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A estátua de um traficante de escravos derrubada na cidade inglesa de Bristol por manifestantes antirracistas foi retirada do rio onde foi jogada nesta quinta-feira (11), enquanto cresce o debate sobre a exclusão de outros símbolos do passado colonial.

Os manifestantes em Bristol arrancaram a estátua de Edward Colston de seu pedestal no domingo e a jogaram na água, durante um protesto desencadeado pela morte do afro-americano George Floyd pelas mãos de um policial branco nos Estados Unidos.

Foi recuperada na manhã de hoje e "está sendo levada para um lugar seguro antes de se tornar parte da coleção de nosso museu", anunciou a prefeitura.

Colston era um alto funcionário da Royal African Company no final do século XVII, que enviou centenas de milhares de pessoas da África Ocidental à escravidão na América do Norte e Caribe.

A destruição de sua estátua provocou a condenação do governo britânico, mas reacendeu reivindicações em todo o país para que se retirem outros monumentos históricos controversos.

As autoridades da cidade costeira de Bournemouth tinham previsto retirar nesta quinta uma estátua de Robert Baden-Powell (1857-1941) --fundador do movimento "scout" e acusado de racismo, homofobia e vínculos com os nazistas-- por medo de que também acabe na água.

No entanto, algumas dezenas de manifestantes brancos se agruparam em seu entorno para defendê-la, ressaltando a importância dos 54 milhões de "scouts" em todo o mundo.

A Universidade de Liverpool anunciou que renomeará um prédio que atualmente leva o nome do ex-primeiro-ministro William Gladstone, devido a seus vínculos com o tráfico de escravos.

E na terça-feira, as autoridades do leste de Londres retiraram do distrito de Docklands uma estátua de Robert Milligan, cuja família era proprietária de plantações de açúcar na Jamaica.

Os protestos pela morte de Floyd também resultaram na destruição de estátuas nos Estados Unidos.

Uma efígie de Cristóvão Colombo foi arrancada e jogada em um lago na terça em Richmond, Virgínia, e outra foi vandalizada no centro de Miami, coberta com tinta vermelha e mensagens que diziam "Nossas ruas", "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) e "George Floyd".

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