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Um grupo de concursados realizou um protesto, na manhã desta quinta-feira (20), na sede da Fundação Hemope. As reivindicações dos manifestantes são a recisão dos contratos temporários e a nomeação dos aprovados no último concurso público realizado em 2013. 

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Em 2011, foi feito um levantamento do governo do estado em relação à quantidade de vagas no centro. Foi estabelecido que fosse realizado um concurso público para o provimento de 281 vagas. Entretanto, em 2013 foi lançado um certame no qual apenas 111 vagas eram ofertadas. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, tal certame seria voltado à substituição dos contratados temporários por quadros efetivos. 

De acordo com William Felix, um dos organizadores do protesto, atualmente 239 profissionais temporários atuam na instituição, enquanto o último processo seletivo tem dezenas de profissionais aguardando a convocação. “Todos eles são temporários, e seus contratos continuam sendo prorrogados. Por que não chamar os aprovados no concurso?”, indaga William. “Um concursado ganha R$ 741, enquanto um contratado recebe R$ 817. Um aprovado custa menos do que um temporário, para a instituição”, continua. 

William também destacou que o governo havia prometido a abertura de novos postos de coleta de sangue, mas muitos ainda nem existem. “Existe um posto de coleta pronto no antigo prédio da Compesa, esperando para abrir, mas ele não funciona porque falta funcionário”, comentou o concursado. Segundo William, os atuais postos já instalados utilizam servidores do Hemope, mas pagando horas-extras.  

Em forma de protesto solidário, os concursados participaram de uma doação de sangue voluntária. A ação teve como objetivo chamar a atenção para o baixo estoque de sangue no Hemope. Segundo José Admilson, 28 anos, o objetivo do protesto é chamar atenção para o sucateamento do Hemope. "Há um baixo estoque na instituição e atos de solidariedade são importantes", comenta. Foi a segunda vez que José doou sangue.  

Denúncia

Os profissionais do Hemope denunciaram a má condição do centro, que conta com um quadro de profissionais muito reduzido em relação à demanda. Segundo Alita Andrade Azevedo, ex-presidente do centro, o concurso não apresenta as necessidades reais da fundação. “Esse concurso é uma balela. Primeiro pelos quantitativos, que são insuficientes, totalmente abaixo do necessário. É como se fosse algo para dizer ‘nós estamos fazendo algo pelo Hemope’”, comenta. 

“Quando alguém fica de férias, você não tem para quem marcar consulta, porque o déficit de médicos é imenso”, afirma Alita. A ex-presidente também revela que outros detalhes do problema. “Estão acontecendo coisas na instituição que mostram claramente que há um desmonte no Hemope. Houve o fechamento do centro de transplante de medula óssea, antes dele fecharam a unidade de produção de albumina. Agora estão fechando o hospital de atendimento oncoematológico. Vão mudar o centro, de um prédio de cinco andares, para uma unidade dentro do Hospital do Câncer. Nós sabemos que não há capacidade”, denuncia.

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