Tópicos | divergência entre vice e presidente

A deputada estadual de São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), ironizou, na manhã desta quinta-feira (18), o pedido de impeachment apresentado pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP) contra o vice-presidente Hamilton Mourão. Janaína, que foi uma das autoras do processo que culminou na destituição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) do cargo, disse que Feliciano deveria ajudar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se concentrando na reforma da Previdência.

Em publicação no Twitter, a deputada disse que leu a solicitação assinada por Feliciano e minimizou: “imagino que, como eu, o deputado tenha ficado decepcionado com a manifestação do general, relativamente ao aborto. Mas nossa sociedade é plural”.

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Um dos argumentos colocados no pedido de impeachment é uma "curtida" (like) da conta de Mourão no Twitter em uma publicação da jornalista Rachel Sheherazade, do SBT, em que ela compara Bolsonaro a vinagre e o vice a vinho. Janaína Paschoal disse que as redes sociais levam as pessoas a atitudes pouco refletidas.

“Primeiro, cumpre considerar a natureza imediata da internet, que nos leva a manifestações pouco refletidas. Em segundo lugar, imperioso lembrar que todo político é um pouco vaidoso, sendo raros elogios partirem de jornalistas”, considerou Janaína. “Por certo, o Vice deu o "like" mais ao elogio que recebeu do que à suposta crítica”, completou.

Além disso, a deputada estadual foi irônica e frisou: “justiça seja feita, o vinagre não é de todo ruim”. “O deputado haveria de pensar nos pratos maravilhosos que podem ser feitos com um bom vinagre balsâmico. Não sou especialista, mas penso que vinagre balsâmico até combina com vinho branco”, disse.

Janaína ainda ponderou ser saudável as divergências de pensamentos entre Mourão e Bolsonaro e  garantiu que elas “permitem à dupla melhor representar a diversidade que é o Brasil”.

Por fim, a autora do pedido de impeachment de Dilma disse que Marco Feliciano deveria se concentrar na reforma da Previdência, como ação prática para ajudar Bolsonaro a governar o país.

“O deputado, pessoa sensível que é, pode ajudar muito o presidente e o país se ocupar todo o seu precioso tempo dedicando -se à imprescindível reforma da Previdência. Eu também sou uma pessoa muito crítica, mas digo com tranquilidade, Mourão é muito querido, mas Bolsonaro ainda é o Malvado Favorito. Deputado Feliciano, vamos à Reforma”, alfinetou.

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