Não bastassem as dificuldades financeiras para contratar na Série A do Campeonato Brasileiro, uma briga de egos pode atrapalhar ainda mais a situação do Náutico. Especificamente no “caso Kieza”, o atual presidente Paulo Wanderley e o ex-diretor de futebol, Alexandre Homem de Mello, se desentenderam sobre a negociação do atacante.
Entenda o caso
##RECOMENDA##Uma das principais lacunas na equipe é justamente um “homem gol”. Papel assumido por Kieza em 2011, quando foi o artilheiro da Série B, na campanha do acesso, com 21 gols. O Timbu não conseguiu a renovação do jogador no início do ano, que seguiu para o futebol árabe - principalmente pela questão financeira.
Atualmente, a situação mudou. Kieza quer retornar para Pernambuco e os valores da negociação (luvas, salário e passe dos investidores) baixaram. Porém, o empresário do atleta, Eduardo Kuperman, não tem um bom relacionamento com a atual diretoria.
É justamente nesse momento que a amizade entre Kieza e Homem de Mello se torna uma peça fundamental. O ex-diretor foi acionado (segundo ele) pela gestão alvirrubra e tudo corria tranquilamente até que, nesta segunda, ele deu uma declaração na rádio Transamérica dizendo que estava participando da contratação do atacante.
Com isso, o presidente Paulo Wanderley ficou irritado e afirmou que Homem de Mello não tinha autorização para negociar e que a proposta partiu exclusivamente da atual diretoria. No meio do debate político, Kuperman confirmou a versão do ex-diretor. “O Alexandre está negociando bastante com a gente, junto com o Toninho Monteiro (vice-presidente de futebol)”, afirmou.
De acordo com o empresário, outros quatro clubes disputam Kieza com o Náutico. “A gente tem quatro propostas do Brasil, uma da China, outra da Coréia e a última dos Emirados Árabes. Estou esperando ele chegar. Ontem foi o último jogo dele e, inclusive, fez gol e foi eleito o melhor homem em campo”, contou.
