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Ainda não se trata de um disco conceitual, de estúdio, com músicas inéditas. Mas Tudo se Transformou, gravado ao vivo em 2012, em São Paulo, pode ser chamado de marco na vida de Zizi Possi por ser ele seu retorno depois de um período de perdas e dores profundas. Ela refaz Explode Coração, de Gonzaguinha; canta Contrato de Separação, de Dominguinhos e Anastácia; e repassa Disparada, de Geraldo Vandré e Theo de Barros, e Morena dos Olhos D’Água, de Chico Buarque. A bela No Vento, de Necka Ayala, é a única inédita. Um show de lançamento será feito no próximo dia 19, na casa Net, do Shopping Vila Olímpia.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Zizi conta de seu drama depois de fazer uma cirurgia na coluna em que algo deu errado. "As dores eram terríveis." Olha para trás e observa as transformações de uma indústria que há muito tempo não é mais de música, mas de diversão. "Me sinto só." Diz que os egos que podem levar uma cantora a não regravar algo que outra já gravou podem tirar as grandes oportunidades da vida. "Quantas pessoas já não cantaram Under My Skin?" E conta o que mais aprendeu para conseguir sair das depressões depois das perdas recentes de seus familiares. "Eu gosto de muitas coisas, mas não posso ter tudo o que eu gosto."

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na próxima segunda-feira (11), a banda Foo Fighters irá revelar detalhes sobre o seu novo álbum de estúdio, ainda sem nome, que terminou de ser gravado no fim de julho. Para deixar os fãs ainda mais animados, o grupo postou em seu canal do Youtube um vídeo de oito segundo – intitulado de 8 – mostrando uma caixa de som. Dela onde sai o som de David Grohl gritando em uma voz gutural “all rise” (todos de pé, em tradução livre).

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Este novo trabalho da banda, que deve chegar às lojas em novembro, será o oitavo disco da carreira do Foo Fighters e eles resolverem usar o número para dar dicas ao público sobre o CD. Eles deram oito coordenadas geográficas para que os fãs achassem imagens espalhadas pelos Estados Unidos. As fotos mostram as oito cidades em que o álbum foi gravado - Seattle, Chicago, Nova York, Hollywood, Washington D.C., Austin, Nova Orleans e Nashville – e no centro um grande oito.

Em 2011, o grupo de heavy metal Judas Priest, após 40 anos de estrada, chegou a São Paulo com a turnê Epitaph e o vocalista Rob Halford disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo: "Andamos excursionando excessivamente nos últimos anos, por isso consideramos que essa é uma turnê de despedida. Nós queremos fazer os melhores shows, eu quero sempre estar fisicamente impecável, no melhor da minha voz. Nunca tínhamos cancelado um show antes, e tivemos de fazer isso em Nova York outro dia. É preciso dar um tempo para que os fãs tenham sempre o melhor. Mas o Judas Priest estará sempre por aí".

Três anos depois, o Judas Priest volta ao centro do incêndio do metal com um novíssimo disco, Redeemer of Souls (que a Sony Music está colocando nas lojas essa semana no Brasil). Um grande disco de metal, simples e direto e com grande reverência ao som clássico, old school do Priest. Resta agora esperar que também tenha sido um blefe a história de não mais fazer turnês globais.

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Pela primeira vez como compositor, o mais jovem integrante do grupo, o guitarrista Richie Faulkner, é co-autor das faixas, é também arranjador e participa ativamente da composição. A banda ainda tem o baixista Ian Hill e o baterista Scott Travis.

Em algumas músicas do novíssimo álbum, o grupo chega a se aproximar do blues rock, como em Beginning of the End. Uma balada de metal como havia anos não se fazia no gênero. Mas, em geral, é o peso que domina.

A primeira faixa, Dragonauta, abre com sons de explosões de canhões (ou trovões, ou ainda fogos de artifício, como se vê num show do Priest). Os solos de Glenn Tipton soam como as guitarras de um petardo histórico da banda, Between the Hammer & the Anvil (de Painkiller). Battle Cry soa como um primo desviado do Iron Maiden, com um riff de guitarra perturbado abrindo a homilia vocal de Halford. Fantástico.

As guitarras de Faulkner e Tipton e a saraivada de bateria de Sword of Damocles reavivam o melhor da grandiloquência do metal clássico, com o tema clássico grego, a representação da insegurança dos que possuem grande poder, por conta da iminência de perderem o poder.

