natural do envelhecimento. Esta confusão pode retardar a investigação do Alzheimer.  

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O diagnóstico precoce é de extrema importância, pois possui três estágios: inicial, intermediário e avançado. A doença acomete, normalmente, em pessoas acima dos 60 anos, no entanto, após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos. De acordo com Carolina Cunha, chefe da Neurologia do Hospital Esperança Recife, uma avaliação clínica, investigando, também, o histórico do paciente, além da realização de exames para a exclusão de outras doenças, é necessária para que o Alzheimer seja identificado. Quanto mais rápido ela for identificada, maiores as chances de que os sintomas – como a perda da orientação, atenção, autonomia e linguagem - sejam controlados e o avanço da doença seja retardado.  

Segundo a neurologista, esses pacientes precisam de bastante compreensão por parte da família, visto que a doença para a doença não há cura e tem evolução, por isso, ela alerta que sejam tomados cuidados com alimentação, higiene e segurança. Os idosos que possuem Alzheimer tornam-se muito dependentes, têm mudanças de repentinas de humor e esquecem de como se realizam atividades primárias, por isso, a atenção com essas pessoas deve ser redobrada, além de que é preciso se dispor a dar carinho e atenção a esses doentes. 

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