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O presidente do Eurogrupo e ministro de Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, pediu que o governo de Portugal continue comprometido com o programa de resgate internacional, apesar do aumento da incerteza política no país abalado por uma recessão econômica.

"Acredito que a situação vai se estabilizar e que o governo português permanecerá comprometido com o programa", disse a autoridade ao Comitê Financeiro do Parlamento holandês. "A situação é preocupante. Então estou pedindo que Portugal tenha responsabilidade", acrescentou.

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O governo português entrou em uma crise ontem, depois que o ministro de Relações Exteriores, Paulo Portas, renunciou ao cargo em protesto contra as políticas de austeridade adotadas no país. Antes dele o ministro de Finanças, Vitor Gaspar, havia renunciado por não ter apoio para implementar as medidas determinadas pelo programa de resgate. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, alertou que o Chipre impõe um risco sistêmico para a zona do euro e disse que o sistema bancário da ilha precisa de uma reforma completa, com recapitalização e redução de tamanho. Dijsselbloem, que também é ministro de Finanças da Holanda, destacou que existe um compromisso para ajudar o Chipre.

"Na presente situação eu acho que definitivamente existe um risco sistêmico e eu acho que a turbulência dos últimos dias provou isso, infelizmente", declarou Dijsselbloem. "Ainda é uma situação muito frágil e a última semana infelizmente mostrou quão frágil a confiança está, embora os danos tenham sido muito limitados", disse.

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Dijsselbloem afirmou que assume "responsabilidade total" pelo controverso pacote de resgate anunciado nas primeiras horas do sábado, que incluiu uma taxação extraordinária para os pequenos depositantes e foi unanimemente rejeitado pelos políticos cipriotas na noite de terça-feira. Segundo Dijsselbloem, o acordo era um esforço para alcançar um compromisso que tentasse combinar demandas por um limitado mas sustentável plano de resgate para a ilha com a participação dos depositantes no ônus da dívida.

"Foi uma decisão conjunta e, se alguém tem de assumir responsabilidade por isso, sou eu", disse. "Isso era justo porque o ônus para os depositantes menores era menor do que o ônus para os depositantes maiores. Eu pessoalmente esperava que o pacote fosse mais justo", disse. Dijsselbloem afirmou que espera que os parlamentares cipriotas trabalhem em um novo plano de resgate que coloque menos pressão sobre os depositantes menores.

"Eu espero fortemente que essa nova proposta tenha um equilíbrio mais justo", disse. Dijsselbloem acrescentou que os 17 países da zona do euro sentiram que era "muito importante ter um compartilhamento justo do ônus", o que significa que deveria haver um ônus maior para os depositantes com mais de 100 mil euros no banco, com uma proteção aos depósitos abaixo desse valor.

Dijsselbloem comentou que provavelmente era inevitável que algum tipo de taxação fosse imposta sobre os depósitos bancários e indicou que alguns elementos do pacote provavelmente permanecerão. Sob o pacote oferecido pelos países da zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), a ilha tem de levantar 5,8 bilhões de euros para poder receber 10 bilhões de euros em ajuda. As informações são da Dow Jones.

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