Todo grande grupo tem um disco inimitável. O do Judas Priest foi Painkiller, de 1990 (antes, já tinham feito dois grandes clássicos, British Steel, de 1980, e Screaming for Vengeance, de 1982). Mas Painkiller já era em si também um retorno ao melhor som da banda dos anos 1970 e um manifesto do que seria conhecido como speed metal.

Redeemer of Souls não irá tão longe, mas o mais legal é que também não se afasta do ideário mais elevado de Halford & Cia. O CD tem 13 faixas (mas a gravadora anuncia ainda 5 faixas-bônus).

Rob Halford é um dos personagens mais importantes da cena do metal por vários motivos. O principal é por conta de sua performance cênica de vigor e notável senso de humor nos shows. Em 1998, ele também se tornou o primeiro grande ídolo de heavy metal a assumir publicamente sua homossexualidade. Foi provavelmente o último a ter coragem de fazer isso no gênero. "Imagino que seja difícil em todas as atividades. Há muitas coisas horríveis acontecendo, gays sendo brutalmente atacados, seja em lugares extremistas ou em lugares ditos civilizados, como no Leste Europeu e em São Paulo. Há uma homofobia e atos de irracionalidade em todo lugar. Os gays sempre estiveram no heavy metal, não é uma situação nova. Assim como estão no futebol. Mas a minha declaração foi pessoal, não posso cobrar dos outros. Há razões pessoais que temos de respeitar. Sabemos que há gays em todas as áreas, gays ocupam cargos importantes nos governos, nas empresas, no esporte, nas artes. E eu acho que é uma situação estranha viver fingindo que se é heterossexual, o estereótipo é um erro que se comete. No heavy metal, isso era ainda mais tabu, e eu continuo a ter orgulho de representar o movimento gay no metal. Não preciso afirmar isso continuamente, mas tenho orgulho. É mais ou menos como dizer: 'Hey, eu sou um cantor de heavy metal, e eu sou hetero'. Ninguém diz isso, não faz sentido. Não é uma escolha, é o que eu sou. Mas, na circunstância social em que vivemos, acaba sendo importante, por ajudar a derrubar a opressão. Vivemos uma era de grande intolerância racial, sexual, religiosa. É preciso ser inteligente e abraçar a humanidade", ele disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

"O que eu aprendi é que devem ser respeitadas as decisões individuais. Os rumores podem ser fatos, mas também podem ser apenas rumores. É claro que, quando você assume que é gay, aqueles que falavam por trás de você acabam sendo desarmados, não têm mais o que dizer. Meu público foi rápido em sua decisão. Eles me disseram: 'Hey, Rob! Nós não nos importamos, quando você canta é a nossa voz, isso é que importa'".

A voz do metal está de novo na área.

Os artistas estão bem ousados na hora de criarem capas para seus discos e singles. Depois da cantora Nicki Minaj mostrar seu bumbum super avantajado para a capa da música Anaconda, usando uma calcinha fio dental, agora foi a vez do cantor Lenny Kravitz sensualizar.

Lenny postou em seu Twitter a imagem que será a capa do single Sex que, segundo ele, será lançado em breve. A foto dá um close nas partes de baixo de Lenny Kravitz, que está usando uma calça bem apartada deixando tudo bem marcado e delineado. Sex faz parte do novo álbum do cantor, Strut, que deve chegar às lojas no final de setembro.

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No próximo dia 28 de julho, a cantora e compositora Anelis Assumpção irá lançar seu novo disco – Anelis Assumpção e os Amigos Imaginários. O CD estará disponível online, em diversas plataformas como o iTunes, Deezer, Spotify, Youtube e Grooveshark. Com 12 faixar, o álbum mescla influências de dub, reggae, afrobeat, rap, música de cabaré, samba e bossa nova e terá participações de vários artistas brasileiros, como Céu e Thalma de Freitas.

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Anelis Assumpção e os Amigos Imaginários foi produzido pela própria cantora e a colaboração dos músicos Bruno Buarque, Cris Scabello, MAU e Zé Nigro, que fazem parte da banda que acompanha Anelis desde o começo da carreira solo. 

Onde quer que esteja Chico Science, deve estar orgulhoso dos rapazes da Nação Zumbi. Para além do debate do que é e se tornou o manguebeat na história, os rumos da banda recifense sempre estiveram em consonância com o espírito vanguardista de seu mentor. "Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar" é o lema que segue dando sentido existencial para Jorge Du Peixe (vocais), Lucio Maia (guitarra), Pupillo (bateria), Dengue (baixo), Toca Ogan (percussão) e Gilmar Bola 8 (tambores) e o que guia os caminhos estéticos de Nação Zumbi, oitavo disco de estúdio do grupo.

Desta vez a transformação passa principalmente pela entrega à linguagem da canção, num apuramento harmônico jamais visto na história do sexteto. Fica até difícil cravar que se trata de um disco essencialmente de rock, ainda que o peso dos tambores e a guitarra rasgada de Lucio Maia cumpram este papel mais assertivo. "Já estão dizendo que é um disco pop", lamenta Maia. "Não acho que façamos música pop. Tivemos uma preocupação melódica e rítmica de uma maneira muito mais bem resolvida. Muito mais do que nos outros trabalhos."

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Na visão de Pupillo, os inúmeros projetos paralelos tocados pelos integrantes são os responsáveis por oxigenar esta nova safra de composições. "Isso é reflexo deste processo, tentamos diluir as várias influências, seja o 3 na Massa, o Los Sebosos Postizos ou qualquer outro." Neste apuramento em direção ao formato da canção, o maior beneficiado é Jorge Du Peixe, que pôde amplificar seus recursos vocais e aparece em grande jornada nas onze faixas do álbum. Um Sonho, balada de perfil romântico, é um dos melhores exemplos da versatilidade do homem de frente da Nação.

Contemplado pelo programa Natura Musical, o novo disco rompe com um hiato de sete anos sem lançar material inédito, desde Fome de Tudo. Neste intervalo, ainda coube o lançamento do DVD Ao Vivo em Recife (2012), que traz o registro do apoteótico show no Marco Zero, em dezembro de 2009.

Sempre requisitados, parte da banda ainda se tornou a estrutura musical do mais recente álbum e turnê de Marisa Monte, que percorreu o Brasil e outros países nos últimos dois anos. A proximidade e os elos criados com a diva da MPB permitiu arregimentá-la para a nova empreitada. Ela encarna uma sereia na extraordinária A Melhor Hora da Praia. "A participação dela foi uma forma de retribuir essa amizade", afirma Pupillo. A gente conhece a Marisa há muito tempo, desde a mixagem do Da Lama ao Caos. Ela sempre foi muito fã dos Los Sebosos", completa Lucio Maia.

Também fruto do círculo de amizades dos integrantes são Berna Ceppas e Kassin, que ficaram encarregados da produção do disco. Ter a dupla já era um desejo antigo e propiciou soluções musicais que extravasam o formato instrumental da banda. "O Fome de Tudo é um disco que não tem overdubs, diferente deste que resolvemos trabalhar com samples e elementos eletrônicos. Kassin e Berna foram fundamentais neste aspecto", destaca Pupillo. Gravado no Rio, o álbum já tinha passado por uma pré-produção, a ponto de ter sido cogitado o lançamento há dois anos. O grupo preferiu dar uma pausa e abrir a agenda para projetos pessoais antes de finalizá-lo. Com o dinheiro da Natura, ele voltou a ganhar força, passou por uma segunda etapa de gravações e acabamentos até, enfim, ganhar as prateleiras.

A euforia com este novo rebento é tão impressionante que chega a parecer uma banda lançando seu disco de estreia. Tanto Pupillo quanto Lucio Maia, que conversaram com o Estado, não hesitam em dizer que se trata do melhor trabalho da Nação Zumbi. "Buscar coisas diferentes é uma importante característica nossa. Sempre procuramos isso. Não que reneguemos o passado, é uma questão de olhar pra frente, para o futuro. Principalmente quando a gente sobe no palco... Deve ser muito entediante, ao longo de 20 anos, ainda fazer o mesmo tipo de som. Para o público e para a banda. Gostamos de criar este frescor", define o guitarrista.

Apesar do pé no futuro, o primeiro single de Nação Zumbi tem um olhar para o passado, fala sobre as marcas indissociáveis. Em certa medida, Cicatriz também é afirmação de um grupo que precisou se reerguer após a morte de Chico Science em 1997. "O acidente de Chico pra gente sempre vai ser uma perda, vai ter sempre uma tristeza. Mas ao mesmo tempo, a vida aconteceu dessa forma e a gente está aqui agora, entende? Então vamos celebrar a vida. É isso que ele gostaria que a gente fizesse", afirma Lucio Maia. "O Chico é uma cicatriz que você lembra com alegria", sintetiza Pupillo.

Atualmente, o grupo está numa turnê de divulgação do novo álbum que começou no Rio. Estão marcados para se apresentar em São Paulo no dia 11 de junho, na Audio Club, na véspera do início da Copa. A agenda ainda contempla cidades como Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. "Este disco tem grandes canções para o palco, provavelmente vamos tocar muitas coisas dele", adianta Maia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cantora e compositora Isaar França é dona de um timbre único, e marca presença na cena musical pernambucana desde a formação do grupo Comadre Fulozinha, que encabeçava. Sua voz característica e agradável vem acompanhada do bom gosto musical que faz dela uma das cantoras mais expressivas desta geração da música de Pernambuco. Com dois discos lançados - Azul claro e Copo de espuma -, Isaar acumula palcos e experiência, e se prepara para lançar nesta sexta (11) o terceiro, intitulado Todo calor.

Com mais de quinze anos de carreira, Isaar traz para este trabalho uma sonoridade mais pesada, menos regionalista e mais urbana que nunca. Em conversa com o LeiaJá, a cantora fala do baque que levou com o assassinato do baixista Lito, que a acompanhava desde o início da carreira solo, da construção de uma nova banda, do processo de preparação e gravação do terceiro álbum e do show de lançamento, que contará co apresentações de Curumin e da argentina La Yegros.

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Todo calorestá disponível para baixar desde fevereiro. Também é possível ouví-lo na íntegra no youtube.

Quanto tempo você passou na pré-produção deste terceiro disco, Todo Calor?

É um pouco complicado porque a gente começou a trabalhar ainda com Lito (baixista que acompanhava Isaar, morto em 2012). Eu tive que parar tudo para organizar o juízo e mudei praticamente todo mundo na banda. Algumas das canções deste disco já estavam sendo trabalhadas. Na época eu disse: ‘gente, não sei se eu tenho condições de me comprometer com ninguém, não sei se vou virar cantora gospel (risos), para tudo’. Depois convidei Rama para tocar o baixo, conheci Do Jarro (bateria) e mantive Deco (trombone), que não tinha gravado o disco, mas já fazia shows comigo, e Gabriel, que está comigo desde o começo, ele gravou os três discos. Parece muita coisa, mas nem é, porque em 2012 eu já estava com essa banda e os meninos estavam com muita vontade. Em abril de 2013 é que a gente começou mesmo a fazer uma pré-produção mais focada no disco. A gente já tava se entrosando nos shows e tive a sorte de um amigo meu, Tiago (Zé Cafofinho), me alugou um galpão já com estrutura de estúdio, que ficava no Edifício Pernambuco, na Avenida Dantas Barreto. A gente passou um tempo lá trancafiado, tocando quase todo dia. Eu convidei Berna (produtor do disco), ele assistiu um ensaio, no segundo já gravou e no terceiro já mostrou a gravação apontando o que tinha que ser melhorado e em seguida a gente entrou em estúdio.

Como foi o processo dentro do estúdio?

A gente separou uma semana pra ficar gravando todo dia. E a gente gravou muita coisa junto também, porque o estúdio dá essa possibilidade de o baixista gravar numa sala, o guitarrista em outra, e gravar tudo ao vivo. É uma coisa que eu gosto porque na hora do show o sentimento fica muito parecido. É pessoal meu porque tem gente que faz um disco e o show é outro. O disco é uma coisa e o show é outra. Quando a gente faz assim acho que tem uma proximidade maior. Eu me preocupo que as pessoas assistam o show e possam levá-lo pra casa, acho que quando compram o disco na hora do show é isso que elas querem.

O que muda na sua música com os novos integrantes da sua banda?

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Como foi a escolha do repertório? Onde você foi buscar as canções novas, principalmente as que não são suas? Houve alguma mudança na maneira de construir o repertório deste disco em relação aos outros?

Acho que foi bem parecida a escolha do repertório. Porque é sempre algumas músicas que eu já tinha, algumas que eu compus durante o processo, músicas de amigos que estão mais próximos, que às vezes mandam alguma coisa que eu acho legal. E como a vida sempre muda, a gente também vai mudando. De última hora entrou uma de Cássio Sette, que eu já estava para gravar há um tempo mas achava que nem ia entrar neste disco. Algumas que eu achava que iam entrar, mas não entraram. E tem músicas de Graxa, Beto Villares, e tem um poema do poeta França, de Olinda, que Lito musicou. Vou esquecer de alguém... (risos).

O que você está preparando para o show?

Este show é o lançamento oficial do disco Todo calor. É o show que tem mais fidelidade com o disco, e a gente preparou exclusivamente para esta data, não haverá outro igual. Teremos nos metais os meninos que participaram do disco, com participação do Voz Nagô, um grupo feminino de meninas negras, uma criação de Naná Vasconcelos para a abertura do Carnaval do Recife. Foi massa a participação delas no disco e vai ser massa no show. O disco foi todo feito aqui, gravado, mixado – por Berna, que produziu – e masterizado aqui.

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Serviço

Lançamento de Todo calor, no Conexão PE

Shows de Isaar, Curumin e La Yegros

Sexta (11) | 22h

Estelita (Rua Saturnino de Brito, 385 - Cabanga)

R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia); comprando antecipado + 1kg de alimento ou um livro infantil, o valor da inteira fica R$ 40

(81) 3127 4143

Quem sabe seja vingança, uma doce vingança. Quando Fernanda Takai falou em gravar Amar Como Jesus Amou, seus amigos de Pato Fu responderam com sorrisos de coroinha. Só poderia ser brincadeira. Uma música católica da missa das dez feita por Padre Zezinho e cantada por Padre Fábio de Mello ultrapassava a linha das transgressões de uma banda acostumada a andar fora do quadrado desde sempre, a ponto de ser comparada em seus primórdios aos Mutantes. Takai guardou a ideia sem imaginar que um dia a comeria como um sushi frio. O dia chegou. E o disco que acaba de sair, Na Medida do Impossível, financiado pelo projeto Natura Musical, traz criatividades desconcertantes como a versão para a canção cristã que a faz soar uma ousadia às avessas, a manifestação invertida de um tamanho que talvez nem a própria Fernanda Takai tenha ciência.

A voz pequena de Fernanda, que já foi o calcanhar de Aquiles, tornou-se a medida de seu impossível. Se tivesse investido em empostação, como as grandes, poderia ser uma frustrada escrava de si mesma. Ao mesmo tempo em que, na melhor das hipóteses, atingiria regiões mais altas e teria recursos nos graves, seu universo estaria ironicamente restrito ao formalismo. Takai só pode abraçar o mundo porque não o leva a sério, deixando que seu fio de voz migre de Padre Zezinho a Belchior, de George Michael à Jovem Guarda, de Reginaldo Rossi ao Trio Ternura sem transformá-la em um Frankenstein. Assim, ganhou carta branca da crítica e do público que a deixa juntar, se quiser, Michael Jackson com Banda de Pífanos de Caruaru. Seu amor doce e seu humor pueril fazem a costura improvável ganhar sentido. Não há tiros para todos os lados, mas um tiro só.

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Amar Como Jesus Amou vai longe com o arranjo eletrônico de game pensado pelo japonês Toshiyuki Yasuda e a voz de Padre Fábio em parte do refrão. Seria corajosa só por isso, mas acerta ainda mais onde não mira quando consegue um efeito dessacralizante da gravação original, operando o milagre da transformação do proselitismo católico em canção pop. Uma ousadia em anos de música brasileira esterilizada. A vingança da fofura. Do outro lado da ponte, pega Heal The Pain, de George Michael, e faz sua música de brinquedo do momento. A voz de Samuel Rosa, em tom mais baixo que os usados pelo Skank, perde em brilho e fica até dispensável ao lado das braçadas de Takai. Suas paixões, que nunca são legitimadas por derramamentos de sangue, estão aqui entregues com açúcar e com afeto na versão em português feita pelo marido e parceiro de Pato Fu, John Ulhôa. Heal the Pain vira Pra Curar Essa Dor.

Há uma força autobiográfica nessa história. Os olhos puxados de Fernanda Takai vêm do pai geólogo, filho de japoneses, e o resto da mãe enfermeira, filha de português com alagoana. Takai nasceu em 1971 na Serra do Navio, Amapá. Aos 2 anos, as escavações do velho a levaram a Salvador e, depois, a Jacobina, no interior da Bahia, onde viveu até os 8 anos. Minas só vem aqui, quando Takai se muda para Nova Lima e, finalmente, Belo Horizonte.

O rádio estava ligado o tempo todo e por ele entravam Benito di Paula, que ela relembra na regravação rock do sambão joia Como Dizia o Mestre, e Reginaldo Rossi, com Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme, que ela canta com Zélia Duncan, como fizeram em 2011 no carnaval do Recife. É o grande arranjo do disco, pensado pelo produtor John. Ela anda ainda por Julieta Venegas, fazendo versão em português para Doce Companhia; pela Jovem Guarda gravando A Pobreza, famosa com Leno e Lilian; por Pitty, com quem dividiu a criação de Seu Tipo; pelo poeta Climério Ferreira, de quem musicou os versos de Quase Desatento; e pelas graças do Trio Ternura, regravando Liz. Deleites de uma rara espécie de artista livre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fãs da colombiana Shakira já podem comemorar. O novo álbum homônimo da cantora já está disponível para audição na internet, com exceção da música You Don’t Care About Me, que não vazou ainda.

O disco Shakira é composto por 15 faixas, passeando por ritmos como o rock e o reggae. Na canção Medicine, a cantora colombiana faz um dueto country com Blake Shelton. Outra parceria é na música Can't Remember To Forget You, que tem participação de Rihanna e teve clipe lançado em fevereiro

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A nova casa de shows Estelita recebe, nesta sexta-feira (24), a banda AMP lançando seu novo disco Big Mouth, Dead Ears. O grupo Os Raulis também participa da festa, mostrando o swing dos ritmos brasileiros. O show começa às 22h e os ingressos custam R$ 20.

O quinteto da AMP se destaca na música através do rock e refrões divertidos em volume alto. O novo disco Big Mouth, Dead Ears funciona como uma metáfora para os filmes de ficção científica, com monstros e cidades devastadas. 

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Formada por Capivara (guitarra e voz), Djalma Rodriguez (guitarra e voz), Dudu Sat (baixo), Crika ( bateria) e Arthur Soares (Guitarra), a AMP fará uma turnê, em breve, para divulgar o novo disco.

Serviço

Lançamento do disco Big Mouth, Dead Ears, da AMP

Sexta (24) | 22h

Estelita (Rua Saturino de Brito, 385, Cabanga)

R$ 20

(81) 3127 4143

O novo disco da banda Faringes da Paixão pode ser ouvido gratuitamente na internet. O álbum foi lançado recentemente na plataforma e já alcançou mais de 2,5 mil downloads em três dias.  

O terceiro disco é composto por cinco músicas autorais e 15 canções gravadas em show na cidade de Campina Grande, Paraíba. Entre as novidades, tem a música Revirão e a gravação com a cantora Michelle Melo da canção Mulher de um amigo meu

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Outras faixas do CD são Blecaute, Dupla Sertaneja, Mulher Tiquinho e canções de artistas conhecidos que foram gravadas em ritmo brega como Não quero dinheiro, sucesso de Tim Maia.

O download do novo disco pode ser feito AQUI

Os dispositivos que até então nunca tinha passado de 750 GB ultrapassou os limites e surpreendeu: a Samsung trouxe ao mercado o primeiro disco SSD com 1TB. O SSD é um disco de armazenamento mais rápido, estável e resistente, porque utiliza memória flash, bem semelhando às usadas nos pen-drives. 

Este novo disco da Samsung, chamado de 840EVO sSATA tem taxa de escrita de 520 MB/s e de leitura de 540 MB/s. Provavelmente os Ultrabooks em 2014 irão apresentar capacidade bem parecida. O preço da placa ainda não foi divulgado. 

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No início da madrugada deste domingo (10), a banda O Rappa voltou aos palcos do Recife para a apresentação da nova turnê Nunca Tem Fim. O show com horário previsto para às 21h, contou com abertura da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, no pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda.

Após jejum de quatro anos, O Rappa, que gravou seu ultimo CD - Perfil - em 2010,  mostrou ao público pernambucano seu novo álbum composto por 10 músicas inéditas, que misturam estilos como rock, reggae e outros. Injustiça, fé e questões sociais são retratados nas letras do novo disco que já está na boca do público.

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A banda Ponto de Equílibrio que subiu ao palco às 23h50 e agitou os fãs com músicas como Odisséia na babilônia, Novo dia, Árvore do Reggae, Janela da Favela e Eu Vejo. A banda de Vila Isabel ainda apresentou seu novo single Estar com você e encerrou o show com o sucesso Aonde Vai Chegar?.  

O Rappa tomou conta da festa, às 1h40, assumindo o palco ao som de O horizonte é logo alí. "Na hora que O Rappa tiver que gravar um DVD precisa ser em Recife", declarou Falcão, vocalista da banda, abalando as estruturas do Centro de Convenções. O setlist, formado por 21 músicas, contou com canções inéditas como Cruz de Tecido, Auto-reverse e Anjos. Entretanto as veteranas Homem Amarelo e Mar de Gente não faltaram. No auge do show, Falcão citou o compositor pernambucano Chico Science, morto em 1997; o baixista Champignon e Chorão, ex vocalista do Charlie Brown Jr., ambos mortos em 2013.

Depois de quatro anos de espera, será lançada no próximo dia 29 de novembro a primeira música inédita do U2. Em anúncio em seu site oficial, a banda irlandesa divulgou que o projeto será parte do Record Store Day, criado em apoio às lojas de discos nos EUA.

Ordinary Love estará na trilha sonora de Mandela: Long Walk to Freedom, produção dirigida por Justin Chadwick, e foi feita a pedido do produtor do longa, Harvey Weinstein.

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Uma caricatura de Nelson Mandela feita pelo irlandês Oliver Jeffers ilustrará a capa do disco. Um videoclipe que já está pronto, dirigido por Jeffers e Mac Premo, será veiculado em Novembro. O álbum terá ainda, como lado B, a música, Breath, com temática relacionada a Mandela.

A banda de Bono mantém longa com o ex-presidente da África do Sul, e assistiu a uma versão inicial do longa para buscar inspiração para a trilha.

Em 2003 o U2 teve uma indicação ao Oscar pela música The Hands That Built America, trilha sonora de Gangues de Nova York, de Martin Scorsese.

O U2 esteve em 2011 no Brasil com a 360° tour, caracterizada por um palco com grandes garras circundado pelo público. Nessa excursão, a mais rentável da história, a banda mostrou seu último disco de inéditas, No Line On the Horizon, de 2009. O disco foi produzido por Brian Eno, parceiro constante dos irlandeses.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Banda Mais Bonita da Cidade inicia turnê de divulgação do novo trabalho, O Mais Feliz da Vida. No dia 1° de novembro a banda desembarca em na capital pernambucana para se apresentar no Festival Experimental de Música, que acontecerá no teatro Santa Isabel. A turnê segue pelas principais capitais, passando por Fortaleza, Brasília, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória.

O álbum, que possui a faixa-título produzida por Chico Neves (Lenine, Os Paralamas do Sucesso, O Rappa, Los Hermanos), é conceitual, inspirado no formato de artistas consagrados como Arcade Fire e Pink Floyd. O disco conta com a participação de compositores presentes na estreia da banda como Luiz Felipe Leprevost, Troy Rossilho, Alexandre França, Vitor Paiva, e releituras de nomes como Pélico, Nuno Ramo e Tibério Azul.

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Serviço

A Banda Mais Bonita da Cidade

1° de novembro | 18h

Teatro Santa Isabel (Praça da República - Santo Antônio)

R$25 (Vendas pelo o Eventick)

(81) 3355 3323

O cantor pernambucano Almir Rouche lança seu novo trabalho, o CD Portal da Alegria, nesta sexta (4), às 21h, no Palácio do Galo. O lançamento tem a presença confirmada do Maestro Forró, que fez uma participação especial nas faixas Frevo Celestial (voz) e Sereia Menina (trompete). O CD demorou um ano para ser finalizado e foi realizado pela gravadora do próprio artista.

O disco conta 19 faixas, sendo duas autorais de Almir, intituladas Dunas e Oxum, além  regravações de artistas como Renato Russo, Tim Maia e Reginaldo Rossi, e de parcerias como as músicas É um bicho comendo o outro, Oitava Maravilha, Erva Doce e Portal da Alegria, faixa que dá nome ao trabalho. O hit Carnaval do Brasil, incluído no CD, foi produzido para o carnaval 2014, em homenagem à alegria do povo pernambucano.

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Angelo Souza, também conhecido por Nego Graxa, acaba de lançar seu primeiro disco solo, Molho. O vinil apresenta 15 canções e o álbum foi gravado no estúdio da Pé de Cachimbo Records.

Graxa é figura atuante na cena lo-fi e independente do Recife, tocando na banda Canivetes e com D Mingus, entre outras. As letras das músicas presentes no vinil são sobre temas do cotidiano como bares, amores e problemas sociais. A variedade da sonoridade é o grande destaque do álbum.

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De Chico Buarque, ele é amigo e parceiro de pelada há mais de dez anos. De Arlindo Cruz, compadre e parceiro, com quem lançou cinco discos e divide sucessos como Só Pra Contrariar (também com Almir Guineto) e Ainda É Tempo Pra Ser Feliz (com Sombra). Com os dois, Sombrinha compôs Deixa Solto, faixa do CD Matéria-prima, que está lançando depois de dez anos só se dedicando a shows. Além da convivência semanal entre as quatro linhas, no campo do Polytheama, no Recreio, zona oeste do Rio, e até no Paristheama, a versão francesa do time, Sombrinha e Chico se encontram nos espetáculos promovidos em prol da Mangueira. Num desses, Chico chegou com uma letra.

"Ele cantou a primeira parte da letra e me pediu para terminar. Isso foi há uns dois, três anos. Resolvi chamar o meu compadre Arlindo, que é muito fã dele. É nosso ídolo, então nada melhor do que fazer essa parceria", conta Sombrinha.

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O CD é uma verdadeira ação entre camaradas. A produção é de Arlindo. O samba tem participação de Chico, da Velha Guarda da Mangueira e do bandolinista Hamilton de Hollanda, padrinho de casamento de Sombrinha. Chico também canta com Sombrinha no samba romântico A Flor Que Eu Não Esqueço, parceria dele com Nilton Barros e Marquinho PQD.

Em 1986, quando Sombrinha ainda integrava o Fundo de Quintal, banda que fundou com Jorge Aragão, Almir Guineto, Bira, Ubirani e Sereno (saiu em 1991), Chico e Caetano gravaram o sucesso do grupo Não Quero Saber Mais Dela (Sombrinha/Guineto), em seu especial na TV Globo, com participação de Beth Carvalho.

O lateral esquerda e o centroavante dono da bola só se aproximaram mais pro século 21. Deixa Solto aconteceu antes de o repertório se definir. "Estou sempre compondo, então tinha muito material guardado, antigo e mais recente. Nem pensei no que significa a parceria com o Chico, tê-lo no disco. A gente tem uma amizade forte, mas pouco fala de música.

Fiquei surpreso quando ele mostrou a primeira parte. Demorei mais de um ano para fazer. Quando mostrei o resultado, ele ficou contente à beça", recorda ainda Sombrinha.

Um vídeo de Deixa Solto gravado no Estúdio dos Técnicos está no YouTube e foi compartilhado no Facebook pelo perfil de divulgação de Chico.

Música inédita assinada por ele não aparece desde Chico, o disco de 2011. Seguindo a alternância música-literatura-música que vem desde 2003, ano de lançamento do livro Budapeste, o compositor está em Paris, para se concentrar na escrita.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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Com inicio despretensioso em 2009, A Banda Mais Bonita da Cidade nasceu da vontade de reinterpretar canções do repertório independente curitibano. De lá pra cá, a banda publicou no YouTube o vídeo de Oração, um dos mais vistos em 2011(atualmente, o vídeo ultrapassa 12 milhões de visualizações), e gravou seu primeiro disco pelo sistema de crowdfunding, conceito pouco conhecido no Brasil na época. 

O projeto se tornou um dos responsáveis pela massiva difusão do financiamento coletivo, destacando a banda pelo empreendedorismo em sua gestão. Agora, os músicos trabalham no lançamento do segundo disco de estúdio, intitulado O Mais Feliz da Vida, que também dá nome a primeira faixa do álbum, produzida por Chico Neves. 

Para a capa do disco, assim como nas fotos do encarte, a banda optou por não aparecer, dando lugar a outros personagens. O lançamento oficial está previsto para o dia primeiro de outubro. 

O Festival Cena Brasil acaba de abrir inscrições para sua 11ª edição. Os interessados podem enviar o material até o dia 30 de setembro. Para participar do evento, que acontece entre os dias 26 de novembro e 01 de dezembro, na Praça do Fortim do Queijo, em Olinda, a banda ou grupo precisa ter 90% das músicas autorais, no mínimo um ano de atividade e autorizar o uso da imagem e do áudio para fins de divulgação do festival. 

As bandas interessadas em participar devem enviar material pelos Correios contendo CD ou DVD, realease, portfólio e gravação das músicas, ao endereço rua Guaraná, 24, sala 01, Qd. E8, Lt. 24, Cep 53.370-550, Ouro Preto, Olinda. 

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A programação, que vai além do palco do Fortim do Queijo, contempla os quiosques de alimentação na Gastronomia de Terreiros, uma missa em iorubá, na Igreja do Rosário dos Homens Pretos, no bairro do Bonsucesso, com concentração e encontro de afoxés e maracatus que puxam, ainda à tarde, a Marcha da Consciência Negra até o palco do Cena Brasil, no Fortim do Queijo, em Olinda.

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